Pesquisadores da Pan-Amazônia discutem uso de recursos naturais
A gestão dos recursos naturais na
Amazônia é um tema que desperta a preocupação de pesquisadores de
diversos países, devido à importância estratégica da região para a vida
no planeta. Nesse contexto, o projeto “Águas da Pan-Amazônia:
institucionalização de marcos regulatórios, visões de atores políticos
e estratégias”, apresentado e aprovado para financiamento pela
Associação de Universidades Amazônicas (Unamaz) à Assessoria de
Cooperação Internacional (Ascin), ligada ao Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), promove um seminário
internacional apresentando os pontos de vista dos pesquisadores
envolvidos no projeto. Eles examinaram elementos que possibilitam a
construção de modelos compreensivos mais amplos no que diz respeito à
gestão dos recursos naturais, introduzindo o referencial antropológico
que tem sido constante nas análises sobre instituições políticas e o
papel da cultura na elaboração de políticas públicas.
A socióloga do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA (Naea-UFPA), Rosa Acevedo, que está na organização do seminário, afirma que o projeto está em fase de conclusão. “Em breve será lançado um CD-ROM com todos os estudos desenvolvidos”. São profissionais de diversas áreas do conhecimento, como antropólogos, engenheiros, cientistas políticos, geógrafos etc. “O projeto procura saber como essas populações utilizam os recursos hídricos, quais as normas estabelecidas, que normalmente não são compreendidas pela legislação”, afirma Rosa Acevedo, pesquisadora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea/UFPA), que compõe a organização do seminário. Ela comenta que o uso indevido dos recursos hídricos, tanto por populações quanto pelo poder institucional, acarreta sérios prejuízos ao meio ambiente, como a contaminação de águas e a perda de áreas de pesca, especialmente onde estão sediados grandes projetos de mineração.
Rosa Acevedo critica que, especialmente no Pará, haja uma grande distância entre as estratégias do Estado e as demandas de populações pobres, como os ribeirinhos: “A Agência Nacional das Águas, criada em 2000, tem traçado suas linhas de forma a não contemplar o modo de vida dessas pessoas”. Apesar do quadro desfavorável, a pesquisadora diz ter esperanças que futuras medidas do Estado atendam esses atores sociais, mas ressalta que elas não surgirão espontaneamente dele. “O movimento é bastante recente, porque a preocupação quanto à água se intensificou nos últimos anos. Não é como o dos posseiros, por exemplo, que já tem uma história antiga de luta”.
Pesquisadores da Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela e Brasil debaterão seus estudos, de maneira a propiciar um intercâmbio de experiências que suscite a indicação de alternativas para a gestão dos recursos hídricos em nossa região. As visões de atores sociais como indígenas, quilombolas, camponeses, representantes de associações e movimentos contribuíram para compreender o uso e acesso da água nas bacias da Pan-Amazônia. A proposta é oferecer observações críticas e alternativas para o desenho de políticas a partir do diálogo entre pesquisadores e atores.
O seminário acontecerá de 2 a 4 de março, com a programação dividida entre o auditório do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) e a Universidade da Amazônia (Unama). Mais informações no site do núcleo: www2.ufpa.br/naea
A socióloga do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA (Naea-UFPA), Rosa Acevedo, que está na organização do seminário, afirma que o projeto está em fase de conclusão. “Em breve será lançado um CD-ROM com todos os estudos desenvolvidos”. São profissionais de diversas áreas do conhecimento, como antropólogos, engenheiros, cientistas políticos, geógrafos etc. “O projeto procura saber como essas populações utilizam os recursos hídricos, quais as normas estabelecidas, que normalmente não são compreendidas pela legislação”, afirma Rosa Acevedo, pesquisadora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea/UFPA), que compõe a organização do seminário. Ela comenta que o uso indevido dos recursos hídricos, tanto por populações quanto pelo poder institucional, acarreta sérios prejuízos ao meio ambiente, como a contaminação de águas e a perda de áreas de pesca, especialmente onde estão sediados grandes projetos de mineração.
Rosa Acevedo critica que, especialmente no Pará, haja uma grande distância entre as estratégias do Estado e as demandas de populações pobres, como os ribeirinhos: “A Agência Nacional das Águas, criada em 2000, tem traçado suas linhas de forma a não contemplar o modo de vida dessas pessoas”. Apesar do quadro desfavorável, a pesquisadora diz ter esperanças que futuras medidas do Estado atendam esses atores sociais, mas ressalta que elas não surgirão espontaneamente dele. “O movimento é bastante recente, porque a preocupação quanto à água se intensificou nos últimos anos. Não é como o dos posseiros, por exemplo, que já tem uma história antiga de luta”.
Pesquisadores da Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela e Brasil debaterão seus estudos, de maneira a propiciar um intercâmbio de experiências que suscite a indicação de alternativas para a gestão dos recursos hídricos em nossa região. As visões de atores sociais como indígenas, quilombolas, camponeses, representantes de associações e movimentos contribuíram para compreender o uso e acesso da água nas bacias da Pan-Amazônia. A proposta é oferecer observações críticas e alternativas para o desenho de políticas a partir do diálogo entre pesquisadores e atores.
O seminário acontecerá de 2 a 4 de março, com a programação dividida entre o auditório do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) e a Universidade da Amazônia (Unama). Mais informações no site do núcleo: www2.ufpa.br/naea
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