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Hospitais da UFPA realizam 490 procedimentos no Mutirão da Ebserh

Os Hospitais Universitários João de Barros Barreto (HUJBB) e Bettina Ferro de Souza (HUBFS), que pertencem ao Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA), administrados pela Ebserh, participaram do I Mutirão Nacional da Rede Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), com serviços específicos para atendimento nas áreas de Pneumologia, Otorrinolaringologia e Oftalmologia, nesta quinta-feira, 30, das 8h às 18h. Eram 114 profissionais envolvidos para a realização de 75 cirurgias e 415 exames. Os beneficiados de forma direta com os procedimentos foram pacientes cadastrados no Barros e no Bettina e contactados pela Unidade de Regulação Assistencial dos hospitais.

O I Mutirão Nacional da Rede Ebserh teve a meta de atender mais de três mil pessoas nos 39 hospitais universitários federais vinculados à Rede no Brasil, com procedimentos cirúrgicos, exames e consultas, para diminuir em torno de 32% a fila de espera dos hospitais e do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para alcançar o número, cada instituição definiu as especialidades que mais contemplam as necessidades de saúde de cada região. "Os mutirões são importantes porque possibilitam acelerar o atendimento à população nos hospitais universitários. Este é o primeiro mutirão da Ebserh e esperamos ampliar com outros, para garantir, cada vez mais, aos usuários do SUS acesso e acompanhamento mais rápido e com qualidade à saúde", afirmou o superintendente do Complexo Hospitalar da UFPA, o médico e sociólogo Paulo Amorim.

Beneficiados - O mutirão da Ebserh teve avaliação positiva por mais gestores, profissionais e usuários do Barros e do Bettina em virtude da necessidade da população local e até mesmo da Região Norte, na garantia desses procedimentos. Entre os beneficiados na cirurgia de hérnia, estava o autônomo Carloane da Silva Ferreira, 32 anos, que mora no bairro Terra Firme. Ele aguardou pela cirurgia por mais de um ano e, antes de ser atendido no Barros, esteve em outras Unidades de Saúde de Belém. "Depois que fui encaminhado e cadastrado no Barros, aguardei pela cirurgia por cerca de dois meses e teve esse mutirão, porque se não fosse essa ação acredito que não seria mais este ano, o que só pioraria o meu problema e a minha vida", disse.

A paciente Telma Moraes dos Santos, 52 anos, que reside no município de Bujaru, nordeste do Pará, falou da satisfação com o atendimento no mutirão e, por estar em recuperação de pneumonia, revelou sua satisfação em realizar o exame. "Saio de alta amanhã do Barros, porque vim em estado grave com pneumonia e outros problemas. Então, sair daqui sem precisar correr atrás desse exame é maravilhoso, porque a dificuldade é grande", ressaltou.

No Bettina, Maria José Cruz, 62 anos, que mora em Salvaterra, na Ilha do Marajó, estava satisfeita, porque fez cirurgia de catatara do olho direito. "Para mim, foi uma maravilha, porque estava esperando desde setembro deste ano para operar. Cheguei cedo e o atendimento está muito bom. Depois, vou operar o outro olho e espero conseguir enxergar bem".

Carmem Santos, 52 anos, que mora na Marambaia, há seis meses esperava pela realização de exame de audiometria. "Já sou paciente do Bettina e fiquei feliz porque preciso da audiometria para dar andamento na minha cirurgia de mastoide, pois faltava só esse exame", disse Carmem.

Serviços - O Bettina Ferro ofereceu 64 profissionais no mutirão, entre eles, médicos preceptores, médicos residentes, anestesistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais. O hospital disponibilizou cirurgias de catarata a 44 pacientes e 19 de pterígio, conhecida como "carne crescida". Além de 370 exames, como de videofaringolaringoscopia / nasofibrolaringoscopia e endoscopia nasal, audiometria tonal, imitanciometria e otoemissões acústicas.

Na ação, o Barros Barreto contou com 80 profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, residentes e pessoal de apoio à realização de 45 exames de espirometria, que consiste na prova de função pulmonar, e 12 cirurgias de hernioplastia, ou seja, cirurgia simples de hérnia.  Além do atendimento médico e ambulatorial, o HUJBB promoveu ação educativa externa e internamente sobre a prevenção e o tratamento do HIV/Aids.

Para o médico anestesiologista no Barros, Francisco Juarez Filho, o mutirão foi uma forma de atender a demanda que o hospital possui e diminuir a fila de espera dos pacientes que aguardam por cirurgia, não apenas os de hérnia, mas para todos os tipos, que correspondem às de pequena, média e alta complexidade.

O pneumologista Augusto Abreu Albério, que fez dobradinha com a médica Neuza Maria Dias Moreira à concretização do mutirão de exames de espirometria, comentou que é importante a promoção da ação, considerando que as doenças respiratórias hoje são mais frequentes e o HUJBB é o único a oferecer esse serviço pelo SUS. "A gente só tem como fazer o diagnóstico dessas doenças se o paciente fizer esse exame e, com isso, iniciar logo o seu tratamento", enfatizou.

O grupo Os EnferMágicos foi convidado para interagir com os profissionais e usuários do Barros Barreto. O grupo é formado por alunos de graduação do curso de Enfermagem da UFPA, que abordou, de forma lúdica, temas relacionados à saúde para a prevenção e orientação de problemas de saúde.

Procedimentos - Do número total dos hospitais envolvidos no Mutirão Nacional da Ebserh, 21 deles realizaram cirurgias em mais de mil pacientes. Para os procedimentos ambulatoriais, como exames, diagnósticos e ações educacionais preventivas, 31 instituições hospitalares garantiram atendimento a mais de 2,3 mil pessoas, por meio de cerca de mil profissionais de saúde mobilizados em todo o país.

Atualmente, a rede Ebserh conta com unidades filiadas em todo o país, quatro na Região Norte, entre eles, o HUJBB e HUJBB, ambos vinculados ao Complexo Hospitalar UFPA. A empresa conta, ainda, com 17 no Nordeste, cinco no Centro-Oeste, sete no Sudeste e seis no Sul do País.

Texto e fotos: Cleide Magalhães e Edna Nunes – Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh

 

Publicado em: 01.12.2016 18:10