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Moradores de Anapu visitam Poema

Moradores de Anapu visitam Poema

Programa Pobreza e Meio Ambiente desenvolve projeto na região  dos assentamentos. Parceria com Irmã Doroty começou em 1995

Moradores de Anapu, que vieram a Belém para acompanhar o  julgamento de Vitalmiro Basto de Moura, acusado de ter encomendado a morte da missionária Dorathy Stang, visitaram o programa Pobreza e Meio Ambiente (Poema). Ivan Chagas da Silva, coordenador de projetos de processamento de frutas e farinha de banana, Cirlene de Jesus Oliveira e João da Cruz Santos, ambos presidentes de assentamentos, se reuniram com o vice-presidente do Poema, Ailton Lima.
Em 1995 a irmã Dorothy procurou o Poema para o desenvolvimento de projetos na região dos assentamentos. O Poema aceitou a parceria, e hoje além da fábrica de farinha de banana, os produtores de Anapu estão reunidos em duas cooperativas, a Cooperativa de Produtos Agrícolas e Florestais Esperança (COOPAFE) e a Cooperativa de Produtos Orgânicos e Florestais (COOPAF). A primeira agroindústria foi implantada em 2002, com investimento do PPG7, da Fundação Interamericana e do Poema. Antes de instalar a fábrica, técnicos do Poema fizeram um diagnóstico do potencial da região para a produção de banana e outras frutas tropicais; e em seguida, uma análise para avaliar o espaço no mercado. Atualmente, com capacidade de três toneladas de Farinha de Banana ao mês, a agroindústria já forneceu o produto para o exército e para empresas, como Pão-de-Açúcar e Marisa Alimentos.
“A melhor forma de homenagear a irmã Dorothy é dando continuidade ao trabalho que ela estava desenvolvendo, e é essa a intenção do Poema”, afirmou Ailton Lima. É com esse mesmo desejo que Cirlene e João, os mais novos presidentes dos assentamentos de Anapu, não se omitem a luta, mesmo sabendo que no interior do Pará algumas divergências ainda são resolvidas pela bala, como nos filmes de bang-bang, eles acreditam vencer essas barreiras e para terem um pedaço de terra para produzir.
Hoje o mundo inteiro está discutindo o destino do meio ambiente, e formas de conter a diminuição da camada de ozônio. Porém, a luta pela preservação da floresta Amazônica e a defesa por um sistema de desenvolvimento sustentável é antiga. Como exemplo de luta está a missionária Dorothy Stang, que foi morta em 12 de janeiro de 2005. Assim como ela, muitos já morreram e outros continuam sendo ameaçados de morte no interior da Amazônia.
“O futuro depende da ação do Incra, para legalizar as terras, e do Ibama, para fiscalizar a devastação florestal e da luta dos trabalhadores em reivindicar os seus direitos”, concluiu Ivan Chagas
Publicado em: 17.05.2007 09:05