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Biomedicina - Meta é avançar para a saúde ambiental

Para a diretora da Faculdade de Biomedicina da UFPA, a biomédica e doutora em Genética e Biologia Molecular, Isabel Cabral, o XI Congresso Brasileiro de Biomedicina, realizado em Belém em junho último, foi fundamental para dar aos estudantes um maior conhecimento sobre a atuação do biomédico e formar <<novas cabeças pensantes>> para produção de conhecimento. O curso, criado em 1971, pelo médico Manuel Ayres, tem o projeto pedagógico voltado para as habilitações em pesquisa e análises clínicas.

 

<<O projeto trabalha bem as habilidades dentro das análises clínicas mas precisamos expandir para outras áreas, ter mais flexibilidade para criar outras habilitações, como a Imaginologia, que já despertou o interesse dos alunos do curso. A atividade do biomédico vai muito além do diagnóstico: ele promove a saúde pública em outras especialidades. A acupuntura é uma delas, e que foi primeiramente reconhecida pelo Conselho Federal de Biomedicina>>, exemplifica.

 

À frente do curso desde março de 2007, a biomédica foi responsável pelo Fórum de Coordenadores dos cursos de Biomedicina ocorrido durante o congresso. Entre outras deliberações, os coordenadores decidiram solicitar ao MEC um maior rigor na autorização de funcionamento de novos cursos e a inserção de mulheres como avaliadoras dos mesmos. <<O pedido é justo, já que 80% dos biomédicos são mulheres>>, informa.

 

A pesquisa em genética e microbiologia está consolidada no curso de Biomedicina. A meta agora é avançar para a saúde ambiental e elaborar um programa de extensão para o curso. <<O estudo da saúde ambiental é fundamental para a região amazônica, mas ela ainda é embrionária na UFPA, porque os profissionais com qualificação também estão atuando em outras áreas. No que se refere à extensão temos diversos projetos independentes, que inserem docentes e discentes em ações junto a comunidades carentes, os quais irão integrar o nosso programa de extensão, que será formatado seguindo as recomendações da Proex e atendendo às exigências do próprio MEC>>, explica a professora.

 

Evento evidencia as diversas atuações do biomédico

 

A atuação multiprofissional do biomédico nos mais diversos setores da saúde ficou evidenciada no Congresso de Biomedicina. Com o tema <<Ciência e Tecnologia na Saúde: uma visão multiprofissional>>, o evento proporcionou a divulgação de estudos de pesquisadores nacionais e locais, promovendo a integração de diversos profissionais ligados à área da saúde. O encontro científico ocorre a cada dois anos em uma regional dos Conselhos de Biomedicina.

 

<<Tentamos privilegiar cada uma das áreas de atuação atribuída ao biomédico. Análises clínicas é mais tradicional, mas a programação abarcou outras como a imaginologia (o diagnóstico por imagem), acupuntura e a saúde pública. Também promovemos a integração com outros profissionais como fisioterapeutas, médicos veterinários, cirurgião dentista, professores de educação física e até advogados>>, afirma Ricardo Ishak, presidente do Conselho Regional de Biomedicina e pesquisador da Universidade Federal do Pará (UFPA). O biomédico tem um vasto leque de opções para atuação profissional. São 33 habilitações legalmente registradas no Conselho Federal de Biomedicina. É na mais recente - Saúde Pública -, que o conselho quer concentrar esforços para inserir o biomédico de forma mais ativa. <<O biomédico é um profissional qualificado para dar conta de todas essas habilitações.

 

Ainda vai levar tempo para inserirmos a habilitação em Saúde Pública em todos os cursos de graduação, mas no futuro poderemos colocar um biomédico em cada secretaria municipal de saúde>>, acredita o professor Ricardo.

 

O pesquisador lembra que o congresso anterior realizado em Belém, há 10 anos, reuniu cerca de 40 trabalhos. No evento realizado em junho foram 2 mil participantes, 220 palestrantes e 215 trabalhos apresentados. <<Naquela época só a UFPA oferecia o curso na região Norte e o congresso serviu para ampliar os horizontes, já que hoje o curso está presente em Macapá, Porto Velho e no Tocantins. Tivemos sucesso não só em termos numéricos mas qualitativos pela riqueza da temática, fazendo com que os profissionais se identificassem com a programação e concorressem aos diversos prêmios oferecidos>>, comemora.

 

Texto: Cristina Trindade - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

Publicado em: 14.07.2008 10:33