Hospital Bettina é referência, na Região Norte, em atendimento a portadores de autismo
O Brasil possui, aproximadamente, 1 milhão de portadores de autismo, um grande alerta para as autoridades em saúde pública no país. Na Região Norte, o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza aparece como referência no atendimento a famílias e a portadores da síndrome. Por meio do "Projeto Crescimento e Desenvolvimento Infantil - Caminhar", o Hospital , em parceria com o SUS, atende 112 famílias com filhos autistas, vindas de várias regiões do Pará e a demanda é crescente.
O autismo é uma alteração cerebral que afeta a capacidade da pessoa se comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente. Segundo a médica pediatra do HUBFS , Amira Figueiras, algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e falas intactas. Outras apresentam, também, déficit mental, mutismo ou profundas dificuldades no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes; outros, presos a rígidos padrões de comportamento. "Trabalhamos com todo o carinho e amor, além de implementar sempre um olhar holístico para a família e não somente para o filho ou filha autista ”, destaca.
Dados do Centro de Estudos do Genoma Humano caracterizam o autismo por uma tríade de anomalias comportamentais: limitação ou ausência de comunicação verbal, falta de interação social e padrões de comportamento restritos, estereotipados e ritualizados. A manifestação dos sintomas ocorre antes dos três anos de idade e persiste durante a vida adulta. A incidência do autismo é de cinco a cada 1.000 crianças, sendo mais comum no sexo masculino, na razão de quatro homens para cada mulher afetada.
Segundo Amira, o aumento dos casos de autismo no Brasil tem sido relatado por instituições ligadas ao atendimento de famílias de crianças em todas as regiões brasileiras. No hospital, foi constituída, há mais de 15 anos, uma equipe de profissionais para estudar a síndrome e promover um intercâmbio de informações em rede, visando aprimorar os serviços no Pará.
Para a médica, “a expectativa é investir na ampliação dos espaços físicos na Instituição uma vez que, na área de diagnóstico e suporte clínico, já temos avanços considerados e referenciados. É um desafio ampliarmos, também, o serviço com novas terapias para o atendimento às famílias e aos filhos autistas. Isso contribuirá para melhorar o comportamento do paciente, a interação social e familiar”, observa Amira Figueiras.
Texto: Assessoria de Imprensa do HUBFS
Mais informações pelo telefone 32017921.
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