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Estudo da Biomedicina aborda câncer do estômago

Nos últimos anos, o câncer gástrico tem apresentado uma diminuição na incidência de casos e causa de mortalidade na população, em vários países, inclusive no Brasil. Contudo, ainda é considerado um grande problema de saúde pública, especialmente no Estado do Pará, onde a estatística de mortalidade causada por câncer no estômago está acima da média brasileira. Desse modo, Belém é a 11ª cidade do mundo que apresenta níveis altos de câncer gástricos.
Considerada uma neoplasia gástrica, o câncer de estômago na maioria dos casos mostra-se como um tumor ulcerado, ou seja, uma lesão irregular fruto de uma multiplicação celular descontrolada. O câncer gástrico pode ser classificado de acordo com o tipo de célula que originou o tumor. Entretanto, ainda não foi possível encontrar uma explicação de como se adquire a patologia, apenas alguns fatores que podem aumentar as chances de aparecimento de um câncer no estômago.
Nesse sentido, a pesquisa “Hibridação Genômica Comparativa (CGH) em Neoplasias Gástricas de Indivíduos do Estado do Pará”, realizada pela aluna Aline Damasceno Seabra, dentro do Grupo de Pesquisa de Citogenética Humana do Curso de Biomedicina da UFPA, orientada pelo professor Rommel Burbano, pretende atender a necessidade de aprofundar estudos nesse âmbito, dentro do ambiente acadêmico.
A pesquisa consiste em estudar as alterações existentes em células de câncer gástrico, através da observação do gene C-MYC, a partir de amostras coletadas no Hospital Barros Barreto. “Dentro do Laboratório, estudamos quais são as alterações existentes nas células de câncer gástrico, mas envolvendo apenas um gene especifico, já que são vários os genes que podem ser estudados. Logo, o principal objetivo é entender o que acontece nessas células para que no futuro seja possível a descoberta de um diagnóstico mais rápido que seja capaz de proporcionar o tratamento da doença. Então essa pesquisa se dá a longo prazo.”, afirma Aline Damasceno.
A partir da análise de dados da pesquisa, levantou-se a hipótese de que a grande incidência da doença na região norte se dá pelo fato dos hábitos alimentares locais. “Após a observação das alterações celulares através da pesquisa, supõe-se que a causa da patologia pode estar relacionada, dentre outras causas, ao fato de que a população paraense costuma comer alimentos com bastante sal, além de utilizar muito condimento dentro de sua culinária, possibilitam aumentar as chances de aparecimento da doença.”, afirma a estudante.
Pela  qualidade de conteúdo que a pesquisa apresenta, concorreu a premiação no XVIII Seminário de Iniciação Científica da UFPA, sendo umas das três contempladas pelo V Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica.




Por Leylla Melo (Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA)
Publicado em: 17.10.2007 13:33