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Governo do Estado e UFPA selam pacto pelo desenvolvimento do estado

            Pela primeira vez, em 50 anos de história, a Universidade Federal do Pará (UFPA) recebe parte significativa do staf do Governo do Estado, para abrir e consolidar um diálogo de pactuação pelo desenvolvimento do Pará. O reitor Alex Fiúza de Mello e dirigentes da universidade, incluindo coordenadores de campi do interior, receberam a governadora Ana Júlia Carepa e um grupo de 17 secretários e dirigentes no auditório da Secretaria Geral (Sege), no campus do Guamá. O encontro permitiu uma breve apresentação da agenda de governo aos membros da comunidade acadêmica, que por sua vez propôs parcerias para a realização de ações que beneficiem a população paraense.
            Alex Fiúza de Mello deu início ao diálogo agradecendo à governadora o empenho pessoal dela para assuntos que não são apenas do interesse da comunidade acadêmica e científica, mas de toda a sociedade. Entre eles, a criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa); a aprovação, junto ao Governo Federal, de instalação da Universidade Federal do Oeste do Pará; e a inserção do Pará na rede Metrobel, de fibra ótica, junto à Eletronorte. “A comunidade acadêmica está atenta e sensível a esses passos iniciais do governo. Interessa a nós discutir a formação de pólos de ciência e tecnologia, os planos de governo, a inclusão digital, a difusão científica e a melhoria da educação”, afirmou o cientista político.
            Ana Júlia Carepa agradeceu o convite e lembrou que se formou em Arquitetura e iniciou sua militância política na UFPA. Todos os membros da administração direta e indireta que estiveram presentes à reunião são professores da UFPA, e, segundo a governadora, essa é uma demonstração de que a universidade é parceira do governo, por cedê-los para atuar em áreas estratégicas. No seu primeiro discurso ainda como senadora, em 2003, Ana Júlia falou sobre um novo modelo de desenvolvimento para o estado, hoje um dos cinco compromissos de campanha do seu governo, descritos pelo secretário de Governo, Cláudio Puty. O economista também apresentou um breve e dramático quadro da situação em que o governo encontrou o estado, com relações de trabalho e secretarias precárias e com centralização orçamentária. A equipe de governo tem atuado tanto em ações emergenciais quanto em ações de planejamento, que terá de forma inédita a participação popular nos municípios do estado.
            O eixo intitulado “Novo modelo de desenvolvimento” está sob a coordenação do secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro. Ele explicou que o modelo que pautou os governos anteriores era subsidiado pela mecânica e pela química, como a indústria da soja, da produção seriada. “O novo modelo deve ser pautado na informação e na bioquímica, para podermos usar de forma qualificada nossos recursos naturais”, defendeu.
            Alex Fiúza destacou ainda que o déficit de formação docente no estado é muito preocupante e um desafio que precisava ter sido vencido na primeira década do século passado. Em 1986, 30% dos professores da rede pública tinham Ensino Médio e 2%, licenciatura plena. De lá para cá, 10 mil professores concluíram a licenciatura por ensino presencial. “Estamos à disposição do governo para contribuir com a formação e, num prazo de 15 anos, formar todos os professores leigos que atuam na rede estadual”, propôs o reitor, acrescentando que a UEPA pode ser uma grande parceira, para que atuem sem paralelismo de ações. Ele lembrou que a UFPA solicitou ao Ministério da Educação a abertura de concurso para pelo menos 200 professores doutores na universidade e conseguiu a aprovação, para ser viabilizada em duas etapas. Para finalizar a reunião, o reitor definiu o encontro como um ato simbólico de abertura de uma relação republicana entre governo e universidade.
Publicado em: 11.04.2007 19:12