Comissão de gerenciamento de resíduos elabora plano de gestão para os resíduos gerados nos laboratórios da UFPA
No dia 20 de julho 2005, um incêndio às proximidades do Laboratório de Química provocado pela reação do composto químico sódio metálico com água despertou a necessidade de se pensar numa forma de gerenciar os resíduos químicos e biológicos produzidos pelos laboratórios e hospitais universitários da UFPA.
Neste mesmo dia, a Prefeitura do campus convocou uma reunião com o coordenador do Curso de Pós Graduação em Química, Prof. Dr. José Pio Iudice de Souza, juntamente com os técnicos da gerência ambiental e com os responsáveis pelo Departamento de Segurança. Foi o primeiro passo até a criação oficial da Comissão de Gerenciamento de Resíduos da UFPA, oficializada pelo Reitor Alex Fiúza de Mello através da Portaria Nº742/06, de 07 de Março de 2006.
Ficou estabelecido que os setores geradores de resíduos perigosos (laboratórios de ensino, pesquisa, análises clínicas, hospitais e outros setores geradores) teriam dois representantes na Comissão. A COGERE distribuiu um formulário para esses setores, afim de que fosse feito um inventário dos tipos e quantidades de resíduos produzidos pela instituição. Segundo o Prof. Dr. José Pio Iudice de Souza, cerca de metade dos laboratórios ainda não entregou esse formulário, o que impossibilita precisar a quantidade e as espécies desses resíduos.
“Na verdade a quantidade de resíduos produzidos pelas universidades e instituições de pesquisa de modo geral não representa 1% do que é produzido no país. A grande produtora é a indústria – diz o Dr. José Pio - Evidentemente isso não é desculpa para que a gente não faça esse tratamento, uma vez que nós não podemos alegar desconhecimento de causa.”. Contudo, a baixa quantidade de resíduos gerada pelos centros de pesquisa contrasta com a grande diversidade de composições, o que dificulta o gerenciamento desses resíduos.
O Plano de Gerenciamento
Basicamente, o Plano de Gerenciamento envolve cinco etapas: prevenir a geração; minimizar a geração; reaproveitar; tratar; e eliminar os resíduos. Para que essas etapas sejam obedecidas a COGERE necessita de no mínimo três prédios, que ainda não têm data prevista para construção: um entreposto para armazenamento temporário dos resíduos devidamente identificados e rotulados, um laboratório para tratamento e reciclagem de resíduos e um abrigo para containeres de resíduos infectantes do Hospital Betina Ferro.
As plantas desses prédios já foram confeccionadas e entregues à prefeitura. A necessidade da construção do entreposto é latente. Alguns laboratórios armazenam seus resíduos em frascos e, não tendo o entreposto para dispor esses recipientes, utilizam áreas como escadas, corredores e até banheiros. Esse acúmulo de resíduos ocasionou um acidente num laboratório do Curso de Farmácia, no qual uma estante com frascos de amônia caiu no banheiro. Ninguém entrou em contato direto com a substância, que provoca irritação.
A COGERE já começa a criar a cultura da gestão de resíduos na comunidade acadêmica. Em agosto, os técnicos da UFPA e os funcionários da firma terceirizada que recolhe o lixo dos laboratórios farão um curso sobre manuseio de produtos químicos, com duração de três dias. Em breve será lançada a home page da comissão.
O prof. José Pio comenta que a questão ambiental, muito em voga atualmente, forma um movimento de apoio à implantação desses planos, e que há uma pressão junto a órgãos do governo, como o MCT, para que seja criada uma linha de financiamento para projetos como este. A COGERE é uma iniciativa pioneira no Estado do Pará e, mesmo em nível nacional, não são muitas as instituições de pesquisas que contam com um plano de gestão de resíduos. “A comissão é um trabalho voluntário. Nós precisamos de uma participação efetiva da comunidade, porque esse é um benefício que virá para todos”, encerra o professor José Pio.
Texto: Augusto Rodrigues (Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA)
Neste mesmo dia, a Prefeitura do campus convocou uma reunião com o coordenador do Curso de Pós Graduação em Química, Prof. Dr. José Pio Iudice de Souza, juntamente com os técnicos da gerência ambiental e com os responsáveis pelo Departamento de Segurança. Foi o primeiro passo até a criação oficial da Comissão de Gerenciamento de Resíduos da UFPA, oficializada pelo Reitor Alex Fiúza de Mello através da Portaria Nº742/06, de 07 de Março de 2006.
Ficou estabelecido que os setores geradores de resíduos perigosos (laboratórios de ensino, pesquisa, análises clínicas, hospitais e outros setores geradores) teriam dois representantes na Comissão. A COGERE distribuiu um formulário para esses setores, afim de que fosse feito um inventário dos tipos e quantidades de resíduos produzidos pela instituição. Segundo o Prof. Dr. José Pio Iudice de Souza, cerca de metade dos laboratórios ainda não entregou esse formulário, o que impossibilita precisar a quantidade e as espécies desses resíduos.
“Na verdade a quantidade de resíduos produzidos pelas universidades e instituições de pesquisa de modo geral não representa 1% do que é produzido no país. A grande produtora é a indústria – diz o Dr. José Pio - Evidentemente isso não é desculpa para que a gente não faça esse tratamento, uma vez que nós não podemos alegar desconhecimento de causa.”. Contudo, a baixa quantidade de resíduos gerada pelos centros de pesquisa contrasta com a grande diversidade de composições, o que dificulta o gerenciamento desses resíduos.
O Plano de Gerenciamento
Basicamente, o Plano de Gerenciamento envolve cinco etapas: prevenir a geração; minimizar a geração; reaproveitar; tratar; e eliminar os resíduos. Para que essas etapas sejam obedecidas a COGERE necessita de no mínimo três prédios, que ainda não têm data prevista para construção: um entreposto para armazenamento temporário dos resíduos devidamente identificados e rotulados, um laboratório para tratamento e reciclagem de resíduos e um abrigo para containeres de resíduos infectantes do Hospital Betina Ferro.
As plantas desses prédios já foram confeccionadas e entregues à prefeitura. A necessidade da construção do entreposto é latente. Alguns laboratórios armazenam seus resíduos em frascos e, não tendo o entreposto para dispor esses recipientes, utilizam áreas como escadas, corredores e até banheiros. Esse acúmulo de resíduos ocasionou um acidente num laboratório do Curso de Farmácia, no qual uma estante com frascos de amônia caiu no banheiro. Ninguém entrou em contato direto com a substância, que provoca irritação.
A COGERE já começa a criar a cultura da gestão de resíduos na comunidade acadêmica. Em agosto, os técnicos da UFPA e os funcionários da firma terceirizada que recolhe o lixo dos laboratórios farão um curso sobre manuseio de produtos químicos, com duração de três dias. Em breve será lançada a home page da comissão.
O prof. José Pio comenta que a questão ambiental, muito em voga atualmente, forma um movimento de apoio à implantação desses planos, e que há uma pressão junto a órgãos do governo, como o MCT, para que seja criada uma linha de financiamento para projetos como este. A COGERE é uma iniciativa pioneira no Estado do Pará e, mesmo em nível nacional, não são muitas as instituições de pesquisas que contam com um plano de gestão de resíduos. “A comissão é um trabalho voluntário. Nós precisamos de uma participação efetiva da comunidade, porque esse é um benefício que virá para todos”, encerra o professor José Pio.
Texto: Augusto Rodrigues (Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA)
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