Unidade de Informações Toxicológicas do Barros completa 19 anos
Nesta quinta-feira, 30, a Unidade de Informações Toxicológicas - Belém, que antes era Centro, completa 19 anos de existência. A data será marcada com exposição sobre a história do espaço por meio de banners autoexplicativos, no hall de entrada do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), nos próximos dias 30 e 31. A Unidade visa disponibilizar informações e orientações sobre qualquer tipo de intoxicação e envenenamento por acidentes com animais peçonhentos durante 24 horas tendo como vítimas humanos ou animais.
Em 2016, fez 890 atendimentos liderados pelos medicamentos (231), animais não peçonhentos ou domésticos (132) e produtos de limpeza (71). Ao todo, foram 742 vítimas humanas e duas animais. As crianças continuam com o maior número de casos, respondendo a 20% do total e a ingestão de produtos de limpeza é a principal causa.
Em comparação a 2015, o relatório do ano passado pontuou queda em relação ao número de vítimas, quando contabilizou 1.145, sendo 1.058 humanas e 4 animais. O destaque ficou para os animais não peçonhentos ou domésticos (365), medicamentos (263) e produtos químicos industriais (74). O coordenador Clínico da Unidade, o médico Pedro Pardal, entende que essa redução de vítimas ocorreu de um ano para o outro porque em 2016 houve problema de telefonia, impactando no levantamento de dados.
Projeto - A Unidade de Informações Toxicológicas – Belém é um projeto de extensão da Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal do Pará (Proex/UFPA) e funciona no HUJBB, que pertence ao Complexo Hospitalar da UFPA/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O projeto se dá por meio de parceria entre a UFPA e a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), e integrado à Rede Nacional dos CIT (Renacit), coordenada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Campo de estágio - A Unidade serve, também, de campo de estágio para estudantes de Medicina, Enfermagem e Farmácia da UFPA. Para facilitar a comunicação com os profissionais de saúde e população que solicitam informações e orientações em caso de acidentes, disponibiliza gratuitamente o telefone 0800-7226001 (com ligação gratuita) e os da própria unidade (91) 3249-66370 e 3259-3748.
Segundo Pedro Pardal, a idealização do serviço surgiu por conta da dificuldade de informações dos profissionais da saúde em relação aos casos de intoxicações agudas, em especial nos prontos socorros da capital paraense. Mas a população também é orientada pela equipe sobre como proceder diante de caso de intoxicação e informações sobre os locais de tratamento.
"Então, iniciamos o serviço, junto à Sesma, para atender os profissionais da saúde e, ao longo desses 19 anos, a partir de um banco de dados com informações de todos os tipos de intoxicação, atendemos aqueles que buscam esclarecimento sobre os tipos de intoxicações para garantir o tratamento adequado à vítima de intoxicação", explicou.
Para os estudantes, seja voluntário, seja bolsista, o importante é que a Unidade tem sido uma escola de aplicação da prática do que aprendem no curso e na vida. "O aprendizado no serviço é constante e que não se vê em sala de aula", disse Giordana Esteves, aluna de Medicina da UFPA que está há dois anos no serviço. "Além de contar carga horária para o curso, ainda permite atualização de disciplina já ministradas ao longo da formação", completou o voluntário Alisson do Rosário, aluno de Farmácia.
Equipe - A equipe da Unidade é formada por três médicos: Pedro Pardal, coordenador clínico; Maria Apolônia Gadelha, coordenadora geral; e Igor Ricardo dos Santos Corrêa. Contam também com a enfermeira Shirley Corrêa; e secretárias Zuleide de Souza; e Cláudia Ericeira; e mais 25 estudantes, entre bolsistas e voluntários. Desde o início das atividades, o laboratório de Toxicologia da Faculdade de Farmácia da UFPA, por meio do doutor José Luiz Vieira, apoia fornecendo exames toxicológicos.
Texto e foto: Edna Nunes – Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA.
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