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Pesquisa estuda reconhecedores de voz em português brasileiro

      

       Texto: Alan Araguaia, estagiário da Agência de Notícias da UFPA

       

       As descobertas tecnológicas são capazes de “ler” os seres humanos quase por completo, inclusive decodificar aquelas características únicas para cada indivíduo. Existem técnicas para reconhecer desde impressões digitais até a íris, passando por fios de cabelo. Uma dessas propriedades físicas, a voz humana, já pode ser reconhecida por meio do armazenamento de arquivos de voz em bases de dados de computadores. Essa tecnologia, bastante utilizada nos países industrializados, está sendo pesquisada na UFPA, por professores e estudantes do curso de Engenharia Elétrica. O objetivo deles é desenvolver reconhecedores de voz em português brasileiro.
       A bolsista de iniciação científica Jackline Celid1ônio apresentou uma pesquisa no XV Seminário de Iniciação Científica da UFPA denominada “Sistema para reconhecimento de voz usando o corpus Spoltech”, sob a orientação do professor Aldebaro Klautau Jr., do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação.  O corpus Spoltech é um aparelho para reconhecimento de voz desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pela School of Science and Engineering (OGI), dos EUA. Como a área de reconhecimento de voz é dominada por técnicas “data-driven”, em que se busca extrair automaticamente a informação contida no sinal de voz, sem recorrer à intervenção de especialistas, é necessária uma base de dados para a nossa língua. “Como pretendemos criar um sistema em português, optamos por utilizar o Spoltech, que é uma base brasileira e bem desenvolvida”, justifica Jackline.
       A base de dados é o princípio para a fabricação de qualquer aparelho reconhecedor de voz, útil às áreas de telecomunicações e segurança, por exemplo. “Nós vemos em alguns filmes sistemas que reconhecem senhas pela voz, o que é uma coisa muito avançada, mas já temos as bases essenciais para isso”, diz a bolsista. Jackline Celidônio ressalta que o seu trabalho é parte de um projeto maior, que envolve pesquisas paralelas a sua. “São várias universidades trabalhando em cima disso, e a UFPA é uma delas. Considero importante as pessoas saberem que a nossa universidade participa de projetos grandes e ambiciosos como esse”.
        A pesquisa de Jackline Celidônio figura entre as dez premiadas no XV Seminário de Iniciação Científica, com passagens e ajuda de custo para um evento nacional à escolha dos contemplados. A estudante ainda não optou pelo evento que participará, decisão que será tomada com o auxílio de seu orientador. “Vamos escolher um que seja bem interessante e num período adequado”.

Publicado em: 06.01.2005 12:02