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Flora Amazônica ameaçada de extinção pode ser vista na UFPA

Pau-Brasil, Mogno, Jatobá. Árvores com alto valor econômico que quase desapareceram das florestas brasileiras em razão da exploração predatória estão expostas no Campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém. De acordo com a Coordenadoria de Serviços Urbanos da Prefeitura do Campus, entre as 157 espécies vegetais na Cidade Universitária José da Silveira Netto, seis estão na lista das ameaçadas de extinção do Ministério de Meio Ambiente.

Tatiana Castro é a engenheira florestal que trabalha no setor de paisagismo da UFPA. Ela explica que, no Campus, há um total de 127 árvores da lista de ameaçadas. São exemplares de pau-brasil (Caesalpinia echinata), mogno (Swietenia macrophylla), castanha-do-pará (Bertholletia excelsa), cedro (Cedrela odorata), ucuúba-da-várzea (Virola surinamensis) e acapu (Vouacapoua americana Aubl).

Espécies ameaçadas estão espalhadas pelo Campus Universitário - “Os frequentadores da UFPA têm a oportunidade de conhecer essas espécies que correm o risco de desaparecer. São 77 exemplares de mogno, 30 de ucuúba-da-várzea, 11 de cedro, duas de castanha-do-pará e uma árvores de acapu, todas nativas da Amazônia. Também temos seis de ‘pau-brasil’, que é natural da Mata Atlântica brasileira e é a árvore que inspirou o nome do nosso país”, detalha Tatiana Castro.

As árvores estão localizadas em pontos de grande circulação de pessoas na UFPA. Um exemplar de pau-brasil está localizado próximo à Reitoria. Algumas árvores de mogno podem ser vistas no entorno da Prefeitura do Campus, onde também está o único acapu existente na Universidade. Além disso, há exemplares de castanha-do-pará no Bosque Benito Calzavara e no Bosque Adolpho Ducke

Já as 11 árvores de cedro estão localizadas no Bosque Adolpho Ducke, na beira do Rio Guamá, no Campus Profissional, enquanto o ucuúba-da-várzea existe na beira do Igarapé do Tucumduba, ao lado da Reitoria, e também próximo ao Bloco D e à sede do Instituto de Ciências da Educação (ICED), no Campus Profissional.

Tecnologia e cuidados – Além das 127 árvores de espécies ameaçadas de extinção, a UFPA possui outras 3.074. E todas recebem cuidados do Setor de Paisagismo da Instituição e foram catalogadas em 2014. “Cada uma recebeu uma placa com GPS e, graças a todo trabalho realizado no levantamento, temos informaçoes que podem ser acessadas diretamente em nosso banco de dados. Podemos, por meio de um número de identificação, ter acesso à informações sobre cada uma delas, como qual é a espécie, o tamanho, a localização, entre outros dados”, explica Tatiana Castro.

Para o Setor de Paisagismo da UFPA, o próximo passo é identificar as espécies ameaçadas com placas que possam facilitar sua identificação pelos visitantes. O projeto, porém, depende da liberação de recursos orçamentários.

Espécies vêm de doações ou do viveiro da UFPA – Uma vez por ano, a Universidade recebe doações de mudas de espécies em risco de extinção. As mudas, geralmente, vêm da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) ou da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Essas parcerias possibilitam a renovação das espécies ameaçadas existentes na UFPA”, comenta a engenheira florestal da Instituição.

Outras espécies são reproduzidas, também, no Setor de Paisagismo da Coordenadoria de Serviços Urbanos da UFPA, mas atualmente apenas exemplares de pau-brasil estão sendo cultivados. “Optamos por esta espécie porque as demais têm chegado até nós por meio das doações”, conta Tatiana Castro.

Para a engenheira florestal, a presença das espécies amazônicas no Campus faz parte da identidade da Universidade. “Temos um patrimônio arbóreo que representa a flora da Amazônia e do Brasil e, particularmente, a presença dessas espécies ameaçadas reforça a importância da preservação ambiental para nossa comunidade e visitantes e, ao mesmo tempo, é nossa contribuição para que parte da flora não desapareça completamente”, considera.

• Serviço:
Árvores ameaçadas de extinção expostas na UFPA
Visitas podem ser feitas durante o horário de funcionamento do Campus
Segunda a sexta: 6h às 22h
Sábados: Das 6h às 12h

Texto: Edson Costa – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Adolfo Lemos – Assessoria de Comunicação da UFPA

Publicado em: 26.12.2016 18:00