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Luta das mulheres no cotidiano e na história é tema de debate

O Projeto Confronto de Ideias convida para uma “roda-viva” em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado, há mais de um século, no dia 8 de março. O bate-papo sem censura terá a participação da jornalista Úrsula Vidal; da artista visual e professora Cláudia Leão; da cantora e produtora musical Sammilz; e da socióloga, professora e ativista política Marly Silva, idealizadora e coordenadora do projeto. Com o tema "Dia Internacional da Mulher: a luta das mulheres no cotidiano e na história", o debate abordará temas polêmicos, controversos e delicados sobre a condição feminina numa sociedade machista e profundamente marcada por desigualdades sociais. A programação será nesta quinta-feira, dia 9 de março, às 16 horas, no Jardim de Verão do Complexo Recreativo Vadião.

O debate é uma iniciativa do Projeto "Confronto de Ideias", com apoio da Faculdade de Ciências Sociais e Adufpa, cujo lançamento se deu em 2007. O projeto, de cunho essencialmente extensionista, tem como propósito debater temas da atualidade, polêmicos e controversos e que por isso mesmo comportam diferentes interpretações, com pessoas de fora do circuito acadêmico mas sintonizados com a realidade social como é o caso das(os) jornalistas. É o caso, neste evento, da jornalista Úrsula Vidal. Outro habitué do Confronto de Ideias é o jornalista Lúcio Flávio Pinto.

Para a organizadora do evento, professora Marly Silva, o Dia Internacional da Mulher marca a luta histórica das mulheres do mundo inteiro pela igualdade de direitos, pela liberdade e pela mudança radical de valores sociais conservadores, seja do ângulo das lutas feministas (comumente associadas à mulher da classe média e até da elite), seja do ângulo das lutas populares, do movimento de mulheres do campo e da cidade. “A data foi e continua sendo de fundamental importância para a transformação social  da vida no planeta, para que superemos a barbárie que nos atormenta”, opina.

O debate será em memória às lutas históricas das mulheres. “Nunca foi tão oportuno, porque, mais do que nunca, precisamos criar espaços de interlocução social, intelectual, pois entendo, como socióloga, que é preciso confrontar as nossas ideias para evitar que confrontemos os nossos corpos. Essa é a filosofia do projeto, a filosofia que aprendemos com a líder comunista e professora polonesa Rosa Luxemburg (1871-1919), assassinada e encontrada morta dentro de um canal, segundo a qual, é preciso respeitar a  ‘liberdade de quem pensa diferente’. Só o diálogo plural, franco e aberto pode nos redimir da violência bruta”, explica Marly Silva.

São incontáveis as mulheres que marcaram a história com a sua luta e a sua vida. Além de Rosa Luxemburg, podemos lembrar algumas, como Emma Goldman, Louise Michel, Simone Weil, Alexandra Kolantai, Patricia Galvão (a Pagu), Elizabeth Souza-Lobo, entre outras. Todas essas mulheres e outras, contemporâneas, serão lembradas no debate do Confronto de Ideias. As próprias debatedoras terão história de vida para contar. Saiba mais sobre elas aqui.

Sobre o dia 8 de março - Essa é uma data referida diretamente à presença das mulheres no espaço público, da economia e da política, na fábrica, no movimento comunista, socialista e no partido político de esquerda, desde o século XIX. O movimento da classe trabalhadora, nos EUA e na Europa, já era intenso desde a segunda metade do século XIX. As lutas gerais do movimento socialista nesse período da história sofreram uma inflexão sexista na primeira década do séc. XX, que vai separar as lutas gerais da classe trabalhadora, das lutas específicas das mulheres.

A criação do Dia internacional da Mulher, sem data definida, foi proposta, em 1910, por Clara Zeltkin, líder do movimento comunista alemão, deputada pelo partido e diretora da Revista IGUALDADE, no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhagen.

Em março de 1911, ocorreu a morte de 146 operárias numa fábrica têxtil em Nova York. A maioria tinha entre 13 e 23 anos e era de origem judia e italiana. Essa tragédia levou à realização de um funeral coletivo que reuniu 100 mil pessoas. E teve como consequência a melhoria efetiva das condições de segurança no trabalho e sobretudo o fortalecimento da organização política e sindical das mulheres. Posteriormente, o Dia Internacional da Mulheres passou a ser associado a essa tragédia, sendo comemorado no dia 8 de março.

Serviço
Debate "Dia Internacional da Mulher: a luta das mulheres no cotidiano e na história"
Data: quinta-feira, 9 de março de 2017
Hora: 16h
Local: Jardim de verão do Complexo Recreativo Vadião, Campus Básico, UFPA - Guamá.
Aberto ao público.

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Divulgação

Publicado em: 08.03.2017 18:00