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Aniversário de 25 anos de Cirurgia do Barros Barreto é destaque no CBC

A busca por técnicas modernas da cirurgia levou mais de 500 pessoas ao II Congresso Paraense de Cirurgia (CBC)-PA, ao Simpósio de Enfermagem, Centro Cirúrgico, Centro de Material de Esterilização e Serviço de Recuperação Pós-Anestésica e Serviço de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) e à Jornada Comemorativa dos 25 anos do Serviço de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo da Unidade João de Barros Barreto (UJBB), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/ Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizados no Belém Hall, de quinta-feira, 25, a sábado, 27. O evento encerrou-se com o baile dos 25 Anos do Serviço de Cirurgia do HUJBB na sede social da Assembleia Paraense, localizada na Presidente Vargas.

As principais contribuições da cirurgia endovascular para o manejo das urgências, fizeram o público lotar o auditório em que esteve o doutor e professor da UFPA Salim Jeha Neto. Segundo ele, o interesse pela técnica endovascular é grande porque no território paraense é pouco aplicada, principalmente em hospitais públicos. “Em relação a esse assunto, o Estado do Pará está atrás de outros e já poderia ter avançado. Quando se fala em SUS, lamenta-se porque apenas dois a utilizam e ela é importante, por aumentar a chance de sobrevida do paciente”, disse. Ele aproveitou o momento para parabenizar o Serviço de Cirurgia do hospital, considerado pelo médico como o melhor em formação de profissionais em cirurgia geral no Pará.

Outro destaque do evento foi o cirurgião de fígado que atua na França, Ailton Sepúlveda, com a palestra “Hérnia incisional por vídeo”. As pessoas sentiram-se atraídas por ser uma técnica considerada nova e não ser desenvolvida no Pará. “A cirurgia hepática por videolaparoscopia é recente e esperamos despertar o interesse dos colegas daqui, para fazermos, quem sabe, um intercâmbio. A videolaparoscopia tem crescido muito em todos os campos, como abdominal, de hérnia, porque agride menos a parede abdominal e a recuperação dos pacientes é muito mais rápida e por isso passam menos tempo no hospital”, explicou.

Simpósio – Ocorrendo simultaneamente ao congresso, o Simpósio de Enfermagem também atraiu muitas pessoas, principalmente nas simulações do dia a dia dos profissionais da área, dentro do bloco cirúrgico. A enfermeira aposentada pelo UJBB e professora  universitária Maria José Nascimento Silva coordenou as referentes ao Sistema do Cuidado da Enfermagem na Recuperação Pós-Anestésica, que mostrou o cuidado com o paciente quando ele sai do bloco cirúrgico e o cuidado com ele ao sair do bloco, ou seja, a Sistematização da Assistência da Enfermagem Pré-Operatório (Saep). “Mostramos os problemas que vivenciamos no dia a dia, por exemplo, o que fazer quando o paciente tem parada cardíaca e o reanimador não funciona. Além disso, apresentamos o estresse que envolve a todos da equipe, médicos, enfermeiros e técnicos, e como agir para garantir a segurança da pessoa enferma”, informou.

A enfermeira de São Paulo Ana Miranda foi convidada para fazer parte da mesa-redonda que tratou sobre a Consulta Pública 257, de 2016, referente ao reuso de produtos para a saúde. Um assunto polêmico que tem divido grupos no Brasil e no mundo, mas está em avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela defende a não reutilização dos produtos, por envolver a “biocompatibilidade do produto, tempo de instalação dele em outro paciente, entre outras razões que podem afetar a segurança da população.”

Aniversário – O evento encerrou-se na manhã de sábado e, à noite, houve o baile de aniversário do Serviço Cirúrgico do UJBB. O cirurgião Luiz Alberto Moraes participou da programação. Ele fez questão de afirmar que não só ele mas também um grupo de médicos cirurgiões foram os responsáveis, há 25 anos, pela implantação de uma nova forma de se fazer cirurgia no Estado do Pará, tendo como palco o hospital universitário. “Comemorar estes 25 anos é uma realidade e, no futuro, quando os historiadores quiserem falar sobre cirurgia no Pará, esse grupo de cirurgiões deve ser citado, porque mudamos o perfil da cirurgia no Pará, porque foi o primeiro serviço de cirurgia estruturado, com reunião clínica, publicação, atividades extracurriculares, de interiorização e residência, que existe até hoje”, enfatizou.

O superintendente do Complexo Hospitalar da UFPA, o médico e sociólogo Paulo Roberto Amorim, destacou a importância do papel dos cirurgiões, dizendo que “todos os grandes avanços da Medicina foram por causa da cirurgia” e pontuou fatos históricos que revelam atos dos profissionais da saúde terem originados de atividades cirúrgicas.

Amorim, que também é cirurgião, parabenizou a todos da equipe do Serviço Cirúrgico do Barros que com o Bettina Ferro de Souza fazem parte do Complexo Hospitalar. Para ele, os 25 anos do espaço confunde-se com a história do médico Luiz Moraes, pelo motivo de evoluírem juntos, a partir da capacitação dos profissionais que apostaram no serviço, que, até hoje, responde pela formação de alta qualidade.

Texto e fotos: Edna Nunes – Ascom Complexo Hospitalar da UFPA/ Ebserh

Publicado em: 27.05.2017 18:00