Caravana de pesquisadores do Naea visita comunidades do Tapajós
A II Caravana em Defesa dos Povos do Rio Tapajós reuniu movimentos sociais, povos indígenas e comunidades da nascente a foz do rio Tapajós, além de alguns órgãos do poder público e pesquisadores. O evento, realizado na cidade de Itaituba, no mês de agosto de 2016, teve como objetivo discutir a situação crítica do presente e as inquietações sobre o futuro do Oeste do Pará.
Essas questões se inserem no contexto de expansão da fronteira da capital, que atinge, largamente, a bacia do Tapajós hoje "especulada" por planos hidrelétricos, portuários, hidroviários e minerários. Alguns já sendo materializados como o minerário, o portuário e a rodovia BR-163. Cenário esse que se apresenta como forte ameaça, não somente aos rios e à biodiversidade, mas também à "sobrevivência" de grupos diversos como os povos indígenas, exemplo dos Munduruku, pescadores, ribeirinhos, barqueiros, beiradeiros, agricultores, extrativistas, artistas, trabalhadores urbanos e rurais.
Programação - A Caravana contou com a participação do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) da UFPA, por meio do Grupo de estudo sobre Estado, Território, Trabalho e Mercados Globalizados na Amazônia (GETTAM), liderado pela professora doutora Edna Castro. Na ocasião, a Professora Edna Castro, participou da mesa-redonda, Perspectivas e desafio frente aos grandes projetos na Amazônia – Análise Conjuntural, composta também por Felício Pontes (MPF) e Pedro Martins (Terra de Direitos).
O GETTAM ofertou, ainda, uma oficina autogestionada, Jogos políticos do governo e das empresas para impor projetos desenvolvimentistas para o Tapajós, na qual, a partir das pesquisas realizadas pelo Grupo, foram feitas exposições (Edna Castro, Rosane Seixas, Sabrina Mesquita, Larissa Carrera e Jondison Rodrigues) e aberto um debate com os participantes.
Por fim, foi lançada uma cartilha elaborada pelo Movimento Tapajós Vivo e doutorandos do Naea, Larissa Carrera, Jader Gama e Jondison Rodrigues. A Cartilha informa sobre o planejamento de hidrelétricas para a bacia do Tapajós, os interesses em jogo, os seus impactos e as estratégias de resistência em curso que contestam esses empreendimentos.
Texto e foto: Divulgação
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