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NOTA DE ESCLARECIMENTO PÚBLICO

A invasão da Reitoria por um determinado grupo do movimento estudantil, com apoio da atual direção do sindicato dos servidores – SINTUFPA -, é uma ação de natureza estritamente política, orientada por um partido político, e que tem impacto nacional. Muitas universidades públicas estão sofrendo a mesma intervenção - a exemplo da USP, da UFRJ e da UFAL - e o objetivo é unicamente atingir as instituições, o Governo, tudo sob o pretexto de reivindicações por melhorias do serviço público. São grupos minoritários, que não representam mais do que 1% dos interesses e vontade da imensa maioria de professores, estudantes e técnico-administrativos das IFES (Instituições Federais de Ensino Superior) e, exatamente por isso, recorrem a ações violentas, atitudes raivosas, irracionais e oportunistas, ferindo o direito de todos.

Não vivemos mais no país um regime ditatorial de exceção. Apesar dos escândalos e maus exemplos de algumas autoridades públicas, vigora o estado de direito, e nada, nada justifica esse tipo de comportamento, avesso ao diálogo, quando o direito de greve é respeitado, inclusive sem repressão aos grevistas.

As instituições e o estado de direito não podem ser vilipendiados por um tipo de atitude fascista e demagógica, sob pena do estabelecimento de um estado de caos.

Como reitor, estou recorrendo, em primeira instância, à Justiça, para garantir o funcionamento mínimo da Instituição. Não cederei ou recuarei esta posição. A autoridade, socialmente delegada, existe para ser exercida e, a Instituição, defendida.

Os grupos que se movem nesse episódio, como em outros, não estão interessados em diálogo, não aceitam argumentos contrários aos seus, plantam versões deturpadas à imprensa, caluniam e não têm crédito dentro da própria comunidade universitária. Só agem por orientação de partido político. O sindicato nada mais é que o braço partidário e não expressa a categoria profissional que representa. São as mesmas pessoas infiltradas no DCE (Diretório Central dos Estudantes), no SINTUFPA (Sindicato dos Trabalhadores da UFPA) e na ADUFPA (Associação dos Docentes da UFPA), que se reúnem nos bastidores para programarem taticamente essas ações.

Ou a Universidade, que é pública - portanto, da sociedade! -, reage a esse ataque autoritário e fascistóide, ou ela será refém, cada vez mais, daqueles que objetivam destruí-la.

Não há outra explicação para os atuais acontecimentos. Todas as insinuações de <defesa>  da Universidade por esses setores minoritários são uma farsa, que não pode e não deve iludir a sociedade. 

 

Belém, 15 de junho de 2007

 

Prof. Dr. Alex Fiúza de Mello

Publicado em: 15.06.2007 15:39