Universidades e Prefeitura de Belém discutem obras para o FSM 2009
A Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e a Prefeitura de Belém estiveram reunidas na tarde desta quinta-feira, 27, para tratar de pendências e ações a serem providenciadas para o Fórum Social Mundial 2009, que ocorrerá em Belém, de 27 de janeiro a 1º de fevereiro.
As duas universidades receberam recursos federais para a implementação de algumas obras de infra-estrutura necessárias para a realização do evento, porém, tais recursos só chegaram na administração das instituições no final de outubro. Com pouco mais de um mês antes do início da mobilização para o FSM, UFPA e UFRA, por lei, ainda são obrigadas a abrir processos de licitação para contratação de empresas e compra de equipamentos necessários à execução das obras.
Diante de tal cenário, os reitores Alex Bolonha Fiúza de Mello (UFPA) e Sueo Numazawa (UFRA) convidaram o Prefeito Duciomar Costa, acompanhados de seus assessores, para discutirem alternativas e tornar possível a corrida contra o tempo e contornar as pendências no preparo dos campi para as atividades do evento.
Na UFRA, as obras a serem realizadas são as de asfaltamento das vias, a construção de um porto, de banheiros e galpões para servirem como alojamento aos estudantes que vierem de outros estados e países, reforma de salas de aula e auditórios. A estimativa é a de que a circulação na UFRA chegue a uma média de 20 a 30 mil pessoas por dia durante todo o período do evento. Deste total, cerca de 10 mil estarão hospedados na instituição, dentre os quais 3 mil índios de tribos amazônicas que também virão para a capital participar das discussões do Fórum.
“Vivemos um momento de expectativa e, ao mesmo tempo de preocupação. Tanto pelo pouco tempo que temos para realização das obras, quanto pelos poucos recursos e pela vulnerabilidade em que se encontrarão nossas instituições neste momento”, afirmou Sueo Numazawa, Reitor em exercício da UFRA. De acordo com o professor, a intenção para solucionar tais problemas seria, em último caso, executar planos B, como solicitar tendas de acampamento às Forças Armadas para servirem de alojamentos aos estudantes ou estacionar balsas na orla da universidade para servirem como porto.
Dentre as obras previstas para a UFPA, estão o recampeamento, a expansão da rede de abastecimento de água, o sistema de transmissão de dados em tempo real da instituição, iluminação e drenagem pluvial. O alojamento de estudantes será somente nas dependências da Escola de Aplicação (antigo NPI), onde também são necessárias reformas e construção de banheiros. Para o Reitor Alex Fiúza, se não houver tempo para a realização das obras, a culpa será do atraso no repasse das verbas. “O Estado é esquizofrênico. Manda os recursos na última hora, exige que façamos o processo de licitação e espera que seja possível executar os planos em tempo hábil”, desabafou.
Além da infra-estrutura física, tanto a UFPA quanto a UFRA apresentaram também à Prefeitura de Belém as preocupações com relação à vigilância, à coleta de lixo e à recuperação do complexo viário, do terminal rodoviário e do sistema de iluminação pública nas áreas interna e externa dos campi, em especial no perímetro que une a UFPA à UFRA e à Escola de Aplicação, a saber a Av. Perimetral.
A resposta da Prefeitura para essas e todas as outras questões foi a proposição de realizar ações de força-tarefa para somar esforços e tentar solucionar os problemas com base em convênios entre secretarias municipais, estaduais e empresas privadas. “É complicado para a Prefeitura administrar um momento desse em período de fim de mandato. Não posso alterar o atual quadro do Município nem em recursos financeiros nem em recursos humanos. Temos que procurar soluções alternativas e, sobretudo, parcerias”, explicou Duciomar.
Por ser o primeiro semestre um período de muitas chuvas em Belém, há ainda preocupações com relação à saúde dos participantes do FSM, pois há chances de acúmulo de água parada em alguns locais sem infra-estrutura e em lixo acumulado, facilitando assim a proliferação, por exemplo, do mosquito da dengue. “Nossas secretarias estarão atentas a esse tipo de problema, bem como para situações decorrentes do risco social encontrado no bairro da Terra-Firme, como o tráfico de drogas, o comércio informal e a prostituição de menores”, garantiu o Prefeito. A comunidade agradece.
Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação Institucional UFPA
Foto: Alexandre Moraes
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