“Quando se pensa na Universidade, talvez ela seja, de imediato, associada às funções de formar profissionais e de desenvolver pesquisa. Porém é na extensão, em parceria com outros atores sociais, que se torna possível a solução de problemas do dia a dia em várias áreas – saúde, educação, meio ambiente e, neste caso, regularização fundiária”, disse o Reitor da UFPA, professor Emmanuel Tourinho, nesta quinta-feira, 4, durante a entrega de 500 títulos de moradia para as famílias residentes nos bairros Guamá, Marco, Canudos e Terra Firme, por meio do “Projeto de Regularização Fundiária: uma questão de cidadania e engenharia  social”.

A solenidade ocorreu no Centro de Eventos Benedito Nunes, Campus Básico da Instituição. Compuseram a mesa de abertura da programação o Reitor; o pró-reitor de Administração, João Cauby; a procuradora da UFPA, Rosa Maria Vidal Pena; a presidente da Comissão de Regularização Fundiária da UFPA, professora Marlene Alvino Teixeira; o superintendente do Patrimônio da União do Estado do Pará (SPU-Pará),  Flávio Augusto Ferreira da Silva; o oficial do Cartório do Segundo Ofício Registro de Imóveis Kós Miranda, Diego Kós Miranda; e o diretor do Instituto Federal do Pará, Campus Cametá, professor Francisco Edinaldo Feitosa Araújo. Também prestigiaram a cerimônia o pró-reitor de Extensão, professor Nelson José de Souza Júnior, e o professor André Montenegro.

O projeto – A Comissão de Regularização Fundiária trabalha, há 11 anos, para garantir a regularização das residências das famílias que vivem no entorno da Universidade . Durante a cerimônia, elas receberam os títulos de moradia registrados em cartório por meio dos instrumentos jurídicos denominados Concessão do Direito Real de Uso (CDRU) e Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia (CUEM).

“Estamos felizes, como Instituição, em concretizar uma política pública, em efetivar um direito fundamental a quem foi negado por séculos”, afirmou o pró-reitor de Administração, João Cauby. “Essa fase final do projeto, que é a entrega dos títulos de moradia, é apenas uma das ações da Universidade que ajudam a melhorar a qualidade de vida da população. Com isso, esperamos diminuir a desigualdade e a exclusão na sociedade”, disse o Reitor Tourinho.

Emoção – Para Marina Nogueira, moradora do bairro Guamá, a alegria de receber o título foi muito grande. Ela é aposentada e saiu do Acará, com 28 anos, para buscar uma vida melhor na capital. “Tenho 67 anos, sou viúva e mãe de uma filha e tenho três netos. A minha casa tem uma parte construída de alvenaria; e outra, de madeira. A rua tem luz e asfalto, mas ainda falta o saneamento básico. Estou muito feliz. Foram anos de luta na comunidade para realizar este sonho. Agora, ele se tornou uma realidade. Eu tenho a posse e a segurança jurídica do que é meu e ninguém me tira de lá. O meu próximo passo é  investir para melhorar a moradia. Neste final de semana, vou comemorar com a família tomando aquele açaí”, afirmou, com um largo sorriso no rosto.

Para Ruthy Costa da Silva, costureira, e o marido, Pedro Ferreira da Silva, cuja fonte de renda é a publicidade feita em bicicleta pelas ruas do bairro Terra Firme,  a conquista da posse da moradia, que é de dois pisos, entre alvernaria e madeira,  estimulará novos investimentos para melhorar a qualidade de vida do casal e dos filhos. “A nossa casa fica bem perto do Tucunduba e temos muita lama na rua. No entanto temos que agradecer a Deus por mais esta conquista e o trabalho realizado por toda a comunidade.”

Texto: Kid Reis e Thaís Braga – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Alexandre Moraes

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