Conferencistas afirmam que as políticas de defesa na Amazônia necessitam da cooperação entre os países vizinhos
O grande dilema abordado nas discussões sobre o presente e o futuro da segurança na região amazônica é a ausência de uma cooperação mais efetiva entre os seus países, respeitando suas especificidades e necessidades territoriais. Esse foi o foco das discussões na segunda mesa-redonda do I Seminário de Relações Internacionais e Defesa na Amazônia iniciado no dia 03 de dezembro em Belém, no campus da UFPA. <Devemos investir em ações efetivas e concretas, realizar operações conjuntas com os nossos vizinhos>, afirmou Cléber Batalha Franklin, cientista político da Universidade Federal de Roraima (UFRR), sobre a participação do Brasil no quadro internacional de segurança.
Segundo o professor Shiguenoli Myamoto, cientista político da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), os reflexos da falta de investimentos aliados à ausência de políticas de ação concentrada vindas do Estado, impedem a chegada de melhorias estruturais que auxiliem o controle sobre o território. O professor ressaltou ainda que os problemas de segurança não estão restritos à esfera militar: a segurança ambiental é, hoje, uma das principais preocupações dentro das estratégias de defesa da Amazônia.
A Criação do ministério da defesa, em 1999, não foi o bastante para suprir as demandas nacionais, principalmente da região amazônica. Segundo Myamoto, as ações governamentais sofreram com a carência de uma política única e uniforme para o país.
No contexto das relações entre Brasil e Venezuela e o posicionamento brasileiro frente às políticas venezuelanas, o professor Cléber Batalha Franklin, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), traçou um paralelo entre a situação dos dois países, destacando a liderança tradicional do Brasil e o processo de militarização que ocorre no país de Hugo Chavez. <Devemos construir uma comunidade de segurança que permita a discussão de interesses dos paises em questão, onde a Amazônia tem um papel essencial>.
Nas relações internacionais, o principal eixo de discussão tem se voltado para a esfera do regionalismo, ou seja, debates que levem em consideração as especificidades regionais, possibilitando a concretização de políticas de dentro para fora dos países. Um exemplo foi a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, que sofreu influência de forças econômicas e políticas da região, assim como pressões internacionais. De acordo com Marcelle Silva, professora da UFRR, <o processo de demarcação causou a polarização da sociedade roraimense>.
Como representante das Forças Armadas, o General Jeannot Jansen da Silva, comandante da 8ª Região Militar do exército Brasileiro, reconheceu a grande pressão internacional que existe sobre a região e conceituou a ação realizada pelo exército como baseada em estratégias de <dissuasão>. <Quanto maior for o contingente militar e a força bélica na área, maior será a eficácia da defesa>, afirmou o General. O oficial concluiu os debates declarando que a única solução para uma política eficaz de segurança nacional brasileira é o desenvolvimento regional.
Confira a programação do 2º. Dia do I Seminário de Relações Internacionais e Defesa na Amazônia
Manhã: 9h
Mesa 3: Democracia e Forças Armadas na Amazônia
Coordenador: Prof. Dr. Alberto Teixeira da Silva – IFCS/FCS
Prof. Dr. Celso Castro – Antropólogo
Diretor do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - CPDOC / Coordenador Nacional do Projeto Consórcio Forças Armadas Século XXI – CFAS 21
Prof. Dr. Durbens Martins Nascimento – Cientista Político
Coordenador do Observatório de Estudos de Defesa da Amazônia – OBED
Coordenador do Projeto Consórcio Forças Armadas Século XXI/ CFAS 21 – UFPA/NAEA
Prof. Dr. João Roberto Martins Filho – Sociólogo
Coordenador do Arquivo Militar Ana Lagoa Coordenador do Projeto Consórcio Forças Armadas Século XXI /CFAS 21 - UFSCar
Debate: 10h às 10h30min
Mesa 4: 10h30min - Relações Internacionais: Território e Fronteira na Pan-Amazônia
Coordenador: Prof. Dr. Durbens Martins Nascimento – IFCH/FCS e NAEA
Prof. Dr. Gilberto Miranda Rocha - Geógrafo Coordenador do Núcleo de Meio Ambiente - UFPA
Profª Drª Eneida Assis – Antropóloga Professora do IFCH/FCS
Prof. Msc. José Cauby Soares Monteiro – Cientista Político / Projeto O Papel das Instituições Políticas, Estados e Governos nos Estudos de Ciência Política e Relações Internacionais.
Prof. Msc. Juan Hoyos – Sociólogo Assessor de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia – UNAMA
Debate: 11h50min às 12h20min
Mesa 5: 14h - A Amazônia e a Agenda Internacional Ambiental
Coordenador: Prof. Msc. Osvaldo Rosa Valente – IFCH/FCS
Prof. Dr. Alberto Teixeira da Silva – Sociólogo Coordenador do Projeto Relações Internacionais e Governança na Pan-Amazônia: Atores e Dinâmica de Redes Regionais e Globais.
Prof. Dr. Nobert Fenzl - Geólogo Representante da OTCA
Prof. Dr. Edson José Paulino da Rocha - Meteorologista Professor da UFPA Gerente Operacional do SIPAM
Debate: 14h40min às 14h15h10min
Encerramento: 15h15min - Coordenador do OBED
Mais informações sobre o Obed: http:// www.obed.ufpa.br
Mais Informações sobre o Naea: http:// www2.ufpa.br/naea
Mais informações sobre o Numa: http:/ /www.ufpa.br/numa
Segundo o professor Shiguenoli Myamoto, cientista político da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), os reflexos da falta de investimentos aliados à ausência de políticas de ação concentrada vindas do Estado, impedem a chegada de melhorias estruturais que auxiliem o controle sobre o território. O professor ressaltou ainda que os problemas de segurança não estão restritos à esfera militar: a segurança ambiental é, hoje, uma das principais preocupações dentro das estratégias de defesa da Amazônia.
A Criação do ministério da defesa, em 1999, não foi o bastante para suprir as demandas nacionais, principalmente da região amazônica. Segundo Myamoto, as ações governamentais sofreram com a carência de uma política única e uniforme para o país.
No contexto das relações entre Brasil e Venezuela e o posicionamento brasileiro frente às políticas venezuelanas, o professor Cléber Batalha Franklin, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), traçou um paralelo entre a situação dos dois países, destacando a liderança tradicional do Brasil e o processo de militarização que ocorre no país de Hugo Chavez. <Devemos construir uma comunidade de segurança que permita a discussão de interesses dos paises em questão, onde a Amazônia tem um papel essencial>.
Nas relações internacionais, o principal eixo de discussão tem se voltado para a esfera do regionalismo, ou seja, debates que levem em consideração as especificidades regionais, possibilitando a concretização de políticas de dentro para fora dos países. Um exemplo foi a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, que sofreu influência de forças econômicas e políticas da região, assim como pressões internacionais. De acordo com Marcelle Silva, professora da UFRR, <o processo de demarcação causou a polarização da sociedade roraimense>.
Como representante das Forças Armadas, o General Jeannot Jansen da Silva, comandante da 8ª Região Militar do exército Brasileiro, reconheceu a grande pressão internacional que existe sobre a região e conceituou a ação realizada pelo exército como baseada em estratégias de <dissuasão>. <Quanto maior for o contingente militar e a força bélica na área, maior será a eficácia da defesa>, afirmou o General. O oficial concluiu os debates declarando que a única solução para uma política eficaz de segurança nacional brasileira é o desenvolvimento regional.
Confira a programação do 2º. Dia do I Seminário de Relações Internacionais e Defesa na Amazônia
Manhã: 9h
Mesa 3: Democracia e Forças Armadas na Amazônia
Coordenador: Prof. Dr. Alberto Teixeira da Silva – IFCS/FCS
Prof. Dr. Celso Castro – Antropólogo
Diretor do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - CPDOC / Coordenador Nacional do Projeto Consórcio Forças Armadas Século XXI – CFAS 21
Prof. Dr. Durbens Martins Nascimento – Cientista Político
Coordenador do Observatório de Estudos de Defesa da Amazônia – OBED
Coordenador do Projeto Consórcio Forças Armadas Século XXI/ CFAS 21 – UFPA/NAEA
Prof. Dr. João Roberto Martins Filho – Sociólogo
Coordenador do Arquivo Militar Ana Lagoa Coordenador do Projeto Consórcio Forças Armadas Século XXI /CFAS 21 - UFSCar
Debate: 10h às 10h30min
Mesa 4: 10h30min - Relações Internacionais: Território e Fronteira na Pan-Amazônia
Coordenador: Prof. Dr. Durbens Martins Nascimento – IFCH/FCS e NAEA
Prof. Dr. Gilberto Miranda Rocha - Geógrafo Coordenador do Núcleo de Meio Ambiente - UFPA
Profª Drª Eneida Assis – Antropóloga Professora do IFCH/FCS
Prof. Msc. José Cauby Soares Monteiro – Cientista Político / Projeto O Papel das Instituições Políticas, Estados e Governos nos Estudos de Ciência Política e Relações Internacionais.
Prof. Msc. Juan Hoyos – Sociólogo Assessor de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia – UNAMA
Debate: 11h50min às 12h20min
Mesa 5: 14h - A Amazônia e a Agenda Internacional Ambiental
Coordenador: Prof. Msc. Osvaldo Rosa Valente – IFCH/FCS
Prof. Dr. Alberto Teixeira da Silva – Sociólogo Coordenador do Projeto Relações Internacionais e Governança na Pan-Amazônia: Atores e Dinâmica de Redes Regionais e Globais.
Prof. Dr. Nobert Fenzl - Geólogo Representante da OTCA
Prof. Dr. Edson José Paulino da Rocha - Meteorologista Professor da UFPA Gerente Operacional do SIPAM
Debate: 14h40min às 14h15h10min
Encerramento: 15h15min - Coordenador do OBED
Mais informações sobre o Obed: http:// www.obed.ufpa.br
Mais Informações sobre o Naea: http:// www2.ufpa.br/naea
Mais informações sobre o Numa: http:/ /www.ufpa.br/numa
Por Izabelle
Araújo e Janine Bargas
Assessoria de Imprensa do NAEA: (91) 3201 7696
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