Banco de dados genéticos deve ajudar na identificação de espécies
O que é Código de Barra DNA? Como essa ferramenta pode ser útil? Essas
foram as principais questões levantadas por Cristina Miyaki, da
Universidade de São Paulo, e Jorge Porto, do Instituto Nacional de
Pesquisa na Amazônia, em simpósio da 59ª Reunião Anual da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
De maneira simples, o Código de Barra (ou barcode) seria um conjunto de seqüência de DNA capaz de identificar todas as espécies de organismos existentes, desde que já catalogados em uma espécie de banco de dados público.
O que se pretende é facilitar a identificação a partir de amostras como peles, escamas, pelos, difíceis de se classificar taxonomicamente. A idéia é comparar seqüências de DNA do fragmento colhido a informações do banco de dados, para facilitar o reconhecimento da espécie.
A ferramenta pode ser um importante aliado da taxonomia, que classifica os seres a partir de características morfológicas. Segundo os pesquisadores, as técnicas são complementares, pois há amostras que uma avaliação baseada em aspectos e formas não é suficiente para determinar a qual espécie esta pertence. Além disso, o barcode pode ser aplicado em análises de amostras forenses (matéria orgânica morta) e na identificação de hospedeiros.
Por outro lado, há casos de exemplares da mesma espécie apresentar divergências genéticas superiores a 2% (nível tolerável de alteração para caracterizar dois seres como pertencentes a uma única espécie), causados algumas vezes por motivos demográficos e seletivos, por exemplo. Outro problema do barcode é em casos de hibridismo, que não são facilmente detectados pela ferramenta.
Para criar o banco de dados, é preciso ainda definir o gene ideal, que contenha informações “exclusivas” de cada espécie. Miyaki, comparando o genoma nuclear ao mitocondrial, aponta o segundo como melhor opção. Isto porque a taxa de evolução das mitocôndrias e seu número de cópias por célula facilitariam a identificação. Daí a opção pelo gene citocromo C Oxider I (COI), um dos mais usados na Genética.
Vale ressaltar ainda a eficácia do Código de Barras DNA para a identificação de embriões e filhotes apreendidos nos casos de biopirataria e para detectar presença de espécies de difícil localização através de rastros como pêlos, penas e até mesmo fezes.
Além disso, “identificar, saber o que existe é básico para você saber como preservar. O barco de é uma informação básica para identificar o que existe e o que não existe, o que tem e o que não tem, se tem algo novo ou não. E isso é muito importante para se pensar qualquer coisa em termo de planejamento de conservação”, declara Miyaki.
Mais informações: www.barcodinglife.org
www.barcoding.si.edu
phe.rockfeller.edu/barcode/blog
Texto: Íris Jatene
De maneira simples, o Código de Barra (ou barcode) seria um conjunto de seqüência de DNA capaz de identificar todas as espécies de organismos existentes, desde que já catalogados em uma espécie de banco de dados público.
O que se pretende é facilitar a identificação a partir de amostras como peles, escamas, pelos, difíceis de se classificar taxonomicamente. A idéia é comparar seqüências de DNA do fragmento colhido a informações do banco de dados, para facilitar o reconhecimento da espécie.
A ferramenta pode ser um importante aliado da taxonomia, que classifica os seres a partir de características morfológicas. Segundo os pesquisadores, as técnicas são complementares, pois há amostras que uma avaliação baseada em aspectos e formas não é suficiente para determinar a qual espécie esta pertence. Além disso, o barcode pode ser aplicado em análises de amostras forenses (matéria orgânica morta) e na identificação de hospedeiros.
Por outro lado, há casos de exemplares da mesma espécie apresentar divergências genéticas superiores a 2% (nível tolerável de alteração para caracterizar dois seres como pertencentes a uma única espécie), causados algumas vezes por motivos demográficos e seletivos, por exemplo. Outro problema do barcode é em casos de hibridismo, que não são facilmente detectados pela ferramenta.
Para criar o banco de dados, é preciso ainda definir o gene ideal, que contenha informações “exclusivas” de cada espécie. Miyaki, comparando o genoma nuclear ao mitocondrial, aponta o segundo como melhor opção. Isto porque a taxa de evolução das mitocôndrias e seu número de cópias por célula facilitariam a identificação. Daí a opção pelo gene citocromo C Oxider I (COI), um dos mais usados na Genética.
Vale ressaltar ainda a eficácia do Código de Barras DNA para a identificação de embriões e filhotes apreendidos nos casos de biopirataria e para detectar presença de espécies de difícil localização através de rastros como pêlos, penas e até mesmo fezes.
Além disso, “identificar, saber o que existe é básico para você saber como preservar. O barco de é uma informação básica para identificar o que existe e o que não existe, o que tem e o que não tem, se tem algo novo ou não. E isso é muito importante para se pensar qualquer coisa em termo de planejamento de conservação”, declara Miyaki.
Mais informações: www.barcodinglife.org
www.barcoding.si.edu
phe.rockfeller.edu/barcode/blog
Texto: Íris Jatene
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