2º Mutirão Nacional da Rede Ebserh bate recorde em atendimentos gratuitos à população
O 2º Mutirão Nacional da Rede Ebserh bateu recorde em atendimentos gratuitos à população de todo o Brasil. Até as 19h desta quarta-feira, 31, a ação já totalizava mais de 10,6 mil procedimentos nos 39 hospitais universitários federais filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). No país, o número superou as expectativas iniciais representando quase 200% a mais na quantidade de atendimentos em relação à primeira edição.
Cada hospital atendeu a determinadas especialidades com o objetivo de reduzir a fila nas unidades e no Sistema Único de Saúde (SUS). Nas Unidades João de Barros Barreto (UJBB) e Bettina Ferro de Souza (UBFS), que pertencem ao Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/Ebserh, a meta inicial eram 335 procedimentos e finalizou o mutirão com 375 – aumento de 11,94%. Nos hospitais da UFPA ocorreram exames, consultas e cirurgias realizadas nas áreas de Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Crescimento e Desenvolvimento e Meios Diagnósticos por 81 profissionais, além de atividades educativas.
No Brasil, foram realizadas mais de 600 cirurgias de várias especialidades, incluindo 80 de catarata, 45 vasectomias, 31 colecistectomia (retirada da vesícula biliar). O total de exames foi de quase 5 mil, com 415 mamografias, 330 exames laboratoriais, 205 ultrassonografias, 138 cardiogramas, dentre outros. E o número de consultas passou de 5 mil, incluindo as especialidades Oftalmologia (1.849), Endocrinologia (690), Otorrinolaringologia (285), Mastologia (272), Cardiologia (165).
Também houve centenas de atividades educativas em todas as unidades hospitalares. Estiveram envolvidos mais de 5,5 mil profissionais, além de cerca de 2,3 mil estudantes, mais de 1 mil residentes e 450 preceptores, que são os responsáveis pelos acadêmicos que atuam nos hospitais. Os números são iniciais, uma vez que alguns hospitais seguem com ações relativas ao Mutirão até o final desta semana, além dos atendimentos regulares.
Papel dos Hospitais Universitários - O presidente da Ebserh, Kleber Morais, comentou recorde de atendimentos. "Foi um dia importante, com uma repercussão nacional muito grande, mostrando o importante papel dos hospitais universitários. O sucesso é compartilhado por todos que fazem a Rede Ebserh", comemorou o gestor.
A coordenadora do Mutirão, Caroline Brero, ressaltou os pontos positivos dessa segunda edição. "É um avanço e só temos a melhorar cada vez mais. Fortalecemos a nossa rede, temos ganho com os alunos, devido à questão da formação profissional, e sobretudo, a população ganha com o Mutirão", analisou.
Segundo o diretor de Atenção à Saúde, Cláudio Saab, "os números alcançados demonstram sucesso e incorporação do espírito de rede da Ebserh. Não é apenas um hospital que trabalha, mas 39 hospitais em rede fazendo os atendimentos necessários para a população, principalmente nas áreas mais críticas", comentou.
Para o superintendente do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh, Paulo Amorim, a redução na fila de espera dos hospitais ajuda na agilidade do tratamento de saúde do cidadão nos atendimentos de média e alta complexidade oferecidos pelo Barros Barreto e Bettina Ferro, além de diminuir os custos para os doentes e para o sistema de saúde.
Fila de espera - A trabalhadora rural Maria Salete Gomes, 54 anos, que mora no município de Gurupá, na ilha do Marajó, no Pará, há um ano esperava realizar exame de videolaringoscopia. "Tenho ferimentos na garganta, fui encaminhada da minha cidade para o Bettina Ferro e, agora, graças a Deus, fui atendida no mutirão. Já recebi o resultado do exame e ainda vou levar para a médica do Bettina avaliar", disse.
A médica radiologista do Barros Barreto, Rosilene Freitas de Oliveira, foi uma das encarregadas a emitir o laudo da mamografia das pacientes no mutirão. "A atividade é importante, mas é preciso as pessoas ficarem atentas à sua saúde, porque algumas só procuram fazer o exame em caso de suspeita e não por prevenção."
A assistente social Tatiana Gomes faz o controle da mama direita para evitar o câncer. "Soube que estava com câncer por causa da minha filha que apresentou um problema e depois de investigá-la chegarem a mim revelando que eu tinha a doença. Hoje faço o tratamento e estou bem. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior é a chance de cura. Se fossem constantes mutirões em todos os hospitais, certamente não teriam tantos pacientes com câncer de mama no Brasil", afirmou a assistente social.
Sobre a Ebserh - Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Ebserh administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do SUS, e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas. O órgão, criado em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.
Texto: Cleide Magalhães – Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh, com informações também da Ascom/Ebserh/DF.
Fotos: Cleide Magalhães, Edna Nunes e Silvia Giese
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