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Projeto apóia familiares de pessoas com Síndrome de Down

O nascimento de um filho com Síndrome de Down representa um grande desafio para os pais. A constatação de que o filho imaginado não é o filho real  acarreta uma série de reações emocionais e comportamentais em pessoas que enfrentam essa situação. Com o objetivo de apoiar familiares ou cuidadores de pessoas com essa Síndrome, a Faculdade de Psicologia da UFPA desenvolve o projeto de extensão " Atendimento a familiares de pessoas com  Síndrome de Down: uma intervenção psicoeducacional" .

 

A fase do Projeto executada em Belém, no período de fevereiro a agosto deste ano, no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, foi apresentado na manhã do dia 13 de novembro, durante a Jornada de Extensão da UFPA. As   34 famílias envolvidas no Projeto  são pacientes atendidos na Clínica Pediátrica do Hospital, por meio do projeto Caminhar.

 

O futuro dos filhos, com  a morte dos pais, como lidar com a sexualidade, uma possível colocação profissional e o preconceito da sociedade em relação à Síndrome  foram  as preocupações mais expressas pelos familiares  participantes. <<Iniciamos o trabalho traçando o perfil  socioeconômico e psicológico dessas famílias. Nesse levantamento, constatamos que as mães são as maiores cuidadoras, já que, das 34 famílias , 30 são representadas pelas mães. Também são famílias de baixa renda, com rendimentos mensais em torno de R$ 600,00 . A espiritualidade também se revelou quando  todos se declararam cristãos e informaram aceitar o problema como provação divina>>,informa Juliana Castro Nogueira, bolsista do Projeto.

 

O atendimento às famílias se deu por meio de reuniões grupais, palestras e encontros
individuais. <<Com base nas necessidades apresentadas pelos familiares é que definimos as temáticas a serem abordadas nesses encontros. Utilizamos a metodologia de palestras, exibição de vídeos e depoimentos para que eles verbalizem suas dificuldades,  compartilhem as experiências e repensem suas práticas de cuidados com o filho portador da Síndrome>>, explica o professor  Virgínio Cardoso, psicólogo e  coordenador do Projeto.

 

O Projeto de Extensão vai ampliar o atendimento para familiares de portadores de outras necessidades especiais. A atuação agora  será na Associação de Pais e Amigos de Excepcionais de Ananindeua, onde o primeiro encontro, realizado esta semana, já reuniu mais de 30 famílias.

 

A Unidade Especializada José Álvares de Azevedo, que atende crianças com necessidades visuais, também será incluída nas ações do Projeto. <<Apenas faremos adaptações na forma de atendimento, de acordo com as necessidades apresentadas>>, explica Virgínio.

 


Texto: Cristina Trindade - Assessoria de Comunicação do IFCH.

Publicado em: 13.11.2008 15:10