UFPA promove XV Seminário de Iniciação Científica
Com um total de 316 trabalhos inscritos, foi aberto na tarde de ontem (8) o XV Seminário de Iniciação Científica da UFPA, com a conferência da professora Sigrid Leitão, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no auditório do Centro de Capacitação (Capacit), no campus universitário do Guamá.
Os bolsistas de iniciação científica que começaram seus trabalhos na metade de 2003 e foram até 2004, apresentarão os resultados das pesquisas. Existem os programas oferecidos pelo CNPq e os pela UFPA. "Temos 206 bolsas do CNPq e 105 da UFPA”, detalha Geraldo Narciso, diretor do Departamento de Pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp). “Para uma universidade como a nossa, com sérias dificuldades orçamentárias, é um esforço enorme manter esse número de bolsas do mesmo valor do CNPq”, comenta Narciso.
O diretor explica que o número de bolsas de iniciação científica está diretamente ligado ao número de doutores em um determinado centro ou instituição. “A partir do ano que vem só poderão orientar bolsas de iniciação científica professores com o título de doutor”, adianta. Os três centros da UFPA com maior número de trabalhos no seminário são o Centro de Ciências Biológicas (CCB), com 78, o Centro Tecnológico (CT), com 67 e o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), com 60. “Nas áreas com o maior número de doutores, está concentrada a maioria dos trabalhos”, diz Geraldo Narciso. No entanto, é preciso atentar para as prioridades em cada área, se é a pesquisa ou o mercado de trabalho, o que também influi no número de bolsas.
Há quinze anos o Seminário de Iniciação Científica vem abrindo espaço para os bolsistas apresentarem seus trabalhos. Geraldo Narciso lembra que, em uma universidade pública e com poucos recursos, é um privilégio para qualquer estudante participar de um programa de pesquisa. “Ele está em uma universidade pública e ganha um salário mínimo custeado pelo contribuinte”, salienta Narciso. Esses alunos que, desde a graduação se interessam pela pesquisa, provavelmente serão profissionais de excelência em suas áreas, não só na pesquisa, mas também em empresas. “Em torno de 10 a 20% de cada geração resulta nos mais talentosos profissionais”, garante o diretor de pesquisa.
Para aqueles estudantes que pleiteiam uma bolsa de iniciação científica, Geraldo Narciso avisa que é preciso persistência. “Eu, como orientador, abro o espaço, mas só fica comigo se for persistente”, exemplifica. “A iniciação científica para o aluno de graduação é um começo. Aquele que tiver o ‘bichinho’ da pesquisa vai procurar mais”.
O XV Seminário de Iniciação Científica acontece até sexta-feira (12). A programação do evento pode ser consultada na home page da Propesp (www.ufpa.br/propesp).
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