Piatam Mar - UFPA desenvolve projeto sobre derramamento de óleo na Amazônia
Reduzir impactos ambientais decorrentes de acidentes que envolvem o derramamento de óleo. É com esse objetivo que o Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará desenvolve o projeto Piatam Mar - Potenciais Impactos Ambientais do Transporte de Petróleo e Derivados na Zona Costeira Amazônica. O Piatam Mar surgiu em 2004 e conta atualmente com uma equipe de 292 pesquisadores atuando na produção de um banco de dados com informações atualizadas sobre populações, ecossistemas costeiros e recursos naturais na costa amazônica.
O diagnóstico facilita a elaboração das Cartas de Sensibilidade Ambiental ao Derramamento de Óleo, chamadas Cartas SAO, as quais indicam o grau de sensibilidade, que varia de 1 a 10, de determinado ambiente no contato com o hidrocarboneto (componente do óleo, petróleo e derivados). O conhecimento desse valor ajuda na redução de impactos em caso de derramamentos, pois os danos ao meio ambiente, em casos de acidentes com a substância, podem ser maiores quanto maior for o grau de sensibilidade do ecossistema.
“O mar, por exemplo, tem grau de sensibilidade 1, sendo que a várzea tem grau 9. Um acidente, portanto, prejudicaria muito mais uma área de várzea. Assim, nosso trabalho contribui para a definição de ações preventivas frente a possíveis casos de derramamento na costa Norte, favorecendo o êxito de iniciativas de redução dos impactos de acordo com as características do ecossistema atingido”, explica o Professor Pedro Walfir, coordenador científico do projeto.
Segundo Walfir, pesquisas revelam que 85% dos acidentes de derramamento de óleo ocorrem no momento do transporte dessa substância tão necessária à vida moderna. Desde que o projeto iniciou, as Cartas SAO já ajudaram na contenção de danos em cinco casos de acidentes com derramamento. “Como não podemos prever a ocorrência de acidentes, o foco deve ser a prevenção. Se, mesmo assim, devido a situações fatídicas e inevitáveis, os acidentes ocorrerem, a existência das Cartas SAO faz com que as conseqüências do impacto do óleo na natureza sejam bem menores”. O hidrocarboneto, no meio ambiente, causa poluição, morte de seres vivos, sejam animais ou plantas, e danos socioeconômicos a populações de áreas atingidas.
O Piatam Mar é um projeto multidisciplinar e interinstitucional. Sob a coordenação da Universidade Federal do Pará (UFPA), é financiado integralmente pela Petrobrás e tem a co-participação de diversos centros de pesquisa e universidades do Brasil. No Pará, conta com a colaboração do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), do Instituto Evandro Chagas (IEC) e das Universidades Federal Rural da Amazônia (UFRA) e do Estado do Pará (UEPA). Assim, as áreas que estão recebendo atenção dos pesquisadores do Piatam Mar são o Porto de Itaqui, em São Luis, e a reserva de proteção ambiental da Ilha dos Caranguejos (MA); o Porto de Miramar, em Belém, e a Vila do Conde, além da Reserva Extrativista Marinha de Soure (PA); o Porto de Santana, em Macapá, e a reserva Biológica de Lago Piratuba, no Cabo Norte (AP).
O projeto prevê três fases distintas, já tendo concluído as duas primeiras etapas. A primeira ocorreu entre 2004 e 2005 e consistiu em um levantamento bibliográfico para a elaboração do protocolo metodológico de coleta de dados acerca das áreas portuárias. A segunda fase, iniciada em 2006 e com término previsto para 2008, tem como objetivo realizar o levantamento em campo para a realização do diagnóstico socioambiental nas áreas em que se encontram os terminais de atuação da Petrobrás. A terceira etapa, que deverá se suceder entre 2009 e 2011, será dedicada a expedições de campo nas áreas observadas em diferentes estações do ano, para análise das regularidades de condições ambientais e sociais de acordo com o clima.
Também tem sido comemorado pela coordenação do Piatam Mar o grande apelo que o projeto tem tido quanto à produção científica a respeito do tema. Hoje o projeto desenvolve estudos e atividades em 18 linhas do conhecimento, sendo assunto de 33 dissertações de mestrado, das quais 15 já defendidas, e cinco teses de doutorado em andamento. “Além de investimentos na pesquisa de campo, na infra-estrutura de laboratórios e nas condições científicas, o projeto incentiva fortemente a formação e a capacitação de novos especialistas para áreas amazônicas”, celebra o coordenador.
Mais informações:
Pedro Walfir Martins e Souza Filho - Geólogo, Doutorado em Geologia e Geoquímica, pesquisador especializado em sensoriamento remoto e geomorfologia costeira; coordenador do Laboratório de Análises de Imagens do Trópico Úmido da UFPA - LAIT; coordenador Geral e Científico do projeto PIATAM mar.
Texto: Jéssica Souza - Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Arquivo do Projeto
O diagnóstico facilita a elaboração das Cartas de Sensibilidade Ambiental ao Derramamento de Óleo, chamadas Cartas SAO, as quais indicam o grau de sensibilidade, que varia de 1 a 10, de determinado ambiente no contato com o hidrocarboneto (componente do óleo, petróleo e derivados). O conhecimento desse valor ajuda na redução de impactos em caso de derramamentos, pois os danos ao meio ambiente, em casos de acidentes com a substância, podem ser maiores quanto maior for o grau de sensibilidade do ecossistema.
“O mar, por exemplo, tem grau de sensibilidade 1, sendo que a várzea tem grau 9. Um acidente, portanto, prejudicaria muito mais uma área de várzea. Assim, nosso trabalho contribui para a definição de ações preventivas frente a possíveis casos de derramamento na costa Norte, favorecendo o êxito de iniciativas de redução dos impactos de acordo com as características do ecossistema atingido”, explica o Professor Pedro Walfir, coordenador científico do projeto.
Segundo Walfir, pesquisas revelam que 85% dos acidentes de derramamento de óleo ocorrem no momento do transporte dessa substância tão necessária à vida moderna. Desde que o projeto iniciou, as Cartas SAO já ajudaram na contenção de danos em cinco casos de acidentes com derramamento. “Como não podemos prever a ocorrência de acidentes, o foco deve ser a prevenção. Se, mesmo assim, devido a situações fatídicas e inevitáveis, os acidentes ocorrerem, a existência das Cartas SAO faz com que as conseqüências do impacto do óleo na natureza sejam bem menores”. O hidrocarboneto, no meio ambiente, causa poluição, morte de seres vivos, sejam animais ou plantas, e danos socioeconômicos a populações de áreas atingidas.
O Piatam Mar é um projeto multidisciplinar e interinstitucional. Sob a coordenação da Universidade Federal do Pará (UFPA), é financiado integralmente pela Petrobrás e tem a co-participação de diversos centros de pesquisa e universidades do Brasil. No Pará, conta com a colaboração do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), do Instituto Evandro Chagas (IEC) e das Universidades Federal Rural da Amazônia (UFRA) e do Estado do Pará (UEPA). Assim, as áreas que estão recebendo atenção dos pesquisadores do Piatam Mar são o Porto de Itaqui, em São Luis, e a reserva de proteção ambiental da Ilha dos Caranguejos (MA); o Porto de Miramar, em Belém, e a Vila do Conde, além da Reserva Extrativista Marinha de Soure (PA); o Porto de Santana, em Macapá, e a reserva Biológica de Lago Piratuba, no Cabo Norte (AP).
O projeto prevê três fases distintas, já tendo concluído as duas primeiras etapas. A primeira ocorreu entre 2004 e 2005 e consistiu em um levantamento bibliográfico para a elaboração do protocolo metodológico de coleta de dados acerca das áreas portuárias. A segunda fase, iniciada em 2006 e com término previsto para 2008, tem como objetivo realizar o levantamento em campo para a realização do diagnóstico socioambiental nas áreas em que se encontram os terminais de atuação da Petrobrás. A terceira etapa, que deverá se suceder entre 2009 e 2011, será dedicada a expedições de campo nas áreas observadas em diferentes estações do ano, para análise das regularidades de condições ambientais e sociais de acordo com o clima.
Também tem sido comemorado pela coordenação do Piatam Mar o grande apelo que o projeto tem tido quanto à produção científica a respeito do tema. Hoje o projeto desenvolve estudos e atividades em 18 linhas do conhecimento, sendo assunto de 33 dissertações de mestrado, das quais 15 já defendidas, e cinco teses de doutorado em andamento. “Além de investimentos na pesquisa de campo, na infra-estrutura de laboratórios e nas condições científicas, o projeto incentiva fortemente a formação e a capacitação de novos especialistas para áreas amazônicas”, celebra o coordenador.
Mais informações:
Pedro Walfir Martins e Souza Filho - Geólogo, Doutorado em Geologia e Geoquímica, pesquisador especializado em sensoriamento remoto e geomorfologia costeira; coordenador do Laboratório de Análises de Imagens do Trópico Úmido da UFPA - LAIT; coordenador Geral e Científico do projeto PIATAM mar.
Texto: Jéssica Souza - Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Arquivo do Projeto
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