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Hospital Bettina faz campanha de prevenção à surdez

O Hospital Bettina Ferro de Souza (HUBFS), referência em Otorrinolaringologia na Região Norte, em parceria com a Coclear, abraçou a Campanha Nacional de Prevenção e Combate à Surdez e realiza triagem e palestras sobre o tema na Unidade de Otorrinolaringologia do Bettina. O evento ocorre na quinta-feira, dia 10, das 8h às 17h. A campanha visa chamar pacientes novos que ainda não passaram por avaliação otorrinolaringológica prévia. O alvo principal são as pessoas que apresentam alguma queixa auditiva, seja perda de audição, seja zumbido. O HUBFS atende 100% por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e pertence ao Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
 
Este é o segundo ano em que o Bettina Ferro promove a campanha - Em 2015, cerca de 200 pessoas receberam atendimento com queixas de perda auditiva no dia da ação. Segundo a chefe da Unidade de Otorrinolaringologia do Bettina Ferro, a médica Érika Badarane, a campanha nacional objetiva alertar a população sobre a  perda auditiva, e a meta é atingir o maior numero de pacientes. “Vamos atuar desde a prevenção, identificando pessoas com perda auditiva, para permitir o adequado tratamento e a reabilitação da deficiência, por meio de tratamento clínico, cirurgias, de adaptação de aparelhos auditivos e cirurgia de implante coclear realizadas no HUBFS”, destaca.
 
Ainda de acordo com ela, as pessoas que procurarem o hospital, no dia da campanha, serão avaliadas por médicos e fonoaudiólogas, quando será realizada a triagem. É importante que apresentem documentos de RG, CPF, comprovante de residência e cartão SUS, se tiverem. “Aquelas pessoas com suspeita ou alto risco de apresentarem problema auditivo serão submetidas a exames complementares. Os pacientes que necessitarem de tratamento serão cadastrados no hospital, para acompanhamento. O atendimento pode ser por demanda espontânea, mas o alvo principal são as pessoas que apresentam alguma queixa auditiva, seja perda de audição, seja zumbido”, esclarece Érika Badarane.  
 
Surdez – De modo geral, a otorrinolaringologista explica que a surdez pode ser adquirida ou congênita. “Entre as causas adquiridas, as principais são exposição a ruído; doenças infecciosas,como meningites, rubéola, sarampo; traumas; uso de medicações; infecções crônicas nos ouvidos; entre outras. As causas congênitas são aquelas em que a criança já nasce com problema auditivo, podendo ser decorrente de infecções adquiridas pela mãe durante a gestação, síndromes, incompatibilidade sanguínea, más formações, entre outras”, informa Badarane.
 
Tratamento – Ela afirma, ainda, que o tratamento depende da causa, por isso é individualizado e necessita de avaliação médica. “O tratamento pode ser clinico, no caso de infecções, por exemplo, mas pode ser cirúrgico. Em alguns casos,  a reabilitação pode ser realizada por meio do uso de aparelho auditivo. Nos casos mais severos e bilaterais, o implante coclear pode ser o tratamento ideal”. 
 
Atendimento - Em 2016, até agosto, do total de 267 mil procedimentos realizados no HUBFS, 51 mil (19%) foram em Otorrinolaringologia, entre eles, estão consultas, exames e cirurgias. Entre os procedimentos nesta área, o Bettina destaca-se no implante coclear, pois é o único hospital público do Norte do Brasil a realizar o procedimento, conhecido popularmente como “ouvido biônico”. Desde outubro de 2010, mais de 90 pacientes realizaram o implante coclear. 
 
Implante - O implante coclear é um aparelho colocado cirurgicamente que faz a função das células ciliadas lesadas do ouvido interno e restaura - ou cria - a capacidade de captar e compreender o som, o qual é encaminhado diretamente ao nervo auditivo, por meio de estímulos elétricos que chegam ao cérebro, possibilitando uma percepção sonora clara, inclusive da fala.
 
Campanha - A Campanha Nacional de Prevenção e Combate à Surdez é uma iniciativa de organizações e entidades representativas das áreas da otorrinolaringologia e fonoaudiologia, como a Sociedade Brasileira de Otologia (SOB), Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (SBORL), Fundação Otorrinolaringologia, Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e Conselho Federal de Fonoaudiologia do Brasil.
 
Dados - Cerca de 400 milhões de pessoas no mundo apresentavam algum tipo de perda auditiva, com quase 38% delas com mais de 65 anos e 8% sendo crianças e adolescentes, com até 15 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2014. Quando o foco é o Brasil, aponta-se que o número de brasileiros que possui algum tipo de deficiência auditiva chegue a 10 milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a cada mil recém-nascidos, três já nascem com perda auditiva. No Norte do País, pelo menos, 0,8 % da população tem deficiência auditiva.
 
Endereço – O HUBFS fica no Campus IV da UFPA, rua Augusto Corrêa, nº 1, bairro Guamá, com acesso também pela avenida Perimetral, portão IV da UFPA, Terra Firme.  Mais informações pelo telefone: (91) 3201-7819.
 
Texto: Cleide Magalhães – Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA.
Fotos: Edna Nunes - Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA - Reprodução Google e Arquivo/Ascom.

Publicado em: 06.11.2016 18:00