Texto: Fabrício Mattos, estagiário da Agência de Notícias da UFPA
       Foto: João Sérgio

       Os alimentos arrecadados pela UFPA durante Trote dos Calouros deste ano foram distribuídos na última sexta-feira (18) aos hospitais universitários “Bettina Ferro e Sousa” e “João de Barros Barreto”. Mais de mil e cem quilos de gêneros não-perecíveis serão doados a pacientes atendidos nas instituições, que muitas vezes têm dificuldade de recuperar seu quadro clínico por falta de alimentação minimamente adequada.
       Segundo Elizabeth Salgueiro, vice-diretora do hospital "Bettina Ferro e Sousa", os alimentos serão direcionados ao Programa de Atenção ao Diabético. “Foi feito um levantamento dos pacientes que mais necessitam destes alimentos. É muito importante para o hospital, porque a nossa clientela é muito carente. Muitas vezes a orientação nutricional fica prejudicada, porque os pacientes não têm como adquirir os alimentos, que, portanto, vêm somar com o programa, no sentido de melhorar a saúde do paciente diabético”.
       No hospital "Barros Barreto", os alimentos serão destinados, em cestas básicas, para os pacientes que fazem parte do Programa de Fibrose Sística, que atende principalmente crianças e adolescentes, além de também serem entregues a crianças com desnutrição assistidas pelo ambulatório e a pacientes do Programa de Diabetes. “A população que o hospital atende é de usuários SUS. Muitos deles não contribuem com a previdência, a maioria está no mercado informal, depende da familia. Estes alimentos serão muito importantes na recuperação da saúde deles. São alimentos que fazem parte da alimentação básica diária”, afirma Lúcia Helena, coordenadora do Serviço Social no hospital.
       Para João de Jesus Paes Loureiro, diretor do Departamento Cultural da Pró-Reitoria de Extensão, o evento tem um fundo maior do que uma simples doação. “É uma cerimônia de caráter simbólico e prático ao mesmo tempo. Simbólico no sentido de representar uma preocupação social, e prático por materializar esta preocupação através de um gesto inicial. Espera-se que os alunos da universidade, quando tornarem-se profissionais nela formados, imprimam na sua profissão atitudes de solidariedade e reconhecimento da desigualdade social, assim como a luta para diminuí-la”.

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