Laboratório de Virologia estuda doenças em profissionais do sexo
O Laboratório de Virologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA está desenvolvendo, em Belém, estudos sobre algumas doenças sexualmente transmissíveis nas mulheres profissionais do sexo, como o intitulado “Soroprevalência e Epidemiologia Molecular do HTLV Identificado em Mulheres Profissionais do Sexo da Cidade de Belém, Pará”. A pesquisa tem como objetivo determinar a ocorrência da infecção pelo HTLV (sigla inglesa para vírus T linfotrópico humano) nessas profissionais. Iniciado em outubro de 2006, o projeto é financiado pelo CNPq e está sob a coordenação da Profa. Dra. Marluísa de Oliveira Ishak.
A metodologia da pesquisa começa com a realização de palestras educativas acerca da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis nos locais em que as mulheres trabalham. Posteriormente, elas são convidadas a fazer os testes e, das que aceitam, são coletadas amostras de sangue após a assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido. O material colhido vai para o Laboratório de Virologia onde será testado. Os resultados são entregues nos locais de coleta, de forma individual e sigilosa.
O estudo ainda está em andamento, no entanto, os resultados parciais apontam para uma prevalência maior nas mulheres profissionais do sexo, que aquela encontrada na população geral. Os resultados finais serão apresentados em forma de relatório para as secretarias municipal e estadual de saúde.
“A prevalência da infecção no Estado do Pará depende do grupo populacional que está sendo analisado. Na população urbana, a prevalência tem variado de 0,6% a 4,2%, mas, em algumas populações indígenas, pode chegar a 30%”, ressaltou o Prof. Dr. Luiz Fernando Machado, que também compõe o grupo de pesquisa.
Luiz Fernando Machado explica que, apesar da maioria dos indivíduos infectados por HTLV-1 ou HTLV-2 não apresentarem sintomas ao longo de toda sua vida, sabe-se que esses agentes viróticos podem vir a causar algumas doenças de natureza neoplásica (relativo a tumor), inflamatória ou mesmo degenerativa.
Texto: Dandara Almeida – Assessoria de Comunicação Institucional
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