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Alunos da Escola de Teatro e Dança encenam o clássico Édipo Rei

A Escola de Teatro e Dança (ETDUFPA) do Instituto de Ciências da Arte (ICA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), em parceria com o Museu do Estado do Pará (MEP), apresenta, no período de 1º a 4 de dezembro/2016, a segunda temporada do espetáculo teatral "Édipo Rei", com direção assinada por Denis Bezerra, Karine Jansen e Renan Delmontt. A apresentação ocorrerá no Museu do Estado do Pará (MEP), em duas sessões, às 18h30 e às 20h30, com entrada franca.

O espetáculo tem como ponto de partida a tragédia grega de Sófocles, Édipo Rei, e mergulha nesse texto de referência para a cultura ocidental. Fruto do trabalho final dos alunos dos cursos técnicos de Teatro, Cenografia e Figurino da ETDUFPA, do ano de 2015, o espetáculo parte da vontade de encenar a história de Édipo, mito de uma importância significativa para o período helenístico e para todos os movimentos posteriores que se debruçaram sobre a questão do trágico e os temas exposto na obra.

Sinopse - Édipo (Oidípous, pés inchados), filho de Laio e Jocasta, vem cumprir um destino que não é seu. Seu pai, quando jovem, nutria uma paixão por Crísipo, filho de Pêlops, fato que teria inaugurado, segundo algumas histórias gregas, os amores homossexuais. Laio raptou Crísipo e, por consequência, foi amaldiçoado por Pêlops, com o castigo de morrer sem deixar descendentes.

Após esse fato, Laio casou-se com Jocasta, irmã de Creonte, e tornou-se rei de Tebas. Apesar de o oráculo ter anunciado o castigo, o casal real tebano teve um filho. Com o objetivo de fugir à predição oracular, Laio mandou Jocasta dar o recém-nascido, após ter perfurado seus pés, a um dos pastores de seus rebanhos, para matá-lo. No entanto o menino é levado aos reis de Corinto, que não podiam ter filhos.

A tragédia sofocliana aborda a parte do mito no qual Édipo já é rei e está casado com Jocasta. Os personagens buscam descobrir o assassino de Laio, morto em uma encruzilhada por um desconhecido (Édipo), que, logo depois de ter revelado o segredo da Esfinge, se tornou o novo líder de Tebas.

Movido pelo desejo de descobrir o assassino do antigo rei de Tebas, motivo gerador das pragas que assolam o lugar, segundo a profecia do deus Apolo, Édipo interroga a todos e busca respostas. A tragédia gira em torno da concretização do destino do rei Laio e conduz-nos a reflexões sobre questões humanas que perpassaram gerações e chega até as pessoas do século XXI. Poder, destino e morte atravessam a obra.

Os cidadãos tebanos buscam respostas para os problemas da cidade. Édipo, líder do local, enfrenta os desafios dados a um rei: a resolução das mazelas de seu povo. Nesse jogo, ele passa a duvidar de seu cunhado Creonte, pensando que ele seria o articulador do contexto de seu país. Jocasta surge como uma personagem que tenta conciliar os conflitos familiares e, ao mesmo tempo, fortalecer seu esposo, que passa por grandes provações.

Entre os conflitos ocorridos no interior do palácio e os problemas sociais de Tebas, surge a voz do Coro, que interliga os fatos e narra, de maneira a esclarecer e ao mesmo tempo de predestinar, os acontecimentos tebanos. A história desenrola-se em torno do desejo de descobrir quem é o responsável pelo desequilíbrio do país. Aos poucos, a tragédia sofocliana conduz-se para o universo trágico do destino da família de Laio, e os sentimentos de poder, punição e revelações desenrolam-se.

Referência - "Dessa maneira, a Escola de Teatro e Dança da UFPA e o Museu do Estado do Pará/MEP oferecem à sociedade local a realização de uma obra de referência para a cultura teatral e liga-se à tradição dos textos clássicos em conexão com princípios de processos poéticos de nosso tempo", comentou Denis Bezerra.

Serviço
Espetáculo teatral Édipo Rei
Data: 1º a 4 de dezembro
Hora: às 18h30 e às 20h30, com entrada franca.
Local: O Museu do Estado do Pará fica localizado na Rua Dona Tomázia Perdigão - (Em frente à praça Dom Pedro II) no bairro Cidade Velha, Belém – PA.

Texto e fotos: Divulgação / ETDUFPA

Publicado em: 30.11.2016 18:01