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Programa de Fibrose Cística é contemplado com recursos do MEC

O Programa de Assistência Multidisciplinar aos Pacientes com Fibrose Cística, desenvolvido pelo Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), foi selecionado pelo Programa de Extensão Universitária (Proext) da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC). A partir de critérios estabelecidos pelo Edital Sesu/MEC nº 09/2008, o Programa de Fibrose Cística será beneficiado com recursos financeiros no valor de R$ 54,734,00, para o desenvolvimento das suas atividades, podendo ser utilizados na aquisição de material permanente, consumo e serviços de pessoa jurídica e física.

 

O HUJBB é a única instituição pública que faz o diagnóstico e presta assistência aos portadores de fibrose cística no Pará, portanto, os recursos, com certeza, vão melhorar as atividades do Programa, que atende 93 pacientes entre crianças e adultos. Os pacientes são atendidos periodicamente por profissionais de medicina, enfermagem, serviço social, nutrição, bioquímica, fisioterapia e psicologia e recebem os medicamentos que precisam. Além das consultas, a coordenação do programa realiza reuniões periódicas com os pais e familiares dos pacientes.

 

O edital 09/2008 do Sesu/MEC ofereceu às instituições federais e estaduais de ensino superior a oportunidade de apresentarem propostas de desenvolvimento de programas e/ou projetos no âmbito da extensão universitária, com ênfase na inclusão social, visando a aprofundar ações políticas, que fortaleçam a institucionalização da extensão no âmbito dessas instituições.

 

O Proext tem como objetivos: dotar as instituições federais e estaduais de ensino superior de melhores condições de gestão de suas atividades acadêmicas de extensão para os fins prioritários enunciados nesse programa; apoiar as instituições federais e estaduais de ensino superior no desenvolvimento de programas e projetos de extensão, que contribuam para a implementação de políticas públicas; e potencializar e ampliar os patamares de qualidade das ações propostas, projetando sua natureza e a missão das instituições de ensino superior públicas.

 

O edital apresentou seis opções de temas para inscrição dos programas e projetos, ou seja, “qualificação de professores que atuam no sistema educacional”, “educação de jovens e adultos”, “juventude e desenvolvimento social”, “geração de trabalho e renda em economia solidária”, “promoção da saúde e/ou prevenção de doenças” e “atenção à pessoa idosa, à pessoa com deficiência e às populações indígenas e quilombolas”.

 

No total, o Proext disponibilizou R$ 8 milhões, sendo R$ 6,5 milhões para instituições federais e R$ 1,5 milhão, para estaduais. 


Fibrose Cística – Também conhecida como mucoviscidose é uma doença genética que leva ao funcionamento anormal das glândulas que produzem o muco, suor, saliva, lágrima e suco digestivo. Em condições normais, o muco produzido pelas glândulas é um líquido viscoso que lubrifica e limpa os dutos do organismo, como os brônquios dos pulmões, mas, na fibrose cística, as glândulas exócrinas produzem um muco pegajoso e espesso, que afeta os sistemas respiratório e digestivo.

 

No sistema respiratório, o muco bloqueia os canais bronquiais, ocasionando dificuldade para respirar, tosse crônica e infecções. Já no digestivo, o muco evita que as enzimas digestivas cheguem ao intestino delgado para aproveitar as substâncias que os alimentos contêm. O muco também pode bloquear os canais condutores do fígado e do trato digestivo.

 

Os principais sintomas da doença são infecções respiratórias, tosse crônica, diarréia crônica, desidratação, desnutrição protéico-calórica, déficit no crescimento e suor mais salgado que o normal. Para fazer o diagnóstico há ainda os testes especiais, como o teste do suor (quem tem a doença apresenta níveis altos de sal no suor), exames de fezes (checagem se a digestão está normal) e raios X do tórax (localização de possíveis lesões pulmonares). Mas o diagnóstico precisa ser confirmado em outros exames laboratoriais.

 

A doença ainda não tem cura, por isso os pacientes devem ter um acompanhamento permanente por equipe multidisciplinar, para que possam levar uma vida ativa e produtiva. Para facilitar a digestão, o paciente deve tomar enzimas e seguir uma dieta rica em calorias, vitaminas e sais minerais. Deve também realizar fisioterapia respiratória, e fazer tratamentos com antibióticos para prevenir complicações pulmonares.

 

Texto: Roberta Vilanova

Publicado em: 21.10.2008 13:05