O Hospital Bettina Ferro de Souza (HUJBB), da Universidade Federal do Pará (UFPA), vinculado ao Complexo Hospitalar da UFPA, superou as expectativas no Mutirão de Saúde e Cidadania, realizado na manhã do último sábado, 26, pelo Lions Clube Internacional, na Escola de Aplicação da UFPA, no bairro Terra Firme. O objetivo inicial do Bettina era selecionar 60 pessoas para as cirurgias de catarata e pterígio, conhecida popularmente como "carne crescida". A procura pelos serviços foi tanta que levou a coordenação do evento a distribuir mais dez senhas, alcançando 70 avaliações encaminhadas para atendimento médico específico no Bettina Ferro, a partir de 5 de dezembro deste ano.

Além do HUBFS, a organização filantrópica contou com a parceria de órgãos da Prefeitura de Belém e do governo do Estado. Ao longo da manhã, mais de mil pessoas foram assistidas no Mutirão de Saúde e Cidadania com ações da saúde, cidadania e recreação.

Esperança - Para quem foi atendido, ficou a esperança de voltar a enxergar e ter vida com mais qualidade. É o caso da aposentada Maria das Graças de Vasconcelos, 65 anos, diagnosticada com catarata e pterígio. Apesar de revelar ter medo de fazer a cirurgia, ela disse: "não vou perder a oportunidade, porque não vejo mais quase nada". Maria comentou que depois do atendimento feito pelos médicos residentes saiu da sala mais tranquila e certa de seguir com o acompanhamento oftalmológico no Bettina, por ser referência na área.

Flávio de Souza, 62, informou que, ao saber da ação do Lions Clube Internacional e da avaliação que o Bettina faria das pessoas com catarata para encaminhá-las para cirurgia, reuniu documentos e exames para ser um dos primeiros atendidos. "Eu já tinha o diagnóstico de catarata e vim ao mutirão para ter acesso mais rápido ao procedimento cirúrgico, porque, se esperar pela burocracia do Sistema Único de Saúde, não seria logo operado, porque é muita gente na fila de espera", disse Flávio de Souza.

Equipe - A equipe do Bettina estava composta pelos médicos residentes de Oftalmologia, Pablo Maranhão e Leonardo Cruz, e pela assistente social Elisa Monteiro. Eles foram coordenados pela chefe da Divisão Médica, a anestesiologista Lauricéia Valente. Segundo ela, o atendimento oftalmológico foi estimado de acordo com o horário do evento, mas, após o andamento do serviço, foi possível ampliá-lo para mais dez pessoas. "Nosso objetivo foi alcançado e as pessoas selecionadas foram encaminhadas para o Bettina, onde farão os procedimentos cirúrgicos", informou Lauricéia Valente.

O governador do Lions Clube Internacional, Waldemir Sampaio, afirmou que a parceria com o Bettina foi fundamental para o evento e espera que continue considerando que a organização tem como "bandeira" a erradicação da cegueira no mundo. Ele enfatizou que a ação é uma alusão ao centenário do Lions Clube, que nasceu nos Estados Unidos e, hoje, está em todo o mundo.

Texto e foto: Edna Nunes – Ascom Complexo Hospitalar da UFPA

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