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Projeto Victório da UFPA atenderá animais para garantir bem-estar humano

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais cachorros que crianças nos lares brasileiros. Mas, eventualmente, muitos destes “melhores amigos do homem” acabam indo parar nas ruas. Famintos, sujos e doentes, eles representam para a Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE) um problema de saúde pública. Na UFPA, parcerias intra e interinstitucionais, lideradas pelo Projeto Victório, devem garantir o bem-estar animal e, por meio dele, também atuar para a promoção da saúde dos humanos que também transitam pela Universidade. Leia na terceira reportagem do UFPA em Série-Animais.

Por que a Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio do Projeto Victório, está investindo na promoção da saúde e bem-estar animal? “Para proteger a população humana”, garantem os integrantes do Projeto Victório. Além do compromisso ético e ambiental, cuidar dos cães e dos gatos que vivem na Universidade é promover a saúde das pessoas que frequentam o campus, mesmo que não tenham contato físico com os “peludinhos”.

Cuidar dos cães protege a comunidade universitária de doenças - As chamadas Zoonoses são doenças típicas de animais, as quais podem ser transmitidas ou afetar seres humanos. A mais conhecida e uma das mais graves zoonoses é a raiva. Assim como vários outros animais domesticados, cães e gatos abandonados ficam mais propensos a serem infectados e, então, acabar transmitindo, por meio de sua urina e das fezes, algumas doenças aos humanos. Entre as zoonoses mais comuns, estão a ancilostomose (também conhecida como bicho-geográfico) e a toxoplasmose.

Na UFPA, não há registros ou relatos sobre transmissão de doenças entre os animais domésticos errantes e as pessoas que circulam pelo campus, mas o crescimento da população, especialmente canina, na Cidade Universitária José da Silveira Netto, em Belém, torna necessário que a Universidade invista, também, na saúde animal.

LAC, UFRA e IMV realizarão exames nos “peludinhos” - Entre as ações do Projeto Victório, está uma triagem inicial a ser realizada nos próximos meses, de todos os 120 cães e gatos que vivem no campus. “A avaliação médica é fundamental para isolar os animais doentes dos sãos e a realização de exames de sangue, urina, fezes, entre outros, irá apontar se esses animais estão enfermos, indicar tratamento adequado e proteger também as pessoas, que correrão menor risco de qualquer tipo de transmissão”, enumera Leônidas Olegário, médico veterinário e coordenador do Projeto Victório, de atenção com os animais errantes da UFPA.

Os exames e atendimentos veterinários serão realizados por uma equipe multiprofissional do Laboratório de Análises Clínicas do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA (LAC/ICB/UFPA), do Hospital Veterinário do Instituto de Medicina Veterinária do Campus de Castanhal da UFPA (IMV/UFPA) e do Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

Todos os animais serão castrados - A equipe interinstitucional também irá realizar outros atendimentos em saúde, como consultas clínicas, vermifugação, vacinação e castração de todos os animais domésticos que vivem na UFPA. “A castração é essencial para promover a adoção dos animais e também controlar a população do campus. Além dos cães e gatos que foram abandonados na Universidade e dos que entraram e acabaram permanecendo no campus, já há os que nasceram aqui”, alerta Elisabete Pires, coordenadora de Saúde dos Peludinhos da UFPA, bióloga e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade.

Mas a promoção da saúde vai além dos cuidados veterinários. A parceria entre o Projeto Victório e o Projeto Voluntário Peludinhos da UFPA assegura que os atuais cuidadores dos pets continuem junto aos animais, o que também ajudará na adaptação dos cães e dos gatos aos novos espaços de cuidado e vivência temporária, nas diversas etapas das ações previstas, nas rotinas de alimentação e higiene e mesmo das relações afetivas entre os “peludinhos” e os integrantes da comunidade universitária que são voluntários da iniciativa.

“Por isso todos os que desejarem podem nos ajudar a cuidar dos nossos cães e gatos. Seja com doações de ração, seja com o apadrinhamento de animais específicos ou não, seja, ainda, dedicando parte de seu tempo e carinho a eles. O mais importante é o respeito e o compromisso com essas espécies que a humanidade domesticou, tornou dependente dela e, agora, não deve, nem pode, abandonar ou maltratar”, convida Elisabete Pires.

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Texto: Divulgação/Projeto Victorio
Fotos: Alexandre Moraes, Julize garcia e Divulgação

Publicado em: 01.03.2017 11:00