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Palestra discute sobre princípio da integralidade no SUS

Palestra discute sobre princípio da integralidade no SUS.

O Núcleo de Altos Estudos Amazônicos – NAEA – realiza nesta quinta, dia 24, a palestra <<Redes Locais de Saúde e SUS: O princípio da integralidade na prática>>.  O evento faz parte do Projeto <<Quintas de Ciência>> do NAEA e será ministrada pelo Prof. Dr. Pedro Paulo Piani, doutor em Psicologia Social.

O objetivo do encontro é fomentar discussões sobre o princípio da integralidade no campo da saúde. Segundo Pedro Paulo Piani, esse princípio trata da atenção integral, ou seja, de um olhar amplo sobre as demandas do paciente. <<A saúde é uma realidade que vai além de diagnósticos e rotinas que expressam tratamento puramente técnico>>. Por esse motivo, Pedro Piani propõe debater integralidade, a partir das experiências de cuidado na saúde.

Outro aspecto que Pedro Paulo Piani pretende abordar é a efetivação desse princípio em ações e serviços do sistema de saúde. Segundo o palestrante, a inserção de atores sociais, na prática, traz benefícios às comunidades afastadas dos serviços do SUS. E quem seriam esses atores locais? Além dos próprios profissionais da saúde, indivíduos da comunidade que conhecem os problemas locais.

No interior do Brasil, a presença do sistema único de saúde é precária. A atuação de pessoas do povoado como: parteiras, rezadeiras, raizeiros, entre outros, cria uma rede local de atenção. <<Esses indivíduos procuravam se comunicar com os órgãos de saúde, mas nem sempre eram ouvidos>>, pontua Piani.

A implementação da atenção integral nas praticas do SUS, de acordo com o pesquisador, só acontecera quando estes atores estiverem envolvidos no processo. <<São pessoas de profundo conhecimento dos problemas de saúde da comunidade. Além disso, são indivíduos que a população procura para tratamento>>, comenta. De acordo com Piani, o sistema único de saúde foi pensado para as grandes cidades e não para os interiores. Assim, surge a necessidade de se criar uma rede de atenção, descentralizando a saúde da capital para os interiores.

Alem desses aspectos, outros pontos como: a realidade amazônica, de acordo com os alcances e limitações da integralidade; as conseqüências deste princípio no quadro de atuação do sistema de saúde - corporativismo, ato médico e a proposta de uma atuação multidisciplinar. Além de relatos de experiências em Mangueiras, na Ilha de Marajó (PA) e em Maranguape (CE), serão temas tratados nesta quinta, às 15h, no Auditório do NAEA.


Texto: Andréa Mota - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

Publicado em: 23.04.2008 09:43