De acordo com estudos, os biocombustíveis serão a saída para possíveis crises de energia nos próximos 50 anos
Discutir sobre a criação de novas fontes renováveis de energia. Essa foi a temática apresentada na mesa-redonda, “Os biocombustíveis e o desafio energético do século XXI”, promovida pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ), na última 59ª Reunião da SBPC, em Belém. O encontro fez parte das programações da entidade, que este ano está completando 30 anos de fundação.
O pesquisador Jailson Andrade, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), falou dos desafios da geração de energia para os próximos 50 anos. Segundo o pesquisador, a utilização de combustíveis fósseis como fontes de energia precisam ser revistas, pois são recursos não renováveis, que prejudicam o meio ambiente e aumentam o efeito estufa com a emissão de gases poluentes como o monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e o dióxido de enxofre, que causam a chuva ácida. O pesquisador acredita que a saída está na utilização dos biocombustíveis, que ao contrário dos combustíveis fósseis, possuem fontes renováveis de energia, derivadas de produtos agrícolas como a cana-de-açúcar, plantas oleaginosas e outras fontes de matéria orgânica. Ele destacou a importância do Etanol, como principal fonte de energia renovável do país.
Atualmente, Brasil e Estados Unidos respondem por 70% da produção mundial de etanol, somando cerca de 35 bilhões de litros por ano. A produção mundial não passa dos 50 bilhões de litros. O consumo mundial de combustíveis de origem agrícola (cana-de-açúcar, milho, dendê, mamona, soja etc.) responde hoje por 1% do mercado global, dominado pelos combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão), que chega a 99%. O Brasil é o segundo maior produtor da substância e chega a fabricar mais de 15 bilhões de litros por ano. Outro ponto positivo para a produção do composto é a grande diversidade de derivados encontrados no país, como o dendê, a soja e o babaçu, que se constituem em potenciais fontes produtoras de energia.
Na mesma perspectiva, Ednildo Torres, da UFBA, fez um percurso histórico da utilização da energia renovável, que começou em 1900, ano em que o cientista Rudolf Diesel lançou um motor que funcionava com óleo de amendoim, caracterizando a primeira experiência no mundo com recursos renováveis. No Brasil, a primeira experiência aconteceu em 1925, na Bahia, onde foi produzido o primeiro veículo brasileiro que funcionava a álcool. O pesquisador quis mostrar que a utilização de recursos renováveis não é algo novo e destacou a potencialidade do Brasil para os biocombustíveis. “No Brasil, 75% dos recursos energéticos vêm de fontes não renováveis como a energia hidrelétrica. Então, isso demonstra que essa potencialidade não está sendo utilizada”, ressalta. Para Ednildo, o país pode aumentar o consumo de biocombustíveis sem desperdiçar os recursos, que serão muito importantes para futuras gerações. “A cultura de soja para a produção de óleo tem baixa produtividade se comparada a cana de açúcar para o Etanol. O semi-árido nordestino seria uma ótima opção para suprir essa necessidade, sem prejudicar o meio ambiente”, ressalta.
O pesquisador Afrânio Craveiro, da Universidade Federal do Ceará, mostrou as vantagens na utilização das fontes renováveis. Medidas como a geração de empregos para pequenos agricultores e a redução na emissão de gases poluentes, são os principais pontos destacados. Ele também enumera outros. “Em alguns casos, os biocombustíveis podem ser usados tanto isoladamente, como adicionados aos combustíveis convencionais. Como exemplos, podemos citar o biodiesel, o etanol, o metanol, o metano e o carvão vegetal”, esclarece.
Texto e foto: Bruno Magno (Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA)
O pesquisador Jailson Andrade, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), falou dos desafios da geração de energia para os próximos 50 anos. Segundo o pesquisador, a utilização de combustíveis fósseis como fontes de energia precisam ser revistas, pois são recursos não renováveis, que prejudicam o meio ambiente e aumentam o efeito estufa com a emissão de gases poluentes como o monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e o dióxido de enxofre, que causam a chuva ácida. O pesquisador acredita que a saída está na utilização dos biocombustíveis, que ao contrário dos combustíveis fósseis, possuem fontes renováveis de energia, derivadas de produtos agrícolas como a cana-de-açúcar, plantas oleaginosas e outras fontes de matéria orgânica. Ele destacou a importância do Etanol, como principal fonte de energia renovável do país.
Atualmente, Brasil e Estados Unidos respondem por 70% da produção mundial de etanol, somando cerca de 35 bilhões de litros por ano. A produção mundial não passa dos 50 bilhões de litros. O consumo mundial de combustíveis de origem agrícola (cana-de-açúcar, milho, dendê, mamona, soja etc.) responde hoje por 1% do mercado global, dominado pelos combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão), que chega a 99%. O Brasil é o segundo maior produtor da substância e chega a fabricar mais de 15 bilhões de litros por ano. Outro ponto positivo para a produção do composto é a grande diversidade de derivados encontrados no país, como o dendê, a soja e o babaçu, que se constituem em potenciais fontes produtoras de energia.
Na mesma perspectiva, Ednildo Torres, da UFBA, fez um percurso histórico da utilização da energia renovável, que começou em 1900, ano em que o cientista Rudolf Diesel lançou um motor que funcionava com óleo de amendoim, caracterizando a primeira experiência no mundo com recursos renováveis. No Brasil, a primeira experiência aconteceu em 1925, na Bahia, onde foi produzido o primeiro veículo brasileiro que funcionava a álcool. O pesquisador quis mostrar que a utilização de recursos renováveis não é algo novo e destacou a potencialidade do Brasil para os biocombustíveis. “No Brasil, 75% dos recursos energéticos vêm de fontes não renováveis como a energia hidrelétrica. Então, isso demonstra que essa potencialidade não está sendo utilizada”, ressalta. Para Ednildo, o país pode aumentar o consumo de biocombustíveis sem desperdiçar os recursos, que serão muito importantes para futuras gerações. “A cultura de soja para a produção de óleo tem baixa produtividade se comparada a cana de açúcar para o Etanol. O semi-árido nordestino seria uma ótima opção para suprir essa necessidade, sem prejudicar o meio ambiente”, ressalta.
O pesquisador Afrânio Craveiro, da Universidade Federal do Ceará, mostrou as vantagens na utilização das fontes renováveis. Medidas como a geração de empregos para pequenos agricultores e a redução na emissão de gases poluentes, são os principais pontos destacados. Ele também enumera outros. “Em alguns casos, os biocombustíveis podem ser usados tanto isoladamente, como adicionados aos combustíveis convencionais. Como exemplos, podemos citar o biodiesel, o etanol, o metanol, o metano e o carvão vegetal”, esclarece.
Texto e foto: Bruno Magno (Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA)
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