Quaternário reunirá pesquisadores em Belém

Ao lado das variações relativas do nível do mar e dos processos geológicos de erosão e sedimentação que ainda estão em curso em todo o planeta, o impacto das atividades humanas ao redor do Globo vem se tornando um fator cada vez mais importante para o entendimento do Quaternário - o mais recente período da história da Terra, que iniciou há 1,8 milhões de anos e se prolonga até os dias de hoje.

             Essa é uma das questões centrais a serem debatidas no próximo mês pelo XI Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário (XI Abequa) e pela II Reunião do Quaternário da América do Sul, que acontecerão entre 04 e 11 de novembro, em Belém do Pará. Reunindo cerca de 500 participantes, entre eles 100 integrantes de delegações de vários países, os encontros serão promovidos pela Associação Brasileira para estudos do Quaternário (Abequa), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Museu Paraense Emílio Goeldi. O tema principal das programações é <<O estudo do Quaternário é responsabilidade sócio-ambiental>>.

             Norte - Pela primeira vez o congresso nacional da Abequa não será realizado no mês de outubro, como acontece todos os anos. A alteração inédita no calendário da entidade ocorre justamente por conta dos festejos religiosos relativos ao Círio de Nossa Senhora de Nazaré na capital paraense, que é sede do encontro deste ano. Além de uma feira paralela de serviços e equipamentos, o congresso em Belém também contará com excursões a serem realizadas na região costeira do Nordeste do Pará e ao Grupo Barreiras no Norte do Brasil.

             Ao todo, o congresso já soma até agora mais de 219 pré-inscritos, entre estudantes, profissionais e associados da Abequa, segundo balanço realizado esta semana pela coordenação do evento. Após convocatória feita em junho, mais de 352 trabalhos também já foram inscritos e integrarão a programação do congresso, que será fundamental também para a organização de eventos futuros, como o II Simpósio de Baías e Estuários e o II Simpósio de Barreiras.

            As apresentações de trabalhos tocarão temas como o Quaternário Continental, o Quaternário Costeiro e o Quaternário Marinho, a micropaleontologia do Quaternário, sensoriamento remoto e sistema de informação geográfica aplicado, arqueologia e terra preta, neotectônica, mudanças globais e gerenciamento costeiro.

            O congresso deve reunir um público amplo: participarão tanto membros da comunidade científica quanto da sociedade civil e da esfera governamental. A meta é integrar pesquisadores, professores, alunos de graduação e pós-graduação de ciências exatas e da Terra, tecnologias, ciências biológicas e geográficas, antropólogos e historiadores. Outro objetivo é congregar órgãos municipais, estaduais e federais ligados a atividades de meio ambiente, conservação do patrimônio histórico e natural e também empresas públicas e privadas – especialmente aquelas envolvidas em questões de gerenciamento costeiro integrado.

            As inscrições para o XI Abequa seguem até o dia da abertura do encontro, no dia 04 de novembro. Mais informações podem ser obtidas no site da Abequa (www.abequa.org.br) e na página oficial do evento (www.congressodaabequa.com.br).

Agenda XI Abequa
04/11 – Abertura
05 a 08/11 – Conferências, sessões temáticas, assembléias e reuniões
09 a 11/11 – Excursões

Inscrições
Profissionais:
- Sócios Quites - R$ 300
- Sócios não quites e não sócios - R$ 450
Estudantes: R$ 180

Texto: Lázaro Magalhães
Comunicação Piatam Mar, Comunicação Piatam Oceano
Agência MPEG

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