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ICS oferece serviço gratuito que ajuda universitários no tratamento de conflitos emocionais

Conflitos familiares, estresse, transtornos alimentares ou de humor, dependência química, depressão... São fatos da vida real que podem afetar o bom desempenho estudantil e as relações pessoais e sociais dos seres humanos. Pensando nisso, o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará (ICS/UFPA) criou o Serviço de Assistência Psicossocial aos Discentes– SAPS, um projeto de amparo à saúde mental, com o objetivo de proporcionar o bem-estar físico e emocional dos acadêmicos da instituição.

 

O SAPS é composto por uma equipe técnica multidisciplinar, que desenvolve ações para possibilitar a melhoria da qualidade de vida dos discentes, seja no ambiente universitário, seja nas relações de trabalho, seja nas relações de família, por meio de um espaço de acolhimento e elaboração de conflitos e angústias. O serviço oferece, de forma inteiramente gratuita, atendimento médico, psicológico, social e familiar.

 

Em funcionamento desde o ano 2000, o SAPS ainda é pouco conhecido pelos estudantes. De acordo com Karen Xavier, pedagoga e orientadora educacional do projeto, a maioria dos casos atendidos pelo serviço advém de procura espontânea. Em outras situações, os alunos são encaminhados ao atendimento por indicação das próprias faculdades. “As situações que atendemos aqui variam bastante. Vão desde as mais graves, como esquizofrenia e repentes suicidas, até as mais leves, como conflitos familiares, desavenças entre professor e aluno ou baixo rendimento disciplinar por questões de pressão social”, conta.

 

Segundo a pedagoga, em 2007, o SAPS fez 303 atendimentos. Este ano, até agora, o número cresceu em apenas onze alunos, sendo o total de 314. “Isso acontece porque muitas pessoas ainda julgam o tratamento psicossocial de forma preconceituosa, uma vez que lida com a saúde mental e não tem diagnóstico baseado em sintomas físicos, mas sim emocionais”, enfatiza Karen Xavier. De uma forma ou de outra, todos os alunos que procuram o SAPS têm sua identidade e privacidade mantidas com muita ética e profissionalismo. “Nossa intenção não é prejudicar o aluno, muito pelo contrário, é ajudá-lo a enfrentar situações difíceis da vida pelas quais estejam passando”.

 

Em um primeiro momento, os jovens que procuram o serviço são encaminhados às assistentes sociais que compõem a equipe do projeto, Rosana Leão e Ana Carvalho, as quais avaliam o problema vivenciado pelo aluno, elaboram uma impressão de diagnóstico e o encaminham ao atendimento adequado, como a terapia de grupo, a terapia individual, a consulta psiquiátrica, ou o atendimento pedagógico. Caso seja comprovado que o problema do aluno esteja de alguma forma ligado a questões familiares, o atendimento pode se estender aos parentes do paciente por meio de sessões de terapia de casal e terapia familiar.

 

O SAPS tem, por exemplo, grande demanda de estudantes recém-aprovados no processo seletivo e que apresentam dificuldades para se adaptar ao ambiente acadêmico, alunos que encontram grande pressão da família ou de si mesmo para obter excelência de desempenho em seus cursos, universitários estrangeiros que participam de programas de intercâmbio cultural e que se sentem sozinhos ou deslocados em um país que não o seu e até mesmo de alunos dos campi do interior. “Não importa qual o problema, se for de cunho emocional e estiver atrapalhando a vida estudantil desse jovem, ele receberá a atenção necessária”, explica a assistente social Rosana Leão, que também é responsável pelo PAPS – Programa de Assistência Psicossocial ao Servidor, voltado aos funcionários e docentes da universidade, e que funciona no Hospital de Clínicas de Belém.

 

“Tanto o SAPS quanto o PAPS refletem uma política social de atenção interna e externa desenvolvida pela UFPA, inexistente em outra universidade brasileira”, define Rosana. A equipe do SAPS é coordenada pelo médico, professor doutor em Psiquiatria, Benedito Paulo Bezerra, e conta ainda com o apoio das psicólogas Ana Cláudia Bentes, Jacilene Casseb, Socorro Aragão e Valzete Sampaio, além do psiquiatra Cléber Oliveira. Todos profissionais de altíssima qualificação.

 

Texto: Jéssica Souza - Assessoria de Comunicação Institucional

Foto: Mácio Ferreira

Publicado em: 30.10.2008 10:50