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DCE promove debate sobre Racismo Institucional e Segurança na UFPA

Com o propósito de debater sobre casos de racismo, discutir as políticas públicas e encaminhar propostas sobre esses assuntos, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPA promoveu, na tarde da última quinta-feira, 25, o debate aberto “Racismo Institucional e Segurança na UFPA”, no auditório do Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ).

Compuseram a mesa a advogada e militante da Rede de Mulheres Negras, Darlah Santos; a estudante de Serviço Social e militante do coletivo “Maria, vá com as outras”, Clara Rodrigues; a estudante de Direito Amanda Pimentel, da Diretoria de Negros e Negras do DCE e do Levante Popular da Juventude; e as professoras Zélia Amador de Deus, representando a Assessoria de Diversidade da Reitoria, e Jane Felipe Beltrão, que, na ocasião, representava o professor Nelson José de Souza Junior, pró-reitor de Extensão da UFPA.

Objetivo – Segundo Gabriela Santos, estudante de Filosofia e coordenadora geral do DCE, o evento buscou pautar a temática para debater e cobrar posicionamentos e providências da Reitoria quanto a essas ocorrências. “Temos o objetivo de apurar os casos recentes de racismo, como o dos estudantes negros sendo barrados pela segurança interna da Universidade. Esses casos começaram a ser expostos e geraram muita repercussão nas redes sociais, revelando a presença e reprodução da mentalidade racista por uma parte da comunidade acadêmica da Instituição. O DCE propôs um espaço de debate desses problemas e colheu propostas para, conjuntamente, construirmos alternativas de superação dessa realidade.”

Importância – Para Gabriela, o debate significa um avanço na discussão sobre o assunto dentro da Universidade Federal do Pará. Segundo ela, é uma oportunidade de permitir que o conhecimento possa abranger todos os povos – quilombolas, indígenas etc. – e deve haver uma conscientização de todos.

Além disso, a estudante diz que é necessário que os estudantes entendam o seu papel social e lembrem que as universidades públicas eram um espaço negado a esses povos. “É preciso lutar para que eles permaneçam aqui, sem que esse espaço seja hostil, para que eles possam conviver com as diferenças de classe e raça, mas sem hostilidades”, opina Gabriela.

Público – Os estudantes presentes também demonstraram interesse no assunto e a importância de discutir um tema tão complexo, no entanto, tão presente no dia a dia de muitos estudantes negros. “Esses eventos são de suma importância para a comunidade acadêmica porque observamos essas atitudes deploráveis nesse espaço e na sociedade. E essas iniciativas ajudam a promover uma consciência mais humana e justa, bem como cooperam no processo de desconstrução dos nossos preconceitos”, comenta a estudante Íris Viana, do curso de Museologia.

 
Texto: Andre Gomes – Assessoria de Comunicação
Foto: Divulgação

Publicado em: 29.05.2017 17:00