Campus Flutuante retira lixo da região das ilhas de Belém com a ajuda de crianças.
Mais de 75 quilos de lixo recolhido, cerca de 100 exames de diabetes realizados e participação maciça de crianças em mostras e conversas com pesquisadores para conhecer mais de perto assuntos importantes sobre ciência, meio ambiente e saúde. Assim foi realizada no útimo dia 03 de outubro, a primeira etapa das atividades do projeto Campus Flutuante dentro da agenda de atividades previstas pela Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Belém.
O evento reuniu cerca de 150
crianças de diversas escolas, além de professores e adultos, de comunidades da
Ilha de Combú e Ilha Grande, no entorno da Grande Belém. Ao todo a manhã reuniu
cerca de 220 participantes, vindos de diversas localidades. A concentração das
ações se deu nas instalações da Saudosa Maloca, situada na entrada do furo do
Combú, no rio Guamá, às margens opostas ao campus Belém da UFPA.
A ONG <Casa do Diabético> prestou exames gratuitos de pressão e nível de açúcar no sangue. Apenas durante a manhã, cerca de 70 atendimentos foram realizados. Um total de 15 casos de diabetes foram notificados - um índice alto, segundo os representantes da ONG. Além de exames, os voluntários ainda prestaram orientações sobre alimentação e sobre como procurar tratamento em Belém.
Projeto - O Campus Flutuante é coordenado pela UFPA, em parceria com o MCT, projeto CentrALCiência, do Museu Paraense Emílio Goeldi, projeto Piatam Mar, da UFPA, e com o Corpo de Bombeiros do Pará. O projeto é uma ampliação do projeto Ifnopap (O Imaginário nas Formas Narrativas Orais Populares da Amazônia Paraense), que teve início em 1994. O campus, que abriga laboratórios de pesquisa, percorrerá comunidades ribeirinhas com o intuito de oferecer aos pesquisadores, estudantes e professores a oportunidade de aproximar a prática acadêmica dessas localidades e também discutir a cultura ribeirinha, as línguas indígenas, a qualidade de vida nos rios e a segurança das fronteiras.
Após visitar a Ilha do Combú, o projeto chega à Ilha de Cotijuba durante todo o dia 05. Novamente estão sendo realizadas ações de saúde e palestras sobre temas como produtos florestais, mito e meio ambiente, línguas indígenas, reaproveitamento de descartáveis, sensoriamento remoto, saúde, lixo e o uso dos recursos hídricos.
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia iniciou segunda em várias cidades brasileiras. Durante uma semana, instituições de pesquisa de todo o País promovem programações diversas para aproximar o público de suas produções científicas. Com coordenação do Ministério da Ciência e Tecnologia, este ano tem como tema principal o planeta Terra.
Em Belém, a semana segue até o dia 6 de outubro, tendo o Parque Zoobotânico do MPEG como principal local de atividades. O Parque do Goeldi está localizado na Avenida Magalhães Barata, em Belém (Pa) e as atividades acontecerão das 9h às 12h e das 14h às 17h. Para conhecer a programação completa, acesse o site http://semanact.mct.gov.br.
Limpeza - Com participação de três voluntários do Centro Acadêmico
de Biologia da UFPA, o Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia
(Gemam) coordenou durante toda a manhã do último dia 03, uma oficina sobre
limpeza de rios que culminou no recolhimento de mais de 75 quilos de lixo em
trinta minutos de ação realizados em 500 metros de beira de rio na entrada do
furo do Combú.
A coleta de detritos
teve a participação de mais de 70 crianças. Nas mais de 105 sacolas preenchidas
com lixo retirado dos barrancos, a maioria dos detritos era de garrafas
plásticas e isopor. Também foram recolhidas latas de aerossol e vasilhames de
vidro e metal. Após ser separado e pesado, o material foi todo retirado de barco
da ilha e deixado no campus da UFPA, após travessia pelo rio Guamá. Os detritos
foram recolhidos pela Prefeitura do Campus da UFPA.
Para a ação
marcada o dia 05 de outubro, em Cotijuba, o Gemam espera uma participação ainda mais
expressiva e uma quantidade ainda maior de material retirado da orla da ilha,
que, como Combú, integra o grande arquipélago fluvial que compõe a área da
Grande Belém.
O Gemam integra o projeto Piatam Mar e atualmente é também colaborador do Museu Paraense Emílio Goeldi. O grupo foi criado em 2005 com o objetivo de obter informações sobre as espécies de baleias, botos, golfinhos e peixes-boi que ocorrem na costa amazônica. Voltado também para a educação ambiental, atualmente realiza o monitoramento de praias da costa leste da Baía do Marajó (PA). No último dia 16 de setembro, outra ação coordenada pelo grupo reuniu mais de 200 voluntários e recolheu 350 quilos de detritos da orla e da praia de Pesqueiro, em Soure, em articulação pelo Dia Mundial de Limpeza de Rios e de Praias.
O projeto Piatam Mar - Potenciais Impactos Ambientais do Transporte de Petróleo e Derivados na Zona Costeira Amazônica - reúne 230 pesquisadores e técnicos que se dedicam a estudos sobre o homem e o meio ambiente do litoral amazônico ( www.piatammar.ufpa.br). Ele é coordenado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), que também é seu financiador. A meta é produzir informações atualizadas sobre as populações, os recursos naturais e os ecossistemas da costa amazônica. O objetivo é fortalecer um grande banco de dados georreferenciado para apoiar a Petrobras em ações de gestão ambiental e na definição de medidas preventivas frente a possíveis casos de acidentes envolvendo o transporte de óleo e derivados no litoral norte.
Participam do Piatam Mar instituições do Pará (Museu Emilio Goeldi - MPEG, Instituto Evandro Chagas – IEC, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA e Universidade Estadual do Pará – UEPA), Amapá (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá – IEPA), Maranhão (Universidade Estadual do Maranhão e Universidade Federal do Maranhão) e Rio de Janeiro (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia – Coppe/UFRJ e Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz).
Texto: Lázaro
Magalhães
Comunicação Piatam Mar e Piatam Oceano
Agência Museu
Goeldi
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