Sessão solene oficializa o NAEA como sede de Cátedra da Unesco e do Centro de Estudos Brasil-Venezuela

O Núcleo de Altos Estudos Amazônicos promoveu,  no último dia 26 de setembro, a solenidade de inauguração do Centro de Estudos Brasil-Venezuela (CESUL) e  da sede da Cátedra UNESCO de Cooperação Sul-Sul para o Desenvolvimento Sustentável na Universidade Federal do Pará (UFPA). A cerimônia ocorreu no auditório do Núcleo de Altos estudos Amazônicos (NAEA), que sediará os dois programas.
Na ocasião, estiveram presentes Alex Fiúza de Mello, reitor da UFPA, José Gilberto Torres, cônsul da Venezuela em Belém, e reitores das universidades que compõem a Associação das Universidades Amazônicas (UNAMAZ). Após a solenidade, os convidados conheceram a biblioteca do NAEA, ampliada recentemente, e as salas onde funcionarão a Cátedra e o Centro de Estudos. A programação foi encerrada com a mesa-redonda “Perspectivas de Cooperação Universitária entre Brasil e Venezuela”, dirigida por Edna Castro, coordenadora do NAEA.
CESUL – O Centro de Estudos Brasil-Venezuela (CESUL) é uma iniciativa do Ministério das Relações Exteriores, com o objetivo de investir na cooperação com universidades públicas federais, a fim de ampliar a produção de conhecimento sobre a América do Sul, mais especificamente a Venezuela. Segundo o reitor da universidade, Alex Fiúza de Mello, “a idéia é que a UFPA seja referência no Brasil para estudos sobre a Venezuela”.
Para Gilberto Torres, cônsul da Venezuela em Belém, a implantação do Centro “é uma oportunidade brilhante, porque possibilita estudar cientificamente e não apenas especular sobre uma coisa que é tão importante nesta época da globalização: a interação que nos une e nos faz latino-americanos”. Torres lamentou que ainda há um distanciamento entre Venezuela e a Região Amazônica Brasileira, exemplificando com o fato de não haver vôos diretos entre Belém e Caracas. Para ele, esta “aproximação é importante porque há entre os países assuntos complementares”, principalmente em relação à Amazônia.
Cátedra UNESCO - Com 23 unidades no Brasil, o Programa de Cátedras da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) busca produzir conhecimento científico para a formulação de políticas públicas no campo do desenvolvimento sustentável. Desta forma, problemáticas ambientais e a relação entre homem e natureza fazem parte dos estudos da nova Cátedra instalada no NAEA.
A Cátedra UNESCO de Cooperação Sul-Sul para Desenvolvimento Sustentável foi crida na UFPA desde setembro de 2006. A cerimônia do dia 26, oficializou a instalação da Cátedra e inaugurou sua sede. Segundo Luis Eduardo Aragon, coordenador da Cátedra, o objetivo é facilitar a cooperação de intercâmbios acadêmicos, de pesquisadores, professores e estudantes e estimular a projeção da universidade em nível nacional e mundial. “A Cátedra é fundamentalmente um mecanismo de cooperação, não é um organismo de execução. É um órgão que coordena ações para serem executadas por diversas instituições, tanto em pesquisa, como em treinamento, como em desenvolvimento das comunidades”, explicou.
Uma das próximas ações coordenadas pela Cátedra será a preparação “para o encontro de 2008 na Colômbia, que vai definir as estratégias regionais sobre educação superior, para levar para o encontro em Paris em 2009, que é um encontro da ONU”, concluiu o reitor da Universidade.
NAEA - O NAEA tem uma tradição de 35 anos em cooperação com instituições universitárias dos oitos países que formam a Pan-Amazônica - Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Guiana e Suriname.
A coordenadora do NAEA, Edna Castro, ressaltou o amplo interesse do núcleo nos estudos sobre a Pan-Amazônia.  Nesse sentido, já formalizou em seu novo Regimento, a criação futura do Centro de Estudos sobre a América do Sul e Caribe. Uma das programações prevê apoio aos estudos em todas as áreas da ciência, visando estimular a formação, a pesquisa e maior produção de conhecimento sobre o continente. “O conceito do NAEA é de um instituto Pan-Amazônico e estas duas estruturas, a Cátedra e o Centro de Estudos da Venezuela, vão potencializar isso”, afirmou.

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