Aumentar o tamanho da fonte   Diminuir o tamanho da fonte
Lista Telefônica E-mail
Facebook Twitter Instagram

Clínica de Atenção à Violência fornece apoio jurídico e psicossocial

A Clínica de Atenção à Violência (CAV) é um projeto que atende pessoas em situação de violência, em especial de grupos vulneráveis, como crianças, mulheres, idosos e LGBTs. O projeto procura fornecer aconselhamento jurídico e apoio psicossocial, além de cuidados com a saúde da vítima. O atendimento ocorre todas as sextas-feiras, das 8h às 12h, no bloco L, do Campus Profissional da UFPA, no bairro Guamá, em Belém.

Funcionamento - A CAV é um projeto do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da UFPA, em parceria com o Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Amazônia (NEIVA) e funciona sob a coordenação da professora Luanna Tomaz de Souza. Por tratar da violência como uma questão interdisciplinar, o projeto conta com bolsistas e acadêmicos de diversas áreas, tais como Enfermagem, Odontologia, Psicologia, Direito e Serviço Social.

Centro de referência - O NPJ da UFPA atende, principalmente, casos jurídicos familiares. No entanto, como muitos desses casos envolviam a violência, surgiu a necessidade de criar um horário de atendimento específico para isso. O serviço já existia como um programa do NPJ e, há um ano, tornou-se uma clínica, com o objetivo de se tornar um centro de referência no atendimento à violência contra mulheres, crianças, adolescentes, idosos, violência policial, racial e LGBTfóbica.

O serviço é aberto e gratuito a toda a comunidade, mas é voltado especialmente para pessoas em situação de vulnerabilidade econômica. Em média, cinco pessoas são recebidas em cada atendimento, que começa com os cuidados de saúde e o apoio psicossocial, para, então, passar para o aconselhamento jurídico necessário em cada questão.

Casos - A coordenadora do projeto, Luanna Tomaz, afirma que recebe casos bem diferentes todos os dias, alguns até de dentro da Universidade. Algumas pessoas buscam apenas um atendimento rápido ou um aconselhamento sobre como proceder, outras prosseguem para resolver os casos juridicamente.

Relevância - Luanna considera o projeto importante tanto para o estudante, que tem a oportunidade de vivenciar um atendimento diferenciado e mais humanizado ao público, sob uma perspectiva interdisciplinar, quanto para a comunidade, que dispõe de poucos centros de referência para atendimento de casos de violência contra grupos vulneráveis.

Segundo a professora, “muitas políticas públicas não conseguem fazer esse atendimento integrado focando mais nas demandas cíveis, sendo que existem outras, penais, psicológicas etc. A pessoa acaba precisando ir a vários serviços diferentes para conseguir ser atendida em todas as suas demandas.”

A CAV surge para suprir esse problema, fornecendo vários atendimentos diferentes no mesmo lugar. O projeto contou com o financiamento do Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Proint), que ajuda projetos que têm como meta incentivar a reestruturação e qualificação de cursos de graduação. Além disso, o projeto está em busca de formalizar uma parceria com a Defensoria Pública Estadual para ajudar nas audiências, em casos que cheguem a esse estágio.

Violência no Brasil - Segundo dados da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), só no primeiro semestre de 2016, foram mais de 500 mil atendimentos, dos quais, cerca de 12% eram relatos de violência. Nos primeiros meses de 2016 (de janeiro a abril), o canal da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (100) registrou mais de 12 mil casos de violência contra a pessoa idosa, com a maior parte das violações acontecendo na própria casa das vítimas.

Em relação a crianças e adolescentes, o órgão recebeu, em 2015, mais de 153.962 denúncias, das quais, 38% eram casos de violência psicológica; 22%,de violência física e 11%, de violência sexual. No ano passado, a Ouvidoria registrou 1205 casos de violação dos direitos humanos contra a comunidade LGBT, dos quais, 723 correspondiam a diferentes tipos de violência.

Serviço
Clínica de Atenção à Violência
Atendimento: todas as sextas-feiras
Horário: 8h às 12h
Local: Bloco L do Campus Profissional da UFPA, bairro Guamá, em Belém.

Texto: Ana Paula Castro – Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte e Fotos: Divulgação / CAV

Publicado em: 16.02.2017 18:00