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Projeto auxilia grupos sociais a representarem seu território

Mais de 2 mil pessoas circulam pelos portos da Palha e do Açaí, portos públicos da cidade de Belém que correm o risco de serem  remanejados para a construção do Portal da Amazônia. A instalação da Base de Lançamento de Mísseis em Alcântara, no Maranhão, atingiu comunidades quilombolas, apesar de  o Estudo de Impacto Ambiental, na época, ter apontado vazio demográfico. Situações como essa foram expostas pelos grupos sociais participantes da tenda "Cartografia dos Povos e Comunidades Tradicionais", durante o Fórum Social Mundial.

 

 

 

A atividade integrou o Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), que realiza oficinas de cartografia, levantamentos documentais, cursos introdutórios à  linguagem cartográfica formal e localização geográfica pelo uso de equipamentos técnicos como GPS. O benefício dessas oficinas é que os próprios grupos sociais tenham a possibilidade de produzir a sua representação do território.

 

 

 

Félix dos Santos, feirante do Porto do Açaí, deu o seu depoimento sobre a situação nos portos do Açaí e da Palha. Eles já participaram de reuniões com a prefeitura, mas ninguém apresentou propostas concretas sobre o que será feito com os ribeirinhos e feirantes. Além disso, no mapa do projeto não viram os dois portos incluídos. "O projeto era para melhorar a vida de quem já morava ali e não tirar", defende Félix.

 

 

 

A oficina com os ribeirinhos dos Portos do Açaí e da Palha foi realizada no início de 2008 e o fascículo de nº 7, "Feirantes e Ribeirinhos dos Portos Públicos de Belém", foi lançado na sexta-feira, 30 de janeiro, na tenda da Cartografia, na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

 

 

 

O antropólogo Alfredo Wagner, professor da Universidade Federal do Amazonas, é o coordenador do Projeto que reúne pesquisadores e movimentos sociais do Amazonas, Pará, Maranhão, Bahia e Paraná, mas estão ampliando a rede. Marcele Guerra, estudante de mestrado da Universidade São Paulo (USP), conheceu o Cartografia Social e quer levá-lo para seu Estado.

 

 

 

Em Belém, as atividades do Projeto são organizadas pela Associação de Universidades Amazônicas (UNAMAZ) - coordenada pela profª. Rosa Acevedo Marin - e Instituto Amazônico de Planejamento, Gestão Urbana e Ambiental (IAGUA). Além disso, alunos da Universidade Federal do Pará (UFPA), incluindo o Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA),  participam do PNCSA.

 

 

 

Texto: Assessoria de Comunicação do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos

 

 

Publicado em: 02.02.2009 13:55