Os dirigentes de Recursos Humanos dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal no Pará reuniram-se, nesta quinta-feira (12), no auditório da Secretaria Geral da Universidade Federal do Pará, para discutir o Sistema de Atenção à Saúde do Servidor, que está em fase de implantação pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento.

A proposta do novo Sistema foi apresentada pelo coordenador geral de Seguridade Social e Benefícios do Servidor, Sérgio Martins Carneiro, e consiste na construção de políticas de assistência e promoção à saúde em parceria com os órgãos federais. <<O desafio é de pensar que políticas o Estado pode construir para evitar que o servidor adoeça; que iniciativas vamos ter pra encaminhar essas pessoas para o tratamento, enfim, pensar na promoção e na prevenção>>, destacou.

Segundo Sérgio Carneiro, atualmente os distúrbios mentais e comportamentais de servidores públicos são as principais causas de afastamento das suas atividades e estão relacionados à organização e ao ambiente de trabalho. <<A gente não pode mais tratar isso de forma amadora, achar que isso é um problema só do servidor e que ele vai se tratar com um antidepressivo ou psiquiatra>>, explica.

Alguns órgãos federais no Brasil já trabalham a questão da promoção e prevenção à saúde, como a Universidade Federal do Pará que promove ações educativas e de saúde por meio de palestras, campanhas e atividades sócio-culturais junto aos seus servidores. Outras instituições que participaram do encontro também relataram as suas experiências na área de atenção à saúde do servidor. Participaram da reunião, representantes do IBAMA, Funasa, CEFET-PA, entre outros.

Diagnóstico

O Pará é o quinto estado a iniciar o processo de implantação do Sistema de Atenção à Saúde do Servidor. O primeiro foi Brasília, seguido por Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.

O próximo passo será fazer um diagnóstico dos órgãos federais no estado que dispõem de serviços de assistência e promoção à saúde, de recursos para esta área e se estão compatíveis com a demanda, além da necessidade de aporte financeiro, de recursos humanos ou de capacitação. Além disso, pretende-se identificar quais as doenças que acometem o servidor e suas causas.

A partir dessas informações será possível fazer um planejamento das ações que serão desenvolvidas de forma multidisciplinar, ou seja, que aliem saberes de profissionais diferentes, como médico, assistente social, psicólogo, entre outros.

Na próxima quinta-feira (19), haverá uma nova reunião com os dirigentes de órgãos públicos federais para discutir e compor uma comissão que ficará responsável pelo levantamento da situação das unidades de saúde existentes nesses órgãos e como estão atuando. De acordo com a Pró-reitora de Gestão e Desenvolvimento de Pessoal da UFPA, Sibele Bittar, o objetivo dessa comissão será construir um plano de ação que deverá ser encaminhado para o Ministério do Planejamento. <<A proposta do Ministério veio ao encontro da política de gestão de pessoas da própria universidade, que é de integrar áreas como a perícia médica, assistência e promoção, e fazer com que esses serviços realmente cumpram com a sua finalidade>>, diz.

Texto: Ericka Pinto

Foto: Macio Ferreira

Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA.

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