Dia Mundial da África é comemorado com festa e debates na UFPA
Para comemorar O Dia Mundial da África, neste 25 de maio, a Associação de Estudantes Estrangeiros da UFPA (AEE-UFPA) com a Casa Brasil-África e a Pró-Reitoria de Relações Internacionais (Prointer) iniciam a programação “A África que você não conhece”. O primeiro dia de evento contou com oficinas, mesas e palestras, das 14h às 18h, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e no Auditório Setorial I. A celebração dessa data é aberta ao público e teve continuidade até esta sexta, 26.
Programação - O evento começou às 14h, na Sala de audiovisual do Laboratório de Antropologia, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, com uma oficina de tranças e turbantes, organizada por Geraldine Fadairo. Em seguida, para oficializar a celebração, ocorreu a mesa de abertura, que versou sobre a importância do evento, exaltou a luta africana por independência e a mistura entre as culturas do Brasil e de diversos países da África.
Para finalizar o primeiro dia, ainda no auditório, o professor Horácio Schneider, pró-reitor de Relações Internacionais da UFPA, apresentou a conferência "O Processo de internacionalização e o acolhimento dos estudantes estrangeiros na UFPA, explicando como a UFPA trabalha no intercâmbio e recebimento de alunos estrangeiros. O segundo dia de evento ainda conta com diversas atividades, indo da gastronomia até a moda africana. (veja a programação completa aqui).
À mesa de abertura estavam presentes o aluno e presidente da AEE, Israël Hounsou, o coordenador da CBA, professor Hilton Pereira da Silva; o pesquisador do Grupo de Estudos Afro-Amazônico/UFPA (GEAM), Apolinário Alves Filho; a coordenadora do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação e diretora do CIAC, Julieta Cristina; e, representando o Reitor, o pró-reitor de Relações Internacionais (Prointer), professor Horácio Schneider.
Objetivos - Segundo o professor Hilton, a celebração visa não só à interação entre alunos mas também à mudança de pensamentos racistas e estereotipados: “Nós entendemos que cada vez que trazemos informações sobre a África, cada vez que trazemos as pessoas para conversar sobre outros lugares, outras perspectivas, outros pontos de vista, nós estamos, de alguma maneira, contribuindo para a eliminação da discriminação e do racismo.”
Por isso ele conclui que “o objetivo da nossa programação é exatamente isto: dar visibilidade para os estudantes africanos dentro da Universidade, dar visibilidade para nossa ancestralidade africana, para os nossos estudantes quilombolas, para nossa diversidade cultural, que é fundamental para uma Universidade, e também trazer um pouco da experiência e desse sabor africano para dentro da Universidade.”
Importância - Para o coordenador da CBA, a integração entre culturas é um importante aspecto da programação: “Esta é uma oportunidade que os nossos estudantes africanos têm de mostrar um pouco dos seus países, mostrar um pouco da sua diversidade de línguas, da diversidade de culturas, de comidas, de pontos de vista e também de como eles se veem como membros da nossa comunidade universitária”. Além disso, para ele, a relevância do evento está em mudar o presente: “reconhecer a África e a nossa ancestralidade africana é muito importante no nosso cotidiano, mas continuamos, infelizmente, a evidenciar fenômenos de racismo, de discriminação, de intolerância e de suprema ignorância em relação às nossas raízes e à nossa ancestralidade.”
Enquanto, para o pró-reitor, a importância se encontra na história que o Brasil tem com o continente africano: “Esta semana celebra o Dia da Independência e da conquista da soberania dos países africanos. Ele está sendo celebrado em quase todos os países da África. Acho que é importante para o Brasil, que tem uma longa história de ligação com os povos africanos, de estar aqui, hoje, celebrando essa data. É importante que a gente se solidarize com isso, porque o Brasil tem uma dívida a pagar com os africanos.”
“Não tem nada melhor do que comemorar a existência da África” - Esse foi o relato do discente angolano Adérito Luacuti, sobre o Dia da África. Para ele, o evento “é muito importante porque é a oportunidade que a gente tem, como comunidade africana, de se mostrar, de aparecer na UFPA e também marcar a nossa presença, não passar despercebido. É muito importante, por nós sermos africanos e estarmos longe de casa, e não tem nada melhor do que comemorar a existência da África. Isso, de certa forma, acaba nos unindo, os africanos com os brasileiros, e acaba tendo essa troca cultural.”
Adérito conta que, para ele, estar no Brasil durante esse dia faz toda a diferença: “Comemorando nosso país parece que é só mais uma festa, mais uma data de Independência, passa despercebido. Mas aqui tem grande significado, porque o fato de a gente não estar no nosso país traz essa responsabilidade de trazer a África para vocês. Tem que comemorar, tem mais peso, porque a data é sua e a gente tenta compartilhar ela com vocês.”
Texto: Alice Palmeira - Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes
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