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Dia Mundial de Limpeza de Praias e Rios leva voluntários às praias de Soure.

Campanha retirou 350 quilos de lixo do Pesqueiro,
na ilha de Marajó, com o apoio de 200 participantes.
 
        Mais de 350 quilos de garrafas e copos plásticos, vasilhames de vidro, latas, pedaços de isopor, cordas, redes de pesca, embalagens diversas e até restos de cigarros foram coletados no último domingo, 16,  por cerca de 200 voluntários que  foram à praia do Pesqueiro, em Soure, na ilha do Marajó (PA), para participar da programação especial pelo Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias - International Coastal Clean UP (ICC). O dia é tradicionalmente lembrado ao redor do globo sempre aos terceiros finais de semana  de setembro. A ação em Soure foi organizada pelo do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia (Gemam), que é formado por pesquisadores do projeto Piatam Mar e colabora com o Museu Goeldi.

          A ação teve apoio do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (GEMM-Lagos/ENSP/Fiocruz) e participação de 105 crianças e adolescentes ligados ao núcleo marajoara do Projeto Navegar.  
 
Campanha –  Com objetivo de conscientizar a sociedade sobre a necessidade de minimizar a curto prazo a quantidade de resíduos sólidos despejados em rios e mares, o Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias é realizado em mais de 100 países todos os anos. No Brasil, no ano passado reuniu cerca de 14 mil voluntários em 60 cidades. Cerca de 36 toneladas de detritos retirados de praias e rios.
 
         As palavras de ordem dos voluntários são coletar, pesar, classificar e catalogar o material recolhido. Entre os objetivos da campanha está o mapeamento dos tipos e quantidades de itens que vêm causando o maior impacto ao ambiente em todo o mundo. Os materiais despejados na areia ou lançados nos mares e rios são uma ameaça para várias espécies. Além de se enroscarem em linhas, cordas e restos de redes atiradas no oceano, geralmente elas confundem o lixo com alimentos.
 
         Ligado ao Museu Goeldi e ao projeto Piatam Mar, o Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia – Gemam, foi criado em 2005 com o objetivo de obter informações sobre as espécies de baleias, botos, golfinhos e peixes-boi que ocorrem na costa amazônica. Voltada também para a educação ambiental, atualmente a equipe realiza o monitoramento de praias da costa leste da Baía do Marajó (PA), faz o recolhimento de carcaças de botos e também pratica resgates de baleias e golfinhos mortos no litoral do Pará – além de realizar estudos sobre a relação entre botos e atividades humanas como a pesca. O projeto Navegar,  idealizado pelo velejador Lars Grael, tem núcleos em vários Estados. O objetivo é incentivar jovens a tomar contato com esportes náuticos e promover o ingresso no mercado de trabalho.  
 
        
 
Texto: Lázaro Magalhães
Comunicação Piatam Mar e Piatam Oceano
Agência Museu Goeldi

Publicado em: 20.09.2007 09:48