Aumentar o tamanho da fonte   Diminuir o tamanho da fonte
Lista Telefônica E-mail
Facebook Twitter Instagram

Candidatos indígenas participam de entrevista do PSE 2016-2

Um total de 82 indígenas, candidatos ao Processo Seletivo Especial 2016-2, participaram, nesta sexta-feira, 17, de entrevistas individuais realizadas nos campi de Belém e Altamira, como uma das etapas do concurso. A lista de convocação dos candidatos indígenas está disponível no site do Centro de Processos Seletivos (Ceps), para Altamira e Belém. O PSE 2016-2 é uma seleção diferenciada de candidatos indígenas e quilombolas para o provimento de vagas reservadas nos cursos de graduação presenciais oferecidos pela UFPA, para o ano de 2017.

O processo seletivo ofertou 704 vagas, sendo 352 para indígenas e 352 para quilombolas, em 176 cursos de graduação distribuídos em mais de 20 municípios paraenses. Ao todo, 2.054 candidatos, sendo 107 indígenas e 1.947 quilombolas, inscreveram-se na disputa por uma das vagas ofertadas. O concurso constou de duas etapas: a primeira, uma prova de redação em Língua Portuguesa; e a segunda, a entrevista com os candidatos e a análise do histórico escolar, mais documentação comprobatória de pertencimento a etnias e/ou comunidades.

Concorrência - O curso mais concorrido entre os indígenas, no processo, é o de Medicina, em Belém, com 12,50 candidatos por vaga. Seguido de Agronomia, em Altamira, com 4 candidatos na disputa por uma vaga, Fisioterapia e Odontologia, ambos em Belém, com 3,50 candidatos/vaga. Entre os candidatos quilombolas, a maior concorrência está no curso Medicina (41,50 candidatos/vaga), Educação Física (35,50), ambos em Belém, e Pedagogia, em Abaetetuba (28 candidato/vaga).

Na segunda opção, a maioria dos indígenas escolheu o curso de Biomedicina, ofertado em Belém (4 candidatos/vaga); seguido dos cursos de Agronomia, em Altamira; Direito, Enfermagem e Odontologia, em Belém; todos com 3 a 3,50 candidatos por vaga. Na demanda dos quilombolas, a escolha em segunda opção foi pelos cursos de Serviço Social (30,50 candidatos/vaga) e Pedagogia (25.50), ambos em Abaetetuba; seguidos de História, em Cametá (25,50 candidato/vaga); Serviço Social (25 candidatos/vaga) e Educação Física (24 candidatos/vaga), ambos em Belém.

Expectativa - De acordo com os participantes, o processo é uma oportunidade de igualdade, já que possibilita que indígenas e quilombolas possam ingressar na UFPA, apesar das dificuldades enfrentadas . “Nós estamos competindo com  o mesmo povo que pertencemos, diferentemente do processo comum, em que nós não temos muita chance de competir, já que enfrentamos candidatos muito preparados”, diz Julio Oliveira, candidato no processo.

Outra questão levantada pelos participantes é o fato de que o PSE é uma excelente oportunidade de, no futuro,  qualificar profissionais que atuem nas comunidades quilombolas e indígenas.  O processo é um grande apoio. O jovem terá uma formação e pode levar paras suas comunidades a ajuda que elas precisam”, destaca Onésimo Wai Wai, também candidato.

Segundo a professora Jane Beltrão, que conduziu a etapa de entrevistas em Belém, o processo ocorreu de forma tranquila, sem imprevistos. “A fase do PSE referente às entrevistas é a mais importante, pois os indígenas têm uma expressão oral muito mais importante do que a expressão escrita. Além disso, língua portuguesa é, para eles, uma língua estrangeira”, declara.

Quilombolas - A próxima etapa será de entrevistas com os candidatos quilombolas, nos dias 2, 3 e 4 de março, no Campus de Altamira. Para essa etapa, foi selecionado um total de 12 quilombolas. Acesse aqui a lista de convocação. Mais informações sobre o certame podem ser acessadas na página do Ceps, aqui.

Texto: Caio Maia e Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes

Publicado em: 17.02.2017 18:00