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Encontro reúne, até sexta, 13, estudantes de Pedagogia do Norte e Nordeste

Ocorre, até a próxima  sexta-feira, 13, na Universidade Federal do Pará, o VII Encontro Norte e Nordeste de Pedagogia (ENNOEPE). Cerca de 250 universitários participam do evento que tem como tema central “Pedagogia e Educação no Campo: Desafios na Diversidade”. Além de mesas de debates  e palestras, os estudantes podem ainda participar de minicursos, oficinas e grupos de trabalho (GTs).

 

De acordo com Amilton Costa Oliveira, integrante da Comissão Organizadora do ENNOEPE, a discussão sobre a temática da Pedagogia no Campo se faz de extrema importância devido à realidade atual,  em que o Ministério da Educação vem tentando implementar uma nova grade curricular para a criação de uma licenciatura específica na área. A proposta implica que o curso de Pedagogia no Campo deve garantir ao profissional a qualificação para atuar na Educação Infantil, séries iniciais e de 1ª a 8ª séries.

 

No Campus da UFPA, em Marabá, já há um curso específico para profissionais que buscam atuar com Pedagogia no Campo. “Isso é muito relevante para a categoria, pois a graduação comum em Pedagogia, de apenas quatro anos de duração, não dá suporte para essa qualificação multissérie”, opina Amilton. Segundo o organizador, o pedagogo que atua no campo sofre com inúmeras dificuldades por necessitar atuar de forma multiprofissional.

 

Outros obstáculos a que estão sujeitos os pedagogos do campo são as dificuldades de transporte em regiões de longas distâncias, como Norte e Nordeste, e de infraestrutura nas instituições que não oferecem aparato adequado para a boa atuação do profissional. Sobre esse assunto, falou Sônia Meire, professora da Universidade Federal de Sergipe, que veio a Belém especialmente para participar do evento.

 


“É preciso compreender que a escola rural está intimamente relacionada com a questão do capitalismo agrário. Não dá para discutir escola sem entrar no mérito do trabalho enquanto produção da existência humana. Assim, a formação do professor, na perspectiva do capitalismo agrário, é carente de investimentos. Não havendo investimentos, não há produção de conhecimento”, afirmou a professora em mesa de debates, realizada na manhã da terça-feira, 10, na área livre do Complexo Vadião.

 


Para a estudante Luciana Costa, que cursa o sétimo semestre de Pedagogia na UFPA, o ENNOEPE tem sido uma ótima oportunidade para discutir o tema da Pedagogia no Campo, que necessita ser difundido entre a classe profissional. “Além de estarmos aqui para entrar em contato com diferentes realidades, aproveitamos o espaço para vir em busca de informação sobre o tema que muito nos interessa enquanto futuros profissionais da região amazônica”, finaliza a universitária.

 


Veja abaixo a programação do ENNEOPE:

 

Dia 11/02
8h30-10h30: Minicursos/Oficinas
10h30-12h30: Mesa “Pesquisas e experiências de educação no campo”
15h: GTs
19h30-21h: Apresentações de paineis
22h: Programação Cultural

Dia 12/02
8h30-10h30: Mesa “Educação e o enfrentamento da violência sexual no campo”
10h30-12h30: GTs
20h: Programação Cultural

Dia 13/02
8h30 às 10h30: Mesa 1 “Educação ambiental: os desafios da sustentabilidade”
                         Mesa 2 “A educação profissional do campo e a relação teoria e prática a partir do currículo pautado no desenvolvimento de competências”
10h40-12h10: Oficinas
14h30-17h30: Plenária Final
20h: Programação Cultural

 

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação Institucional UFPA
Foto: Alexandre Moraes

Publicado em: 11.02.2009 16:13