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Assinados protocolos para instalação de parques de ciência e tecnologia

   

   A agregação de valor à produção local, uma perspectiva do novo modelo de desenvolvimento proposto pelo governo do Estado, será induzida por três parques de Ciência e Tecnologia: Belém, Tocantins e Tapajós. Os Protocolos de Intenções para construção desses parques foram assinados, na tarde desta terça-feira (22), no auditório do Palácio dos Despachos, entre a governadora Ana Júlia Carepa e os reitores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Alex Fiúza de Melo e Fernando Palácios, respectivamente.
   O primeiro parque a funcionar será o de Belém, que será instalado no campus da UFPA, no bairro Guamá. Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, há um mês, aproximadamente, foi apresentada a proposta de financiamento do parque ao BNDES, que deverá respondê-la em três meses.
   O parque está orçado em R$ 42 milhões, sendo que 30% deste valor significam a contrapartida do governo do Estado. <Não conseguiremos, enquanto Estado, induzir esse novo modelo de desenvolvimento, um compromisso histórico da governadora e uma necessidade social, se não houver a parceria com o setor produtivo. Temos que incorporar Ciência e Tecnologia à produção paraense, se não quisermos permanecer na condição de periferia>, afirmou Monteiro.
   O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José Conrado, testemunhou a assinatura dos Protocolos de Intenções, e colocou o setor produtivo à disposição do governo do Estado para o preenchimento desta lacuna na área de Ciência e Tecnologia. <O investimento em pesquisa é necessário para o melhor aproveitamento de nossas riquezas naturais. Há tempos sentíamos falta disso em nosso Estado e, felizmente, este convênio assinado hoje dará outro salto de qualidade à indústria paraense. O setor produtivo é um dos maiores interessados nesses parques>, afirmou.

Produtos inovadores
   O amadurecimento da idéia de se construir um parque de Ciência e Tecnologia aconteceu na UFPA, de forma rápida nos últimos anos. <A nossa grande lacuna é o conhecimento, desde os tempos de colônia de Portugal, no ciclo da borracha e na instalação dos grandes projetos na região. Precisamos oferecer produtos inovadores no mercado mundial, como já é possível nas indústrias de fitoterápicos e cosméticos. Esta é a única saída para o Pará>, afirmou o reitor Alex Fiúza.
   O reitor Fernando Palácios disse ainda que os parques atendem muito mais uma expectativa da população paraense. <São uma aglutinação de esforços das universidades e dos empreendedores. Esta pauta é altamente positiva e desafiadora>, finalizou.
   Para a governadora, os resultados possíveis com os investimentos em Ciência e Tecnologia ainda são desconhecidos. Por isso, ela garante que as ações do governo do Estado nesta área são inovadoras. <A Ciência e Tecnologia não pode ser etérea, e sim aplicável. Vamos usar da forma mais inteligente o que temos de mais importante na nossa região: os recursos naturais. Não é possível que não se aprenda com a história. Vamos combinar investimentos essenciais para transforma esta realidade. Sabemos que os resultados não serão imediatos>, observou Ana Júlia Carepa. Ela enfatizou que os parques se somam aos primeiros passos para os embriões das fábricas sustentáveis.

Produção local - O parque de Belém terá como foco as pesquisas em Biotecnologia, Energia e Sistemas, e Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC). O Tapajós, a ser instalado no município de Santarém, estará voltado para as Tecnologias da Madeira, Agricultura Tropical, Pesca e Aqüicultura. E o Tocantins, que funcionará em Marabá, induzirá o desenvolvimento da Tecnologia Mineral e Agropecuária.
   Os resultados esperados são o aumento do número de micro, pequenas e médias empresas de base tecnológica, efetivamente competitiva; aumento do faturamento médio das empresas geradoras de produção com maior valor agregado; atração de novos investimentos para o Estado e seus municípios; incremento das exportações de produtos com maior valor agregado; aumento da oferta de postos de trabalho e empregos qualificados; e aumento do número de pesquisadores envolvidos com a inovação tecnológica nas empresas.

Fibra ótica - Na mesma cerimônia de assinatura dos Protocolos de Intenções, a UEPA assinou o documento de adesão ao Convênio de Cooperação Técnica para que a instituição de ensino seja usuária da rede de fibra ótica de alta velocidade da Eletronorte, no total de 1.500 quilômetros. Nos campi da UEPA, a rede será fundamental não apenas para disseminação do conhecimento em níveis de graduação e pós-graduação. Os municípios que sediam pólos da universidade poderão acessá-la para desenvolver áreas como educação, saúde, segurança pública e prestação de serviços.
   <A única maneira de fazer com que se volte a trabalhar a interiorização da universidade e do desenvolvimento é através do conhecimento. Só pode haver esta ampliação se tivermos meios eletrônicos para fazer isto. Quando se trabalha com uma rede de fibra ótica, abre-se uma série de novas alternativas: educação à distância, educação presencial de forma melhorada e rede de pesquisadores>, exemplificou o reitor Fernando Palácios.
   O reitor da UEPA comentou que uma das principais dificuldades das universidades que se interiorizam é convencer os pesquisadores a se deslocarem para os campi do interior. <Eles receiam o isolamento, a falta de condições para realizarem suas pesquisas. Por isso, o acesso à rede de fibra ótica é uma grande conquista para todos>, pontuou. Os principais pólos da UEPA serão beneficiados pelo convênio: Santarém, Altamira, Marabá e Tucuruí.

Fonte: Agência Pará
Publicado em: 24.05.2007 14:23