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O desafio da produção de conhecimento em solo Amazônico

A Conferência Internacional Cooperação Amazônica e Educação Superior para um Desenvolvimento Humano Sustentável iniciou as discussões sobre o ensino superior nos países da bacia Amazônica no último dia 23, no Hotel Sagres, em Belém. Reitores, pesquisadores, estudiosos, alunos de  graduação e pós-graduação e a sociedade em geral estiveram presentes na abertura do evento. Até o dia 26 estarão em foco assuntos ligados à cooperação entre as instituições amazônicas e o  
desenvolvimento da educação superior.
Ana Lúcia Gazzola, diretora do Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e o Caribe (IESALC/UNESCO), em conferência de abertura, enfatizou que <<a taxa de cobertura das instituições de ensino superior é muito baixa na Amazônia>>. Dados revelados pela diretora mostram que nos países desenvolvidos, a média de jovens na faixa etária de 18 a 24 anos que ingressaram na universidade gira em torno de 54,5%. <<Já na região Amazônica essa média  
cai para 28% e no Brasil o percentual é menor ainda, 15%. Diante deste quadro o IESALC/UNESCO está apoiando a realização de eventos como este para que se faça uma análise dos desafios da educação superior na Amazônia sobre a ótica da integração>>, considerou Gazzola. Ana Lúcia foi a primeira conferencista do evento e falou sobre o tema <<Educação Superior na América latina e o Caribe: Desafio para a Integração>>.
A educação precisa ser trabalhada através de redes, e a Unamaz é um desses instrumentos. Para Gazzola, a associação dessas universidades é um caminho para valorização do conhecimento e estratégia de desenvolvimento para a Amazônia. Para a diretora a meta da UNESCO de  <<Educação para todos>> necessita ser ampliada, especialmente quando se trata de regiões como a Amazônia. <<Somos miseráveis demais para termos utopias pequenas, a meta dever ser <educação superior para todos> pois sem universidade não há desenvolvimento>>, afirma.
<<A Amazônia tem muita diversidade e poucas universidades, o que resulta em menor qualificação e menores recursos>>, destacou Max Steinbrenner, secretário local da Associação de Universidades Amazônicas.
  A conferência traduz a consciência das universidades dos países amazônicos, num total de 66 instituições de ensino e pesquisa nos oito países assinantes do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA): Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. A articulação de soluções para problemas comuns, através de uma rede de universidades é o caminho para a evolução da educação e qualificação das instituições Amazônicas como centro de conhecimento e saber, que devem ser aplicados em prol da região,confirma Steinbrenner.

Unamaz elege novos dirigentes

Para enfrentar o desafio da integração e cooperação cada vez mais intensas entre as instituições de ensino superior dos países da bacia Amazônica, a Unamaz promoveu uma grande renovação interna. A VIII Assembléia Geral da entidade aprovou um novo estatuto, um Plano Estratégico de atuação até 2020 e elegeu uma nova diretoria.
Segundo Manoel Malheiros Tourinho, um dos principais articuladores do processo de mudança, <<o novo estatuto aprovado pela assembléia torna a instituição mais flexível, dinâmica, atualizada e real frente aos desafios que serão enfrentados>>. Além disso, a Assembléia aprovou a criação de uma secretaria geral permanente, que ficará responsável pela manutenção das linhas de cooperação entre as instituições de ensino superior e pesquisa. O país sede da secretaria ainda será definido.
Como balanço dos 20 anos de atuação da Unamaz, Tourinho diz que, entre as principais contribuições da Associação, está a contribuição para imprimir nos países amazônicos uma consciência ambiental e destaca: <<a produção de conhecimentos deve ser realizada sem destruição do meio  
ambiente>>.

Confira a nova direção da Unamaz

Presidente: Max Gonzáles Merizalde, reitor da Universidade Nacional de Loja (Equador)
Vice-presidente no Brasil: Roberto Ramos, reitor da Universidade Federal de Roraima
Vice-presidente na Colômbia: Moises Waserman Lerner, reitor da Universidade Nacional da Colômbia
Vice-presidente no Equador: Gil Vela, reitor da Universidade Estadual Amazônica
Vice-presidente na Guiana: Jame Rose, reitor da Universidade da Guiana
Vice-presidente no Peru: Ibico Rojas Rojas, reitor da Universidade Particular de Iquitos
Vice-presidente no Suriname: Allan Li fo Sjoe, reitor da Universidade do Suriname
Vice-presidente na Venezuela: Jose Alexis Tarazona, reitor da Universidade Experimental de Guiana

Publicado em: 25.09.2007 10:43