Em 2017, a UFPA completa 60 anos. Parte dessa comemoração será na XXI Feira Pan-Amazônica do Livro. Lá, será lançado o livro a intrusa, da professora doutora Izabela Leal. A venda dos livros contará, também, com uma sessão de autógrafos, na sexta-feira, 2 de junho, às 17h, no Espaço UFPA 60 anos - estande da Editora da UFPA (ed.ufpa).

a intrusa – É uma narrativa composta por textos poéticos aparentemente independentes. Nela, a autora instiga e desafia o leitor a repensar a noção de identidade: “A intrusa é uma imagem que se desdobra de várias maneiras diferentes na arquitetura do livro. Por um lado, o livro apresenta uma série de narrativas fragmentárias em que uma presença estranha vai produzindo um ruído no interior das experiências mais comuns e cotidianas. É como se tudo aquilo que é familiar fosse, de repente, se tornando incômodo, excêntrico. Por outro lado, a intrusa diz respeito a tudo aquilo que desconhecemos, sendo, também, a nossa própria forma de nos percebermos no mundo, como se fôssemos sempre intrusos em relação a nós mesmos”, revela Izabela Leal.

O livro, publicado pela editora Garamond – e agora distribuído pela ed.ufpa -, reuniu textos escritos entre 2011 e 2015, todos envoltos em uma atmosfera de romance policial misturada com performances teatrais. “Produzir um estranhamento é algo fundamental na dinâmica do livro“, explica a professora.

Sobre a autora - Izabela, atual professora de Literatura Portuguesa na UFPA, é carioca e graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também é doutora em Letras pela UFRJ e tem diversos poemas e livros publicados, dentro e fora do Brasil (Inimigo rumor; Coyote; Caos portátil; Quince poetas brasileñas ultracontemporáneas). Segundo ela, a inspiração para o seu primeiro livro inteiramente autoral veio do dia a dia.

“Eu acho que o que mais me inspira é a experiência cotidiana em seus múltiplos aspectos. Costumo ficar muito impressionada com as coisas que leio, os filmes que vejo, uma conversa com um amigo, uma situação inesperada que acontece na rua; tudo isso é muito determinante na hora de escrever. É como se alguma coisa captasse a minha atenção de uma forma diferente e dali surge algo novo”, conta.

Prêmio Rio de Literatura - O livro recebeu, em 2016, o Prêmio Rio de Literatura na categoria de Novo Autor Fluminense. O prêmio, concedido pela Fundação Cesgranrio e pela Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, visa enaltecer a produção literária nacional. De acordo com Izabela, receber essa honraria dá visibilidade para a obra e, assim, instiga a mente de mais leitores: “A meu ver, a importância de qualquer tipo de arte é tirar o leitor/espectador de uma situação de conforto, de um mundo pasteurizado, ou seja, é fazer pensar”.

Texto: Alice Palmeira – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Divulgação

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