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Pesquisadores visitam Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia

Cartografar os povos e as comunidades tradicionais da Amazônia. Esse é o principal objetivo do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia, que, no Pará, é desenvolvido no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos e coordenado pela professora doutora Rosa Acevedo, com a participação de discentes do mestrado e do doutorado e em articulação com os movimentos sociais. O projeto envolve instituições de Estados e países diferentes e visa não só oferecer maior conhecimento sobre os processos de ocupação da Amazônia, mas também, sobretudo, ser um instrumento de fortalecimento dos movimentos sociais que existem nas regiões que são estudadas pelo projeto. Entre as várias atividades do PNCSA, está o intercâmbio entre pesquisadores locais e movimentos e instituições estrangeiras para visitas técnicas e trocas de experiências.

Assim, de 30 de março a 2 de abril, um grupo de pesquisadores da Universidade de Nairóbi, no Quênia, estará em visita ao Amazonas, ao Pará e ao Maranhão, com o objetivo de promover um intercâmbio de conhecimentos sobre povos e comunidades tradicionais do Quênia e do Brasil.

Projeto – Esse tipo de visita já ocorreu anteriormente quando pesquisadores do PNCSA estiveram no Quênia em 2015 e, em seguida, o NAEA recebeu um grupo de investigadores da Universidade de Nairóbi para uma temporada na região, quando foi possível realizar um intercâmbio com as comunidades de Abacatal e Itancoã, no Pará. Este ano, o Nova Cartografia coordena a visita dos professores Johanna Wanjala, Samuel Ouma e Hillary K’Odieny.

Programação – Nessa etapa, os pesquisadores já visitaram o Maranhão e o Amazonas. No Pará, a estada será mais rápida em Belém, com dois momentos previstos, pois a visita técnica vai se concentrar no arquipélago do Marajó, especificamente nas cidades de Soure e Salvaterra. No dia 30, haverá visitas à UFPA e ao Instituto Nangetu - um espaço que atua na valorização das culturas tradicionais negras e no desenvolvimento de projetos artísticos com identidade cultural afro-amazônica.

No dia 31, o grupo começa a visita ao Marajó. Lá, eles irão conhecer os quilombos de Salvaterra e haverá um encontro com estudantes quilombolas. Também está prevista uma visita ao Campus da UFPA em Soure, quando professores e discentes do curso de Educação do Campus de Abaetetuba estão convidados a participar.

Em 1º de abril, o momento será de interação com os quilombolas das comunidades de Bacabal, Pau Furado, Deus Ajude, Providência e Bairro Alto. Durante essa interação, estão previstos debates sobre grandes empreendimentos na ilha do Marajó, como o plantio de arroz em larga escala. Também está programada a exibição do vídeo “Quilombolas, quilombos e territorialidades específicas no município de Salvaterra, Arquipélago do Marajó”, que é um produto de pesquisa realizado pelo NAEA. Na UFPA, as atividades são abertas aos docentes e aos discentes do NAEA e aos interessados no tema, com encontro com os pesquisadores do projeto marcado para as 14h30, no miniauditório do Núcleo.

No dia 2 de abril, o grupo retorna a Belém, onde fará uma visita ao mercado do Ver-o-Peso. E no dia 3, a viagem prossegue para São Luís.

Texto: Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Reprodução / Google

Publicado em: 30.03.2017 17:00