Piatam Mar realiza expedições no Pará, Amapá e Maranhão
Desde o último dia 20 de outubro, 91 pesquisadores e técnicos de diversas instituições e áreas de conhecimento estão mobilizados para duas semanas inteiras de trabalhos com o objetivo de testar e refinar métodos e padrões para a coleta de dados científicos fundamentais ao monitoramento de áreas portuárias e reservas ambientais no litoral da Amazônia. Embarcados, eles participam de três expedições simultâneas, nas costas do Pará, Amapá e Maranhão, organizadas pelo projeto Piatam Mar - Potenciais Impactos Ambientais do Transporte de Petróleo e Derivados na Zona Costeira Amazônica ( www.piatammar.ufpa.br).
As atividades acontecem em áreas próximas às capitais dos Estados amazônicos: Belém (PA), São Luís (MA) e Macapá (AP). Os pesquisadores de instituições da região - 36 no Amapá, 31 no Maranhão e 26 no Pará - testam os protocolos metodológicos para coleta de dados oceanográficos (oceanografia geológica, biológica, química e física) e biológicos (aves e vegetação) na zona costeira amazônica. Chamadas de expedições-piloto, essas ações servem de pontapé inicial para a realização das próximas viagens de pesquisa do projeto Piatam Mar, previstas para 2008.
Mudanças - As expedições-piloto tinham partidas previstas, inicialmente, para o dia 18 de outubro nos três Estados da Costa Norte do Brasil. O adiamento foi motivado pelo atraso, por parte de empresas licitadas pelo projeto, na entrega de reagentes e materiais importantes para estudo de alguns grupos. Todavia, o atraso na saída das expedições permitiu que especialistas do Piatam Mar acompanhassem o processo de resgate da balsa Eliseo Leão, que foi a pique quando transportava óleo diesel na região ao sudeste da Ilha do Marajó.
As expedições são organizadas no Amapá pelos pesquisadores Luis Roberto Takiyama (vinculado ao Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológicos do Amapá - IEPA), no Pará por Amilcar Carvalho (geólogo do Museu Goeldi) e no Maranhão por Márcio Souza (geólogo do IEPA).
Os trabalhos de validação dos protocolos de coletas na área de Química não serão desenvolvidos neste momento. Os estudos serão realizados assim que os materiais necessários forem entregues pelas empresas licitadas.
Acidente - O acidente com a balsa Eliseo Leão, da Transportadora Transpal, ocorrido na madrugada do último dia 06 de outubro, também motivou outra mudança no roteiro inicial da expedição-piloto no Pará. A área onde ocorreu o acidente – localizada a cinco quilômetros da costa da Ilha de Santana, a oito quilômetros da foz do rio Arari e a mais de 60 quilômetros do município de Soure – foi incluída no roteiro de coleta de amostras, que já tinham como itinerários o terminal de Miramar e a Reserva Extrativista Marinha de Soure, na ilha do Marajó.
Após o naufrágio, a balsa permaneceu a uma profundidade de 20 metros, com carga de 68 mil litros de óleo diesel estocadas em seus porões. Em uma operação de salvatagem que durou onze dias, a embarcação foi içada com sucesso no último 18 de outubro.
O projeto Piatam Mar contribuiu para a operação com relatórios que incluíram imagens de satélite e diversas outras informações fundamentais sobre as condições de ventos e marés, características físicas e químicas das águas e sedimentos de fundo, bem como com dados sobre os ambientes e comunidades na área de risco de impactos do acidente.
O Projeto - Dedicado a estudos sobre o homem e o ambiente do litoral amazônico, o projeto Piatam Mar é coordenado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), responsável também pelo seu financiamento. Participam deste esforço de pesquisa o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), o Instituto Evandro Chagas (IEC), as universidades Federal Rural da Amazônia (UFRA) e do Estado do Pará (UEPA), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), as universidades Federal do Maranhão (UFMA) e Estadual do Maranhão (UEMA) - além da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE-UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A meta do projeto é produzir informações atualizadas sobre as populações, os recursos naturais e os ecossistemas da costa amazônica, com a perspectiva de criar um grande banco de dados georreferenciados para apoiar a Petrobras em ações de gestão ambiental e na definição de medidas preventivas para casos de acidentes envolvendo o transporte de óleo e derivados no litoral norte.
Textos: Lázaro Magalhães e Júnior Braga
Comunicação Piatam mar e Piatam Oceano
As atividades acontecem em áreas próximas às capitais dos Estados amazônicos: Belém (PA), São Luís (MA) e Macapá (AP). Os pesquisadores de instituições da região - 36 no Amapá, 31 no Maranhão e 26 no Pará - testam os protocolos metodológicos para coleta de dados oceanográficos (oceanografia geológica, biológica, química e física) e biológicos (aves e vegetação) na zona costeira amazônica. Chamadas de expedições-piloto, essas ações servem de pontapé inicial para a realização das próximas viagens de pesquisa do projeto Piatam Mar, previstas para 2008.
Mudanças - As expedições-piloto tinham partidas previstas, inicialmente, para o dia 18 de outubro nos três Estados da Costa Norte do Brasil. O adiamento foi motivado pelo atraso, por parte de empresas licitadas pelo projeto, na entrega de reagentes e materiais importantes para estudo de alguns grupos. Todavia, o atraso na saída das expedições permitiu que especialistas do Piatam Mar acompanhassem o processo de resgate da balsa Eliseo Leão, que foi a pique quando transportava óleo diesel na região ao sudeste da Ilha do Marajó.
As expedições são organizadas no Amapá pelos pesquisadores Luis Roberto Takiyama (vinculado ao Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológicos do Amapá - IEPA), no Pará por Amilcar Carvalho (geólogo do Museu Goeldi) e no Maranhão por Márcio Souza (geólogo do IEPA).
Os trabalhos de validação dos protocolos de coletas na área de Química não serão desenvolvidos neste momento. Os estudos serão realizados assim que os materiais necessários forem entregues pelas empresas licitadas.
Acidente - O acidente com a balsa Eliseo Leão, da Transportadora Transpal, ocorrido na madrugada do último dia 06 de outubro, também motivou outra mudança no roteiro inicial da expedição-piloto no Pará. A área onde ocorreu o acidente – localizada a cinco quilômetros da costa da Ilha de Santana, a oito quilômetros da foz do rio Arari e a mais de 60 quilômetros do município de Soure – foi incluída no roteiro de coleta de amostras, que já tinham como itinerários o terminal de Miramar e a Reserva Extrativista Marinha de Soure, na ilha do Marajó.
Após o naufrágio, a balsa permaneceu a uma profundidade de 20 metros, com carga de 68 mil litros de óleo diesel estocadas em seus porões. Em uma operação de salvatagem que durou onze dias, a embarcação foi içada com sucesso no último 18 de outubro.
O projeto Piatam Mar contribuiu para a operação com relatórios que incluíram imagens de satélite e diversas outras informações fundamentais sobre as condições de ventos e marés, características físicas e químicas das águas e sedimentos de fundo, bem como com dados sobre os ambientes e comunidades na área de risco de impactos do acidente.
O Projeto - Dedicado a estudos sobre o homem e o ambiente do litoral amazônico, o projeto Piatam Mar é coordenado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), responsável também pelo seu financiamento. Participam deste esforço de pesquisa o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), o Instituto Evandro Chagas (IEC), as universidades Federal Rural da Amazônia (UFRA) e do Estado do Pará (UEPA), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), as universidades Federal do Maranhão (UFMA) e Estadual do Maranhão (UEMA) - além da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE-UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A meta do projeto é produzir informações atualizadas sobre as populações, os recursos naturais e os ecossistemas da costa amazônica, com a perspectiva de criar um grande banco de dados georreferenciados para apoiar a Petrobras em ações de gestão ambiental e na definição de medidas preventivas para casos de acidentes envolvendo o transporte de óleo e derivados no litoral norte.
Textos: Lázaro Magalhães e Júnior Braga
Comunicação Piatam mar e Piatam Oceano
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