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Cartilha orienta profissionais sobre violência contra crianças

Foi com o intuito de melhorar o trabalho de profissionais de saúde no Pará, que as professoras Milene Veloso, Celina Magalhães, Isabel Cabral e a bolsista de Iniciação Científica Maria Ferraz desenvolveram a cartilha Violência contra Crianças & Adolescentes: Orientações para Profissionais de Saúde. A cartilha foi lançada no último dia 19  de maio, em Barcarena, em alusão ao dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O lançamento foi parte da palestra de capacitação "Conhecer para Identificar, Notificar para cuidar", que treinou os profissionais de saúde do município. A cartilha está disponível na página do Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento da UFPA.

Objetivos - O projeto, originado na parceria do Grupo de Pesquisa “Violência contra crianças e adolescentes: indicadores e estratégias de enfrentamento” com a Secretaria Municipal de Saúde (SESMA), vai além de identificar sinais de violência. “O principal objetivo da cartilha é contribuir como suporte em ações de educação permanente, bem como para os profissionais de saúde no seu cotidiano de trabalho. Vale destacar que a cartilha foi elaborada com a participação de alunos da UFPA, tanto na pesquisa de conteúdos, como no design gráfico. Sua construção foi parte de um processo pedagógico, que envolveu alunos da graduação e também de bolsistas de iniciação científica”, explica Milene Veloso.

Importância - De acordo com a professora, a cartilha tem o papel de combater uma deficiência na área da saúde: “A pesquisa desenvolvida por mim como parte do meu doutorado intitulada Maus-tratos contra crianças e adolescentes: limites e possibilidades de atuação de profissionais de saúde no município de Belém-PA, no período de 2011 a 2014, revelou que cerca de 30% dos profissionais de saúde nunca tinham identificado uma criança ou adolescente vítima de algum tipo de violência em sua rotina de trabalho, o que pode estar relacionado às dificuldades em identificar os casos e realizar os encaminhamentos necessários.”

Por isso, para ela, a cartilha é importante como suporte para o profissional, no esclarecimento e no desenvolvimento de ações: “Acreditamos que a identificação, a prevenção primária e o cuidado mais abrangente dos casos de violência que chegam ao serviço de saúde são ações possíveis, que demandam a sensibilização profissional e o desenvolvimento de ações de formação continuada, dando-lhes as devidas condições instrumentais e esclarecendo as suas responsabilidades para com as crianças e os adolescentes. Também é importante estimular, além de uma atuação setorial específica, a participação nas políticas, estratégias e ações intersetoriais que busquem fortalecer a participação e a cidadania, considerando que o conceito de saúde tem como eixo-central a qualidade de vida.”

Histórico -  Como a professora Milene Veloso já trabalhou com o tema antes, ela ressalta a relevância  da cartilha: “Esses resultados demonstraram a urgência de uma política de educação permanente voltada aos profissionais de saúde, para que os dispositivos legais possam ser efetivados na prática cotidiana desses profissionais, garantindo a proteção integral às crianças e adolescentes a partir de ações intra e intersetoriais”, ressalta a pesquisadora..

Texto: Alice Palmeira - Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Divulgação

Publicado em: 22.05.2017 18:00